A picape média da GWM terá versão híbrida, mas opção turbodiesel ainda é fundamental para ganhar mercado no Brasil
A GWM está prestes a inaugurar sua fábrica em Iracemápolis (SP). A planta já está pronta e já monta protótipos para calibração do maquinário. E junto com a linha de montagem, a chinesa se prepara para lançar a picape Poer, que terá versão turbodiesel.
A picape chega até o final do ano. E, segundo executivos da marca, poderá ser nacionalidade no segundo semestre. Mas a principal novidade é a motorização da Poer.
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A picape será equipada com motor 2.4 turbodiesel da própria GWM. A unidade será acoplada a transmissão automática e terá tração 4×4.
A GWM não deu detalhes técnicos do conjunto motor. “Não podemos entregar tudo para nossos concorrentes”, justificou um dos executivos brasileiros da marca, presente no Salão de Xangai, Ricardo Bastos.
Apesar de a GWM ser uma marca que aposta em conjuntos eletrificados ou 100% elétricos, ela deixa claro que para conseguir competir no segmento de picapes é preciso ter motor diesel. Uma versão híbrida também está no catálogo, mas é fato que a picape diesel será o carro-chefe da operação.
Os executivos da GWM não exemplificam, mas é claro que o fracasso retumbante da BYD Shark acendeu o alerta vermelho nos corredores da fábrica que será inaugurada até julho. A concorrente estreou no segundo semestre com seu inovador conjunto híbrido, que combina motor 1.5 turbo com unidades elétricas que entregam mais de 400 cv.
No entanto, a cavalaria e pacote farto de conteúdos da Shark não foram capazes de cativar o consumidor brasileiro. E pouco mais de 500 unidades foram vendidas até março, segundo a Fenabrave.
Para a operação nebulosa da BYD, o fracasso da Shark pouco importa. Afinal, ela é importada. No caso da Poer o buraco é mais embaixo, pois o carro será fabricado por aqui e precisa de volume para garantir a viabilidade da operação.
A GWM Poer é uma picape média tradicional. Ela utiliza chassi sob carroceria e caçamba destacada como qualquer outro modelo do segmento.
Sua estrutura de longarinas, no entanto, foi projetada para receber conjuntos eletrificados, assim como modelos totalmente térmicos. O cardã passa por baixo das baterias, para garantir torque nas quatro rodas mesmo que as células estejam descarregadas.
Assim como a Fiat Toro, a picape conta com tampa bipartida. Um detalhe curioso é a suspensão traseira que utiliza molas helicoidais e braços longitudinais duplos no lugar do feixe de molas convencional.
No entanto, a capacidade de carga deverá ser mantida na faixa de 1 tonelada, uma vez que trata-se de um fator crucial para quem usa picapes no campo ou para trabalho. Agora é aguardar para ver o que mais a Poer terá sob a carcaça.
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