Great Wall: bom para o consumidor. Mas a concorrência que se cuide…
A GWM é a terceira marca chinesa a investir no Brasil e não se intimidou com fechamento das fábricas da Mercedes e da Ford
A GWM é a terceira marca chinesa a investir no Brasil e não se intimidou com fechamento das fábricas da Mercedes e da Ford
Mercado de automóveis é assim: a Mercedes alega prejuízo e fecha a fábrica de automóveis de Iracemapólis (SP). Que caiu nas boas graças e foi comprada pela Great Wall Motors (GWM). Com outra proposta: produzir apenas híbridos e elétricos, com muita tecnologia e qualidade, além de preços tentadores como sempre foram os chineses.
A rigor, a GWM é a terceira marca chinesa a investir no Brasil. A JAC tentou uma fábrica no país mas está limitada, por ora, a importar uma linha de elétricos, automóveis, SUVs, picapes e caminhões.
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A segunda foi a BYD, que se instalou inicialmente produzindo baterias, painéis fotovoltaicos e chassis para ônibus e caminhões elétricos, mas está lançando sedãs e SUVs híbridos e elétricos.
A GWM é a maior fabricante privada chinesa de automóveis e já chegou “chegando”: comprou a antiga fábrica da Mercedes-Benz, no interior de São Paulo. Começa a produzir no fim do próximo ano, mas inicia suas operações comercializando neste segundo semestre SUVs e picapes importados da China.
Apesar dos altos e baixos, o mercado automobilístico brasileiro está entre os dez maiores do mundo, o que despertou seu interesse em implantar uma fábrica no país.
Além do tamanho do mercado, essencial também para estabelecer uma produção local é nosso parque industrial. Sob este aspecto, o Brasil conta com um dos maiores e mais modernos do mundo, com fornecedores de componentes e sistemistas de extrema capacidade tecnológica.
As montadoras contam com o fornecimento local das mais importantes empresas mundiais do setor, como Bosch, ZF, Mahle, Continental, Denso, Delphi e outras.
Outra oportunidade que se abriu para a GWM foi a possibilidade de adquirir uma fábrica de automóveis pronta para operar. Os chineses tiveram duas opções: a da Ford, em Camaçari (BA), e da Mercedes, em Iracemápolis. Decidiram pela segunda por suas dimensões mais compatíveis com seu projeto industrial.
A possibilidade de adquirir uma fábrica em condições operacionais foi um grande facilitador para se instalar no Brasil. Primeiro, pela rapidez, pois abrevia consideravelmente o tempo necessário para iniciar suas operações industriais.
Segundo, o investimento necessário para comprar uma fábrica pronta é incomparavelmente inferior ao de construir, mesmo diante de adequações para ajustá-la aos seus projetos.
Aliás, além de adquirir a fábrica de Iracemápolis, a GWM comprou também o “passe” de seu ex-diretor industrial, que conhece profundamente todos os detalhes de suas instalações e seu modus operandi.
Produzir no país abre excelentes perspectivas de exportação da GWM para toda a América Latina, principalmente para os países do Mercosul e para o México, com quem o Brasil tem um tratado bilateral de comércio.
Com investimentos previstos de R$ 10 bilhões e nacionalização de 60% de seus produtos a médio prazo, a GWM poderá se tornar um dos mais importantes “players” da região.
A Great Wall já expandiu suas operações para a Ásia, Australia, Africa do Sul,Tailândia e Rússia. A fábrica no Brasil faz parte de seu projeto global de expansão atingindo uma das mais importantes regiões do mundo.
A vinda da GWM é um projeto ambicioso e que não se intimidou mesmo com o fechamento das fábricas da Ford nem da Mercedes.
A empresa se apoia na crescente qualidade dos automóveis chineses, de sua vantagem pela escala, insuperável supremacia na eletrificação veicular e aposta em novas tecnologias: já declarou intenção de investir na célula a combustível (fuel cell) acionada por hidrogênio obtido do etanol.
Oswaldo Ramos, seu diretor comercial que conhece o mercado brasileiro como a palma da mão, pretende chegar a 130 concessionários até o fim de 2023, oferecendo ao mercado uma gama de híbridos (inclusive os plug-in, carregados na tomada) e puramente elétricos.
