GP do Canadá: como surgiu o mito do ‘Muro dos Campeões’
O GP do Canadá tem como um de seus pontos mais fortes o muro dos campeões, local que ganhou o apelido após a corrida realizada em 1999
O GP do Canadá tem como um de seus pontos mais fortes o muro dos campeões, local que ganhou o apelido após a corrida realizada em 1999
A Fórmula 1 desembarca, neste fim de semana em Montreal, no circuito Gilles Villeneuve, para a realização do GP do Canadá, oitava corrida da temporada 2023.
A pista, que recebeu esse nome como forma de homenagear o arrojado piloto da Ferrari que morreu em 1982 durante o treino classificatório para o GP da Bélgica, está entre os mais divertidos do calendário, uma vez que suas retas longas e freadas fortes proporcionam boas brigas e bons pontos de ultrapassagem.
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Mas um dos pontos altos do GP do Canadá está no ‘muro dos campeões’, localizada última perna da chicane na curva 14, que leva para a reta principal.
Essa parede sempre esteve ali, naquele lugar, desde a inauguração do circuito em 1978 e, vez ou outra, alguns pilotos acabavam forçando demais e batendo o carro naquele ponto. No entanto, foi só em 1999 que o local recebeu essa alcunha, depois de inúmeros campeões sofrerem naquela freada.
Ainda durante os treinos livres, Ralf Schumacher – que não é campeão – perdeu a mão do carro na última curva e acabou estampando a parede. Durante a classificação, os pilotos passaram ilesos, mas durante o GP do Canadá daquele ano acabaram acontecendo inúmeros acidentes.
O primeiro, ainda nas voltas iniciais, foi com o brasileiro Ricardo Zonta – que também não somou títulos na categoria. Mas isso não foi o suficiente, e o muro passou a ‘caçar’ os já consolidados na Fórmula 1.
Passadas 12 voltas do acidente com Zonta, o muro fez a sua primeira vítima que, de fato, era um campeão. Damon Hill, que venceu com a Williams em 1996, acabou sendo “atraído” para o local depois de perder a traseira do carro, bater a roda e quebrar a suspensão de sua Jordan.
O segundo campeão a dar uma ‘bitoca’ no muro foi ninguém menos que Michael Schumacher. Com o excesso de borracha na pista, o alemão acabou perdendo o controle da Ferrari, escorregou, e bateu quando estava prestes a completar o 29º giro. O impacto danificou a asa, roda e suspensão dianteiras e ‘Schumi’ foi forçado a abandonar o GP do Canadá de 1999 de forma precoce.
Por fim, o último campeão a se encontrar com o muro foi Jacques Villeneuve, filho de Gilles e vencedor da temporada 1997, também com a Williams. O piloto da casa sofreu o acidente cinco voltas depois de Schumacher, e os danos sofridos pela BAR o forçaram a abandonar a prova.
O único piloto campeão do grid daquele ano que não bateu naquele ponto foi Mika Häkkinen, que acabou vencendo aquela corrida.
Após o GP do Canadá de 1999, poucos foram os campeões que de fato estamparam o carro naquele local. Embora muitos pilotos sem títulos tenham ‘visitado’ o local desde então, os únicos campeões, de fato, que realizaram essa proeza foram Jenson Button em 2005 – porém antes de vencer o Mundial com a Brawn GP em 2009 – e Sebastian Vettel em 2011.
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