GWM derruba muralha de preconceito contra carro chinês?
Great Wall Motors se destaca e venda de seus modelos eletrificados supera a de modelos da mesma categoria, como medalhão Corolla Cross
Great Wall Motors se destaca e venda de seus modelos eletrificados supera a de modelos da mesma categoria, como medalhão Corolla Cross
Bolei o título desta coluna me achando muito esperto com um trocadilho infame. Afinal, GWM é a sigla de Great Wall Motors – Grande Muralha em tradução livre. Mas acho que deixa claro a intenção do que vamos falar por aqui.
No mês passado, a marca chinesa conseguiu a marca de 960 carros híbridos – considerando todas aversões do HavalH6 – emplacados, superando, por exemplo o medalhão Toyota Corolla Cross (considerando suas versões eletrificadas). A versão Haval GT também é o modelo híbrido plug-in mais vendido do Brasil, com 440 unidades.
A GWM faz parte da, digamos, segunda geração de carros chineses que chega ao Brasil, da qual também fazem parte a BYD e a Caoa Chery. Mas, hoje, entre as três, a Great Wall Motors é quem está em destaque, e os números comprovam isso.
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Mas, afinal, por que o motivo do sucesso? A GWM chegou com uma estratégia comercial agressiva: preços competitivos, boas vantagens para quem “apostasse” na marca neste primeiro momento e inovações como a venda por site e entrega garantida em qualquer cidade do país. A marca ainda trabalha na expansão da sua rede: são 25 revendas completas e 38 lojas funcionando no mês de junho.
Apostou no Alok como “embaixador da marca”, uma figura popular em diversos segmentos, não só entre entusiastas de carros; afinal, a ideia não é “pregar para convertidos”, né?!
E a GWM irá produzir no Brasi, já tem uma fábrica no interior de SP, e expandirá sua linha de produtos com a confirmação da fabricação da picape Poer por aqui.
Claro que toda essa infra-estrutura e toda essa propaganda não adiantaria se a marca não apresentasse bons produtos: e é isso que os carros da GWM são! Em entrevista ao jornalista João Anacleto, do canal A Roda, o CCO da empresa, Oswaldo Ramos, explicou que um dos primeiros carros que a GWM trouxe ao Brasil era “invendável”. Um lista com diversas modificações foram pedidas e atendidas em 45 dias para adaptar o Haval H6 ao gosto e necessidades do consumidor brasileiro.
Outra montadora que adaptou bem os carros ao gosto do brasileiro foi a Caoa Chery. As duas conseguiram essa medida, pois promoveram a integração de equipes brasileiras com as das matrizes.
Essa história me lembrou os primeiros carros chineses que desembarcaram no Brasil, totalmente incompatíveis com o que era vendido e desejado por aqui. A estratégia de preços baratos e fartos equipamentos não se sustentou a longo prazo pela falta de qualidade dos modelos vendidos por aqui.
A segunda onda já apresenta produtos que coloca as montadoras chinesas em pé de igualdade com os melhores fabricantes. Em alguns casos, já são superiores pelo nível de tecnologia embarcada e qualidade de acabamento.
E o que vale ser celebrado é que os brasileiros já entenderam isso e estão derrubando a muralha de que “carro chinês não presta”. Para com isso, né?! Muitos carros vendidos no Brasil, como o Chevrolet Onix e suas derivações Montana e Tracker são projetos chineses.
Sim, hoje os carros chineses são muito bons e quem ganha são os consumidores com mais opções no nosso mercado.
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