E sabe como conquistar uma considerável fatia do bolo não só com preços competitivos mas também com qualidade e tecnologia avançada.
Bom para os consumidores. Mas os concorrentes que se cuidem…
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É engraçado ver uns camaradas cheios de sinifobia por produtos oriundos da China.
Agora, os hipócritas nada falam dos de origem japonesa e coreana.
Melhorem crianças, melhorem.
E o Sr CAOA, que fez a reputação da marca Huyndai no Brasil, gostava de queimar dinheiro por acaso?
Antes de falarem abobrinhas, façam comparações e test drives. Eu fiz com Corolla e Arrizo 6. Com ampla vantagem para o segundo visse? Inclusive quase 50 mil mais barato do que a tal versão Altis, sendo do mesmo nível.
Parabéns Boris, sempre nos informando com detalhes sobre veículos e suas características técnicas e evoluções. Quanto aos fabricantes Chineses, não tenho admiração por eles e seus produtos.
Sinceramente ? Eu não tenho vontade alguma de ter um elétrico ou eletrificado ou misto ou híbrido ou seja o nome que for.
Se o celular, com bateria pequena já dá problema que a garantia NÃO resolve, imagina um carro !!! Tudo eletrônico ? Deu pau joga tudo fora e recicla ! Mas é um bem de 150 mil pra cima, ninguém vai querer perder dinheiro assim, pois o primeiro proprietário a empresa carrega no colo, faz cafuné, agradinhos mil. E quando acaba a garantia, tchau mesmo, você que fique com seu prejuízo ! Prefiro o que já conheço e até sei mexer se necessário for !
E porque nao ter uma concorrencia entre montadoras no pais? Mas veja bem como os amigos xomentaram anteriormente. Primeiro que sera que valpres serao acessiveis? Segundo vai produzir so um tipo de segmento? Terceiro um hibrido de qualidade que o brasileiro nunca recebe e nao se tem o tal carregador em todo lugar que se vai. E ultimo nunca temos ultimanente recebido carros bem testados e de qualidade.
Eu como leigo duvido que serão baratos com outras concorrentes se a Mercedes foi para o saco e Mercedes não e barato não fora suas peças de reposição o que dirá de baterias de modelos elétricos fico com um pé atrás e bem vindo mas esperar e pagar para ver
Boris, o brasileiro quer carros elétricos, só precisamos de qualidade e preço justo. Não acredito que a GWM vai fugir do padrão de atochar nos brasileiros. Esperando para ver o “plecinho bom, né?”.
Não que faça muita diferença, mas a Chery é chinesa também. Detém 49% do negócio com a CAOA.
Triste pais que fecha uma fábrica MB e Ford e recebe mais uma montadora oliginal
Comprou o passe de um “gerente” de uma empresa que fechou as portas alegando prejuizo, mas o cara conhe o mercado brasileiro???
Boa sorte para os ching ling.
Parece bom. Se o preço fosse justo, acho que teria adesão.
Boris, a matéria retrata muito bem a estratégia da GWM para a América do Sul – Brasil. No entanto dê uma atualizada na sua relação da cadeia de fornecedores globais. A marca Delphi não existe mais, sendo que no segmento de componentes eletroeletrônicos voltados para a distribuição de energia (vulgos chicotes elétricos) e módulos de distribuição, a marca agora chama-se Aptiv. No segmento de propulsão, a marca Delphi Technologies foi adquirida em 2020 pela Borg Wagner e, se dedica a soluções de propulsão por meio de sistemas de combustão, software, e controles e maecado de reposição. Os “top 20” de fornecedores de autopeças durante 2021 foram: 1) Robert Bosch; 2) Denso Corp. ; 3) ZF Friedrichshafen.; 4) Magna International.; 5) Aisin Corp.; 6) Continental.; 7) Hyundai Mobis.; 8) Faurecia; 9) Lear Corp.; 10) Valeo; 11) Yazaki Corp; 12) Sumitomo Electric Ind.; 13) BASF; 14) Adient; 15) Tennenco Inc; 16) Panasonic Automotive Systems Co; 17) Yanfeng; 18) Marelli; 19) Aptiv; 20) JTEKT Corp.
Me incluo entre aqueles ansiosíssimos por ver , e dirigir, os produtos da empresa.