GM dispensa 600 funcionários e explica por quê
Responsável pela produção do carro mais vendido do Brasil há seis anos afirma que faltam peças para montagem de automóveis
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A General Motors (GM) anunciou a suspensão temporária de contrato (layoff) para 600 trabalhadores da planta de São José dos Campos (SP). A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
De acordo com a entidade, a GM justifica a dispensa pela falta de peças para produção. A suspensão inicialmente vai durar de 8 de março a 2 de maio.
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Apesar do layoff, as vendas dos modelos Chevrolet – em especial Onix e Onix Plus – continuam aquecidas em 2021.
Nesta terça-feira, 02, será realizada uma assembleia para que a empresa apresente a proposta de dispensa para os funcionários. Uma outra discussão entre o sindicato e a GM deve acontecer na quarta-feira, 03, às 9h.
Ainda segundo o sindicato, 368 trabalhadores da fábrica já se encontram em layoff. O grupo tem previsão de retorno para 8 de abril. A GM tem 3,5 mil empregados na planta de São José dos Campos e produz lá a picape S10.
Em nota ao G1, a GM informou que trabalha para minimizar impactos logísticos causados pela pandemia. Veja o comunicado na íntegra:
A cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado. Isso tem o potencial de afetar de forma temporária e parcial nosso cronograma de produção. Estamos neste momento trabalhando com fornecedores e sindicato para mitigar os impactos gerados por esta situação.
No início de 2019, a GM ameaçou deixar o Brasil. Mas, para os especialistas, comunicados enviados aos funcionários não passaram de um blefe.
No texto divulgado para a imprensa, Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, reproduziu matéria publicada pelo jornal Detroit News. A reportagem afirma que, ao expor o balanço financeiro de 2018 aos acionistas, a presidente mundial da companhia, Mary Barra, deu sinais de que está considerando sair da América do Sul.
“Não vamos continuar investindo para perder dinheiro”, disse a executiva. Segundo ela, os maiores mercados sul-americanos continuam sendo desafiadores. E “partes interessadas” na região trabalham com a empresa para tomar ações necessárias para melhorar o negócio. “Ou considerar outras opções.”
Apesar disso, a GM descongelou R$ 10 bilhões de investimentos nos próximos cinco anos para novos produtos.
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