Gran Turismo: 25 anos da melhor franquia de corridas
Lançado em 23 de dezembro de 1997 para PlayStation (PS1), "Gran Turismo" redefiniu a forma de produzir games de corrida para consoles
Lançado em 23 de dezembro de 1997 para PlayStation (PS1), "Gran Turismo" redefiniu a forma de produzir games de corrida para consoles
No próximo dia 23 de dezembro, “Gran Turismo” completa 25 anos de seu lançamento. O game foi responsável por adicionar elementos dos jogos de computadores nos consoles. Com ótimos gráficos, mais de 130 carros reais, com direito a comportamento dinâmico semelhante ao do automóvel real, “GT” se tornou um fenômeno, com quase 11 milhões de cópias (originais) vendidas.
A produção a cargo de Kazunori Yamauchi, da Polyphony Digital, começou a ser rascunhada em 1992, antes mesmo do lançamento do PS1, em 1995. Yamauchi já comentou várias vezes como foi doloroso finalizar o game, que deveria ter apenas 12 carros. Com o tempo de desenvolvimento, o projeto foi crescendo e terminou com 140 modelos e 11 traçados.
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“Gran Turismo” ajudou a criar um novo modelo de jogos de corrida para consoles, que trazia elementos de física dos simuladores e jogabilidade mais apurada que os games de tipo arcade. Era ponto de equilíbrio entre dois mundos e serviu de base para franquias como “Forza Motorsport”, “Grid”, dentre outros.
Minha relação com “Gran Turismo” tem quase a idade do game. Começou no PS1 do meu primo e hoje continua nos consoles e até no celular. E como se diz na cultura popular: a primeira vez a gente nunca esquece. Pouco tempo depois da publicação tive a oportunidade de jogar no PS1.
Naquela época jogos do console japonês (claro que não eram originais) eram vendidos em lojinhas de eletrônicos contrabandeados escondidos nos edifícios do Centro de Belo Horizonte, muito antes dos shoppings populares. A Sony foi ter representação oficial da divisão PlayStation depois de muitos anos.
Eu levava o pequeno Matheus até a loja. Numa dessas visitas, vasculhando a cestinha, vi um game no canto, com uma banda de rodagem e a sigla GT. Enquanto a rapaziada disputava “Crash Bandcoot” e “Tomb Raider”, apostei naquele jogo do pneu.
Antes de jogar o game, sempre tinha aquela apreensão se o disco iria ou não rodar. Rodou! A abertura de “Gran Turismo” é algo fantástico. A folhinha empurrada pelo vento, a tampa do caminhão baixando e o GT-R indo para a pista. Tudo ao som de “Moon Over the Castle”.
Claro que nem tudo poderia ser perfeito: o game estava em japonês. Mas quem se importava, queria pilotar e dane-se o resto.
Com um mapa com as fabricantes, garagem, central de habilitação, competições, teste de motor, e lava-jato, o jogador tinha à disposição as marcas: Aston Martin, Chevrolet, Dodge, Honda, Mazda, Nissan, Toyota, TVR e Subaru.
Em cada fabricante, o jogador poderia optar por modelos novos e usados. No começo da carreira, o jogador tem 10 mil créditos para gastar.
E aí que vai a primeira dica. Com essa grana é possível comprar um Toyota Supra ou um Mitsubishi 3000GT (GTO). Mas a melhor opção é começar com o Mitsubishi Colt (Cyborg). Demorei um pouco para descobrir isso.
E há uma razão: as corridas iniciais (que não dependem de licença) têm grid definido com a média de desempenho de seu carro. Assim, começar com um modelo mais modesto pode ajudar.
E mais, com o troco da aquisição já é possível fazer alguns ajustes como trocar a central eletrônica, uma pecinha de motor ou suspensão. Começar a carreira correndo no Speed Ring é uma boa opção para encher o cofrinho.
E lá fomos nós jogar Gran Turismo. Claro que escolhemos o Supra, com seu motor de mais de 200 cv. Depois de tirar a primeira carteira e vencer o Sunday Cup, ganhamos o primeiro carro, um Mazda Demio.
O carro é uma porcaria, mas rendia 10 mil a mais. Com grana, fomos futucando nosso Toyota, colocando turbo, trocando pneus. O progresso era exponencial. Repetimos as competições, com melhores posições, pole positions e mais Demios de prêmio. Deixamos o Supra infernal.
De repente, uma luz invadiu o quarto. Já era dia. Minha tinha, furiosa veio dar uma bronca pois tínhamos virado a noite jogando. Era hora de salvar.
Fomos no ícone da casinha e tinha uma área de salvamento. Eis que descobrimos que não era possível salvar. Tinha um pequeno detalhe: não tínhamos um Memory Card.
Mas valeu a pena, e como!
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