Greve na Argentina: quais carros podem sumir das lojas no Brasil?
Greve geral contra Javier Milei terá curta duração, mas se estender poderá comprometer o abastecimento de carros no Brasil, principalmente as picapes
Greve geral contra Javier Milei terá curta duração, mas se estender poderá comprometer o abastecimento de carros no Brasil, principalmente as picapes
A Confederação Geral do Trabalho da República Argentina (CGT) iniciou nesta quarta-feira (24) uma greve geral de 12 horas, na Argentina. A mobilização é uma retaliação às medidas adotadas pelo presidente Javier Milei, que proibiu protestos, dentre outras decisões polêmicas.
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E a greve também atinge o setor automotivo. O sindicato da categoria (Smata) aderiu à mobilização. Com isso, grande parte dos 117 mil operários do setor cruzaram os braços a partir do meio-dia.
As 12 horas de paralisação não seriam capazes de provocar uma crise de abastecimento. Mas caso o movimento ganhe força e a greve se estenda, alguns carros poderão subir das das revendas brasileiras. O segmento que mais sentirá é o de picapes médias, quatro dos seis modelos vendidos no Brasil são produzidas na terra dos hermanos. Saiba quais são eles.
O Tracker é feito no Brasil e na Argentina. Parte da produção do SUV foi deslocada para o país vizinho para reduzir a ociosidade da planta de Rosario. Mesmo que a greve se estenda, dificilmente faltará Tracker nas concessionárias brasileiras.
O Fiat Cronos é produzido na Argentina desde de seu lançamento. O modelo é o único sedã da Fiat e caso o movimento ganhe força, ele pode sumir das lojas. Longe de ser o principal produto da Fiat no Brasil, o Cronos emplacou nada menos que 50 mil unidades em 2023, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A nova geração da Ranger chegou no ano passado, com um moderno motor V6 biturbo diesel e muita tecnologia. Montada na planta de Coronel Pacheco, na região metropolitana de Buenos Aires, a picape é o principal produto da Ford no Brasil. Se a greve engrossar, pode comprometer o desempenho da marca.
A Sprinter se tornou sinônimo de van no Brasil, mas está longe de ser líder de mercado. O modelo também é fabricado na terra dos hermanos e pode sumir das revendas.
A picape japonesa ganhou produção argentina na atual geração. No ano passado emplacou pouco mais de 8 mil unidades. Para a sorte da marca, a participação da picape é tímida e corresponde a 11% das vendas da Nissan.
Se tem uma marca que precisa ficar atenta com o movimento grevista na Argentina é a Peugeot. O 208 caiu nas graças do consumidor brasileiro. No passado ganhou versões turbo e uma reestilização está a caminho. Com 28,6 mil licenciamentos, é o principal produto da marca no Brasil.
A Hilux é o segundo modelo argentino mais vendido no Brasil. A picape japonesa fica atrás apenas do Fiat Cronos. Caso a greve engrosse, os fiéis clientes da picape terão que disputar as unidades em estoque no tapa.
Junto da Hilux, o SW4 lidera o segmento de SUVs grandes, derivados de picapes. No ano passado vendeu mais de 16 mil unidades contra 2 mil da Mitsubishi Pajero Sport e 1,6 mil do Chevrolet Trailblazer.
Apesar de ser figurante no mercado brasileiro, a Amarok ainda tem público cativo. A picape é produzida na planta de Coronel Pacheco, ao lado da fábrica da Ford. Se a greve se estender, não deverá fazer falta.
Com quase 16 mil unidades vendidas em 2023, o Taos é o representante da VW no segmento de SUVs médios. Para a sorte da marca, o modelo tem pouca expressividade no Brasil, onde a Volkswagen dominou o segmento com o T-Cross (72,4 mil unidades) no ano passado.
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