Conheça o Goliath, o caminhão que desafia a física sobre o gelo
O Goliath foi projetado para transportar 45 toneladas sobre gelo sem que a camada quebre e provoque um acidente fatal
O Goliath foi projetado para transportar 45 toneladas sobre gelo sem que a camada quebre e provoque um acidente fatal
Quem nunca assistiu a um filme com cenas dramáticas, em que os personagens andam sobre um lago congelado e a camada começa a trincar? Agora, imagine colocar um gigante de 45 toneladas sobre o gelo com o risco constante dele afundar? Foi o que a Busby Marine fez. Ela construiu o Goliath, o caminhão que desafia a física.
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Trata-se de um caminhão desenvolvido justamente para transportar cargas nos pisos congelados do Alasca, estado norte-americano no Círculo Polar Ártico. Construído sob medida pela empresa Busby Marine, o pesado ficou pronto em 2005.
Foram produzidas duas unidades para o transporte geral de cargas, como combustíveis (até 8 mil galões, ou 30 mil litros), além de outros caminhões, equipamentos de construção e ate prédios pré-fabricados. Uma das preocupações da Busby era como transportar tanto peso sem causar danos à tundra, o delicado bioma predominante no Alasca, com plantas de pequeno porte que resistem às temperaturas geladas.
Os caminhões são construídos em cima de plataformas, que são montados em cima de grandes sacos de ar ou balões. São eles que distribuem a massa sobre a superfície evitando a concentração de peso sobre uma área pequena, o que poderia provocar rachadoras no gelo. Os sacos são inflados com pressão de 8 a 16 PSI e cada um tem 54 polegadas de diâmetro por 68 polegadas de largura. O veículo conta com vários eixos para distribuir a massa pela maior área possível.
Na parte de motorização, o modelo conta com dois motores Caterpillar de 425 cv. Um é responsável por fazer as bolsas (do que seria o cavalo mecânico) se movimentarem. Já o segundo motor fica na carreta e movimenta apenas as bolsas dela. Assim, a potência dos dois devem ser sincronizados.
“Ele depende de rolos porque se um veículo como esse usasse um sistema de direção convencional e ficasse preso, os sacos girariam e poderiam causar danos à tundra. Se esses ATVs ficarem presos, o rolo apenas gira em cima da própria bolsa, mas a bolsa não gira e danifica a tundra”, explica Wieman.
Apesar do modelo ter sido construído para evitar atolamentos ou ficar preso na neve (algo corriqueiro), os caminhões sempre viajavam em comboio.
Já na parte interna, na cabine do Freightliner, o motorista consegue não apenas operar os dois motores, mas também é capaz ajustar a pressão de cada saco ou bolsa de ar, enchendo mais de um lado do que outro para equilibrar a carga.
Ao todo, a Peak Oilfield Service Co. Possui 31 ATV’s nome técnico do caminhão e entre os 31 estão os dois ATV’s da Busby Marine, esses que têm maior capacidade de carga e tem a sua construção mais elaborada. O valor de cada um não é informado.
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