GP interrompido: 5 vezes que a chuva atrapalhou os planos da Fórmula 1
A Fórmula 1 já teve uma série de GP que precisou ser interrompido por causa da chuva que assolava os autódromos; Relembre alguns deles
A Fórmula 1 já teve uma série de GP que precisou ser interrompido por causa da chuva que assolava os autódromos; Relembre alguns deles
O GP da Emília-Romanha, que estava previsto para acontecer neste fim de semana (entre os dias 19 e 21) em Ímola, não vai acontecer, já que sua realização foi interrompida em decorrência das fortes chuvas que assolam a região norte da Itália.
A região sofre com enchentes desde o início do mês, e foram intensificadas no início dessa semana. Por isso, a Fórmula 1 decidiu não levar adiante a corrida, e confirmou na manhã desta quarta-feira (17), que a prova italiana não vai acontecer.
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Mas essa não é a primeira vez que a chuva atrapalha os planos da principal categoria do esporte a motor. Por isso, o AutoPapo relembrou outras cinco oportunidades em que um ‘dilúvio’ interrompeu os GPs de F1. Confira:
O GP da Inglaterra de 1975 começou com pista seca, mas na volta 50 a chuva que caiu alagou o circuito, e foi responsável por proporcionar uma das cenas mais caóticas da história da Fórmula 1.
Isso porque na curva Club – onde hoje são as curvas 17 e 18 -, a água ficou tão concentrada em um ponto, que se formou uma espécie de lagoa, e todos os carros que passavam por ali aquaplanavam e acabavam fora das pista.
A condição era tão traiçoeira, que na brita na área de escape se criou um amontoado de carros de pilotos que perderam o controle naquele trecho do circuito. Os fiscais responsáveis pelo resgate dos pilotos, inclusive, tinham dificuldades de exercer o seu trabalho, uma vez que não conseguiam chegar próximos da pista, já que a todo momento um competidor descontrolado chegada no local e batia nos outros que já estavam parados.
Em um período de cinco voltas, 13 carros se concentraram no mesmo ponto. Na volta 56 das 67 previstas, a corrida foi interrompida e dada como encerrada. Emerson Fittipaldi, que liderava, foi dado como vencedor, enquanto José Carlos Pace finalizou em segundo e completou uma dobradinha brasileira.
Inúmeros fatores contribuíram para o GP de Mônaco de 1984 ficar marcado na memória dos fãs da Fórmula 1. Entre os principais, a forte chuva que caia no principal, e a performance notória de Senna com a Toleman
Aquela temporada foi dominada pela McLaren e Alain Prost e Niki Lauda foram os grandes protagonistas daquele ano. No GP de Mônaco, Lauda acabou abandonando a prova, e Prost teve caminho livre para vencer e ampliar a liderança no campeonato.
O francês, com problemas nos freios, tinha sua posição ameaçada pelo brasileiro que estava voando na chuva torrencial que caía em Mônaco. Prost chegou a sinalizar com as mãos pedindo o fim da prova, devido as condições inseguras na pista.
Quando Ayrton se aproximava de Prost a direção de prova encerrou a corrida de forma precoce, alegando condições inadequadas para correr.
Naquela época o GP da Austrália era o responsável por fechar a temporada da Fórmula 1, e Ayrton Senna chegava à corrida já coroado tricampeão mundial.
O início do fim de semana tinha um tempo bom, e todos os treinos foram realizados em pista seca. No entanto, no domingo as coisas foram bem diferentes, e uma chuva forte caiu sobre o circuito de Adelaide e deixou a pista completamente alagada.
Horas antes do início do evento o tempo já estava fechado, e aconteceram algumas reuniões para decidir se o GP realmente seria levado adiante – o que acabou acontecendo.
A largada foi dada debaixo da chuva e, a partir daí, o caos tomou conta da pista, e imagens de pilotos rodando e batendo no muro se tornou algo corriqueiro. Na volta 13, Senna fez gestos para a direção de provas pedindo a interrupção da corrida. O pedido foi acatado no giro 16, com o acionamento da bandeira vermelha.
Os dirigentes chegaram a esperar um tempo para ver se tinha teria alguma condição da prova ser retomada, mas como as condições não melhoraram, a decisão mais sabia foi não retomar a corrida. Senna acabou se sagrando vencedor daquela corrida.
Depois do GP da Austrália de 1991, o primeiro GP de Fórmula 1 que foi interrompido pela chuva foi o da Malásia de 2009. A corrida começou em condições normais, embora as nuvens carregadas apontavam que a água poderia cair durante a corrida. E foi o que aconteceu.
As nuvens eram tão carregadas, que, embora a corrida estivesse programada para o fim da tarde, no autódromo já parecia estar escurecendo.
Na volta 20 os primeiros pingos começaram a cair. Alguns pilotos optaram para ir aos boxes para calçar os pneus intermediários, enquanto outros optaram pelos de chuva extrema. Os intermediários, o entanto, se mostraram mais rápidos, e na altura do giro 25 todos os pilotos fizeram a troca para o composto que se mostrava mais eficiente.
Porém, a chuva acabou ficando mais intensa, e ficou praticamente impossível manter o carro na pista. Para piorar, o combo de spray de água, chuva forte, nuvens carregadas, e pouco sol por causa do horário, prejudicaram de forma considerável a visibilidade dos pilotos.
A direção de provas achou prudente acionar o safety car, mas ainda assim alguns pilotos aquaplanaram e acabaram fora da corrida. Em consequência disso, a bandeira vermelha foi acionada e a corrida encerrada com apenas 31 voltas das 56 previstas. Jenson Button foi o vencedor daquele GP de Singapura interrompido pela chuva.
O “GP” foi colocado entre aspas porque, embora a direção de provas tenha distribuído metade dos pontos alegando que a corrida chegou a ser iniciada, na prática, foi apenas um desfile que recompensou os pilotos com pontos pelo desempenho mostrado na classificação no dia anterior.
A chuva deu as caras durante todo o fim de semana no circuito de Spa-Francorchamps. Ainda durante a classificação, durante o Q3, a direção de provas liberou os carros na pista em uma condição duvidosa, que acabou resultado no forte acidente de Lando Norris na subida Eau Rouge-Radillon.
Mas o papelão maior foi reservado para o domingo. No dia da corrida não existia nenhuma condição de ser dada a largada, porque o autódromo estava debaixo d’água. Por isso, a corrida iniciou atrás do safety-car, com os pilotos completando apenas duas voltas – embora apenas uma tenha sido contabilizada oficialmente pela Fórmula 1.
A organização de provas achou de bom tom considerar isso uma corrida e pontuou os pilotos pelo feito – embora tenham recebido apenas metade dos pontos, por não terem completado mais de 75% da prova.
Com isso, o “GP” da Bélgica se tornou a menor ‘corrida’ de Fórmula 1 da história, com apenas 7,004 km percorridos. Max Verstappen, que anotou a pole, foi considerado o vencedor, enquanto Geroge Russell – que fez uma classificação incrível com a Williams – ficou em segundo e Lewis Hamilton fechou o pódio.
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