Apesar de ser uma solução eficiente no papel, os motoristas europeus não aproveitam os maiores benefícios desses carros
Em teoria, os carros híbridos plug-in são uma forma bastante eficaz de eletrificação: pode rodar por alguns quilômetros como elétrico, o suficiente para o uso diário urbano, e possui o motor a combustão que atua como geração e dá maior autonomia em rodovias. Mas um estudo da Comissão Europeia mostrou que esses veículos estão emitindo mais no mundo real.
Segundo os dados, os carros híbridos plug-in emitem 3,5 vezes mais CO2 nas ruas que nos testes de laboratório. A informação veio do dispositivo OBFCM, um monitor de consumo e emissões instalado em todos os veículos que consomem combustível líquido vendidos na Europa.
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Esses dados são coletados pelas montadoras e enviados anualmente para a Comissão Europeia. Com isso é possível ter um controle melhor das emissões, já que se baseiam no uso real dos motoristas e não nos testes em laboratório.
O principal atributo de um carro híbrido plug-in é poder ser recarregado na tomada e não precisar do motor a combustão em trajetos curtos. Os dados recebidos pela Comissão Europeia mostram que os europeus não estão carregando seus veículos para aproveitar desse benefício.
Com a bateria descarregada, o carro híbrido plug-in prioriza o motor a combustão, que precisa alternar entre tracionar e recarregar as baterias. Alguns modelos nem fazem essa recarga e deixam os motores trabalhando de forma independente.
Por contarem com baterias maiores que um híbrido pleno, terem um motor a combustão e o conjunto de transmissão, os modelos plugáveis são mais pesados que os puramente a combustão. Esse peso extra exige mais do motor e isso faz que o consumo seja maior.
Como comparação, o Toyota RAV4 atual pesa 1.528 kg na versão a combustão, o híbrido pleno pesa 1.730 kg e o plug-in pesa 1.950 kg. Em todos é usado o mesmo motor 2.5 aspirado a gasolina.
Após a publicação dessa pesquisa, não foi decidido ainda o que os europeus irão fazer sobre seus incentivos aos híbridos plug-in. Até o presente momento muitas montadoras apostam nessa solução como transição.
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Talvez a maior questão aí seja rever o projeto dos híbridos plug-in.
Nos híbridos tradicionais as baterias nunca ficam descarregadas, de maneira que a tração elétrica está sempre entrando em ação nas situações em que ela é mais vantajosa – especialmente no trânsito urbano.
Plug de recarga em híbridos é redundante e inútil, só presta mesmo pra encarecer o veículo.
O mundo e os automóveis eram bem melhores antes dessa cruzada hipócrita pelo meio ambiente.