Greve na Argentina: quais carros podem sumir das lojas no Brasil?

Greve geral contra Javier Milei terá curta duração, mas se estender poderá comprometer o abastecimento de carros no Brasil, principalmente as picapes

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Ford Ranger, produzida na Argentina, é o principal produto da Ford no Brasil (Foto: Ford | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 24/01/2024 às 19h03

A Confederação Geral do Trabalho da República Argentina (CGT) iniciou nesta quarta-feira (24) uma greve geral de 12 horas, na Argentina. A mobilização é uma retaliação às medidas adotadas pelo presidente Javier Milei, que proibiu protestos, dentre outras decisões polêmicas.

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E a greve também atinge o setor automotivo. O sindicato da categoria (Smata) aderiu à mobilização. Com isso, grande parte dos 117 mil operários do setor cruzaram os braços a partir do meio-dia.

As 12 horas de paralisação não seriam capazes de provocar uma crise de abastecimento. Mas caso o movimento ganhe força e a greve se estenda, alguns carros poderão subir das das revendas brasileiras. O segmento que mais sentirá é o de picapes médias, quatro dos seis modelos vendidos no Brasil são produzidas na terra dos hermanos. Saiba quais são eles.

Chevrolet Tracker e os carros feitos na Argentina

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Chevrolet Tracker é feito tanto no Brasil como na Argetina,  (Foto: GM | Divulgação)

O Tracker é feito no Brasil e na Argentina. Parte da produção do SUV foi deslocada para o país vizinho para reduzir a ociosidade da planta de Rosario. Mesmo que a greve se estenda, dificilmente faltará Tracker nas concessionárias brasileiras.

Fiat Cronos

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Cronos é o carro feito na Argentina com maior volume de vendas no Brasil (Foto: Fiat | Divulgação)

O Fiat Cronos é produzido na Argentina desde de seu lançamento. O modelo é o único sedã da Fiat e caso o movimento ganhe força, ele pode sumir das lojas. Longe de ser o principal produto da Fiat no Brasil, o Cronos emplacou nada menos que 50 mil unidades em 2023, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Ford Ranger

A nova geração da Ranger chegou no ano passado, com um moderno motor V6 biturbo diesel e muita tecnologia. Montada na planta de Coronel Pacheco, na região metropolitana de Buenos Aires, a picape é o principal produto da Ford no Brasil. Se a greve engrossar, pode comprometer o desempenho da marca.

Mercedes-Benz Sprinter

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Sprinter pode sumir das revendas caso a greve perdure na Argentina (Foto: Mercedes-Benz | Divulgação)

A Sprinter se tornou sinônimo de van no Brasil, mas está longe de ser líder de mercado. O modelo também é fabricado na terra dos hermanos e pode sumir das revendas.

Nissan Frontier

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Nissan Frontier teve sua produção transferida para Argentina com a chegada da atual geração (Foto: Nissan | Divulgação)

A picape japonesa ganhou produção argentina na atual geração. No ano passado emplacou pouco mais de 8 mil unidades. Para a sorte da marca, a participação da picape é tímida e corresponde a 11% das vendas da Nissan.

Peugeot 208

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Simpático e bem equipado, o Peugeot 208 é um dos hatches mais legais do mercado (Foto: Peugeot | Divulgação)

Se tem uma marca que precisa ficar atenta com o movimento grevista na Argentina é a Peugeot. O 208 caiu nas graças do consumidor brasileiro. No passado ganhou versões turbo e uma reestilização está a caminho. Com 28,6 mil licenciamentos, é o principal produto da marca no Brasil.

Toyota Hilux

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A Hilux é a picape média mais vendida do Brasil e tem uma legião de consumidores que não a trocam por nada (Foto: Toyota | Divulgação)

A Hilux é o segundo modelo argentino mais vendido no Brasil. A picape japonesa fica atrás apenas do Fiat Cronos. Caso a greve engrosse, os fiéis clientes da picape terão que disputar as unidades em estoque no tapa.

Toyota SW4

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Entre os carros feitos na Argentina está a SW4, que vendeu mais de 16 mil unidades no ano passado (Foto: Toyota | Divulgação)

Junto da Hilux, o SW4 lidera o segmento de SUVs grandes, derivados de picapes. No ano passado vendeu mais de 16 mil unidades contra 2 mil da Mitsubishi Pajero Sport e 1,6 mil do Chevrolet Trailblazer.

Volkswagen Amarok

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Prestes a ganhar reestilização, Amarok é feita na fábrica da VW em Coronel Pacheco (Foto: VW | Divulgação)

Apesar de ser figurante no mercado brasileiro, a Amarok ainda tem público cativo. A picape é produzida na planta de Coronel Pacheco, ao lado da fábrica da Ford. Se a greve se estender, não deverá fazer falta.

Volkswagen Taos e a greve argentina

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VW Taos tem pouca expressividade em um segmento dominado Compass e Corolla Cross (Foto: VW | Divulgação)

Com quase 16 mil unidades vendidas em 2023, o Taos é o representante da VW no segmento de SUVs médios. Para a sorte da marca, o modelo tem pouca expressividade no Brasil, onde a Volkswagen dominou o segmento com o T-Cross (72,4 mil unidades) no ano passado.

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