GWM apresenta sistema híbrido DHT com autonomia de até 1 mil km

Marca chinesa aposta que motor híbrido DHT é a solução ideal para o mercado brasileiro, que é falho em infraestrutura

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O Haval H6 será o primeiro modelo da GWM no Brasil e será equipado com sistema híbrido DHT (Fotos: GWM | Divulgação)
Por Marcelo Jabulas
Publicado em 21/06/2022 às 13h44

A Great Wall Motors (GWM), se prepara para lançar seu primeiro modelo no Brasil. A marca já comprou a antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e finaliza o processo de homologação do SUV Haval H6. E enquanto o carro não chega, ela apresentou detalhes do sistema híbrido DHT, que segundo a marca, fará a estreia global por aqui.

DHT é a sigla para Dedicated Hybrid Technology. Em bom português significa que se trata de um sistema de motorização híbrida em que os motores podem atuar de forma conjunta, independentes ou como geradores, auxiliados por um sistema de transmissão com dois conjuntos de engrenagens que atuam de forma distinta.

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Tudo isso quer dizer que a GWM apostará em veículos híbridos em sua primeira fase no país. “O modelo híbrido é a melhor solução para o atual momento da eletrificação no Brasil, que não depende da infraestrutura de recarga”, aponta o chefe Comercial GWM no Brasil, Oswaldo Ramos.

Segundo o executivo, a eletrificação total é um caminho para a mobilidade. Mas trata-se de um processo gradual que a longo prazo irá chegar à célula a combustão com uso de etanol. “Clientes que compraram elétricos premium reclamam da baixa autonomia do elétrico no uso rodoviário, em que a carga da bateria se esgota rapidamente. Nessa hora falta o suporte do motor a combustão”, observa.

Sistema DHT

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Diagrama mostra como funciona o sistema DHT

Segundo a GWM o sistema DHT combina motor 1.5 turbo com uma unidade elétrica. Nada surpreendente. No entanto, a diferença é que esse conjunto pode atuar de diferentes maneiras. Os dois motores podem entregar tração às rodas, como um híbrido convencional.

No entanto, o bloco a combustão pode atuar como gerador de carga enquanto o propulsor elétrico, conta com um gerador dedicado. E se não bastasse, a transmissão conta com dois conjuntos de engrenagens, sendo um para médias velocidades e outra para velocidades elevadas. Esse conjunto pode entregar potências entre 243 cv a 393 cv e torque que varia de 53 kgfm a 57 kgfm nas rodas dianteiras.

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Software de gerenciamento controla o acionamento dos motores, de acordo com a demanda de torque

Segundo a marca, o sistema oferece sete modos de uso. Eles são gerenciados por um software que é considerado a cereja do bolo. Ele é capaz de analisar qual a combinação ou emprego ideal de cada motor e conjunto de polias da transmissão para entregar eficiência ou performance.

Híbrido Plug-in

Um degrau acima surge a opção de motorização híbrida Plug-in. A diferença está na maior capacidade da bateria. Segundo a marca, o Haval H6 nessa configuração poderá rodar até 200 km apenas na eletricidade.

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Versão Plug-in tem baterias de maior potência pode rodar até 200 km na eletricidade

O SUV virá com tomada do tipo P2, que se tornou padrão no mercado. O jipinho híbrido ainda poderá ter 80% da carga regenerada em apenas 30 minutos, quando plugado a um carregador ultra-rápido. Nessa configuração, a autonomia combinada do SUV pode superar os 1 mil km.

Haval H6 integral

E por fim, a marca também irá comercializar a versão com tração integral PHEV P4. Nessa configuração o SUV ganha um segundo motor elétrico, montado sobre o eixo traseiro. A potência combinada dos três propulsores pode variar de 393 cv a 483 cv, dependendo da versão.

Já o toque salta para elevados 77 kgfm. Segundo a marca, essa versão ainda é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. A autonomia na eletricidade é de até 180 km.

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Versão integral terá apelo esportivo e motores de quase 500 cv combinados (Foto: Internet)

Preços e posicionamento

A GWM ainda não definiu os preços do Haval H6. Segundo os executivos, os valores deverão ser definidos próximo do lançamento, que também não tem data confirmada. No entanto, Ramos afirma que a GWM não quer concorrer no segmento premium. “Vamos disputar mercado num segmento onde se posicionam marcas como Toyota, Mitsubishi e Volkswagen”.

Ou seja, ela iria trabalhar numa faixa de preços que, se fosse hoje, giraria entre R$ 200 mil e R$ 450 mil. São os valores que seus concorrentes diretos atuam no segmento SUV, acima dos compactos.

Picape Proer eletrificada

Além do Haval H6, a GWM também irá oferecer o SUV Tank e a picape Proer. No entanto, os executivos afirmam que a picape deverá demorar um pouco, pois ela será feita em Iracemápolis. “Picape tem que ter produção local devido à aplicação. Teremos uma nova geração da Proer eletrificada, feita no país”, afirma Ramos.

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Proer terá produção na fábrica da GWM, em Iracemápolis (SP)

E por fim a marca afirma que terá um quarto modelo, mas não pode dar detalhes no momento.

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