Divisão de luxo começa as atividades no Brasil pela mesma rede de concessionários da GWM e com SUV grande com mais de 500 cv
A nacionalidade dos carros ficam bem explícita nos modelos de luxo: os alemães primam pela excelência na engenharia, os japoneses pela precisão, os suecos pela segurança e os britânicos capricham no refinamento. A GWM lançou no Brasil o Wey 07, para mostrar que os chineses também fazem carro de luxo.
A indústria automotiva chinesa está focada na eletrificação e em tecnologia. O Wey 07 atua no Brasil como mostruário do que a GWM é capaz e fica posicionado no topo da gama.
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O GWM Wey 07 será vendido no Brasil em versão única, com preço de R$ 429.000. Ele não possui opcionais, cabe ao interessado escolher a cor da carroceria e a do acabamento interno.
A GWM irá vendê-lo na atua rede de concessionários, não terá uma rede separada para a linha de luxo. A marca aposta na boa reputação que já construiu para conseguir esse público mais exigente.
A submarca Wey é uma homenagem ao fundador e chairman da GWM, Jack Wey. O 07 é o topo de linha dela e possui porte bem avantajado:
O Wey 07 possui três fileiras de assento, mas não na disposição tradicional de sete lugares. A GWM trouxe para o Brasil a configuração de seis lugares, com duas largas poltronas individuais na seção central.
Um dos públicos que a GWM quer conquistar é o de executivos e celebridades que rodam com motorista particular. Por isso, a parte traseira do carro recebeu atenção especial.
Essas poltronas possuem regulagem elétrica e possuem um apoio regulável para as pernas. A fileira central também conta com aquecimento, ventilação e massagem nos bancos. A terceira fileira conta apenas com o aquecimento e pode receber adultos, algo raro.
Quem vai no banco traseiro no lado esquerdo pode usar uma mesa retrátil capaz de suportar até 10 kg. Já o passageiro do lado direito tem a possibilidade de regular o banco dianteiro, para librar mais espaço.
Mesmo com todo esse foco no banco traseiro, a primeira classe do Wey 07 ainda é a parte dianteira. O passageiro dianteiro pode reclinar o banco em 110° para uma posição chamada de gravidade zero. O seu cinto de segurança é montado diretamente no banco para ser efetivo mesmo reclinado.
Entre os bancos dianteiros está a thermal box, compartimento que pode ser refrigerado a -6°C ou aquecido a 50°C. E falando em temperatura, o ar-condicionado possui três zonas e saídas para todos os ocupantes.
O motorista conta com um heads-up display que também exibe informações do ADAS. No volante, que é aquecido, estão botões que podem ser personalizados.
Um detalhe que chamou nossa atenção foi o sistema de som. Ele possui 16 alto-falantes e 1.670 watts de potência, mas não foi assinado por alguma empresa famosa. Ele foi desenvolvido pela própria GWM internamente, assim como todas as tecnologias embarcadas no SUV.
A central multimídia com tela de 12,3 polegadas do Wey 07 estreia no Brasil o novo sistema operacional Coffee OS 3, que foi desenvolvido internamente pela GWM e estará em futuros lançamentos. Ele permite receber atualizações remotas.
A interface desse sistema lembra o de smartphones, principalmente nos menus. Se o motorista quiser, é possível colocar um carro 3D na tela simulando o que está sendo feito e que permite um acesso rápido a comandos, como abrir o porta-malas.
O interior do Wey 07 é minimalista, com poucos botões que servem como atalho para funções mais importantes. Mas é preciso se acostumar como a lógica da tela para encontrar a função desejada.
O Wey 07 vendido no Brasil não possui o LiDAR e a direção autônoma como o modelo vendido na China. Seu pacote ADAS permite uma direção semiautônoma de nível 2, ou seja, o cruise control adaptativo possui stop and go e pode contornar curvas, mas o motorista precisa estar atento e com as mãos no volante.
Monitorando isso está uma câmera na coluna A. Ela também faz reconhecimento facial e ajusta os bancos e outros parâmetros na configuração salva pelo condutor.
Curiosamente, o Wey 07 possui apenas seis airbags, com o de cortina chegando até a terceira fileira. Ele não conta com as bolsas de joelho, laterais traseiras ou a central — que existe no Ora 03.
Essa quantidade de airbags parece não fazer falta, já que o carro conta com uma estrutura rígida. O pacote ADAS que vem para o Brasil possui 5 radares, 12 sensores ultrassônicos e 5 câmeras.
O sistema híbrido plug-in do Wey 07 é uma evolução do encontrado no Haval H6. O motor 1.5 turbo foi atualizado para conseguir maior eficiência térmica e os motores elétricos são mais potentes.
Cada eixo possui um motor elétrico e o dianteiro também recebe a força do 1.5 turbo. Em conjunto, esses três motores rendem 517 cv e 83,6 kgfm, que fazem esse SUV que pesa mais de 2,5 toneladas acelerar de zero a 100 km/h em 4,9 segundos.
O câmbio DHT dele é de quatro marchas mais uma ré, contra as duas sem ré do Haval H6. O pacote de baterias é de 42,5 kWh, capaz de receber recargas rápidas em corrente contínua.
A autonomia no ciclo do Inmetro fica em 128 km no modo elétrico. A GWM divulga que seguindo essa metodologia é possível rodar até 859 km em modo híbrido graças ao tanque de 79 litros.
A suspensão do Wey 07 recebeu uma calibração mais firme para o Brasil, mas não foi para dar esportividade. O objetivo foi tirar o comportamento mais “molenga” que os chineses gostam.
As vendas do GWM Wey 07 já estão abertas. O carro conta com a mesma garantia de 6 anos para o veículo e 8 anos para o pacote de baterias do resto da linha.
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