Honda City chega como sedã e hatch e coloca fim a Civic e Fit
O Honda City ganha uma nova geração, agora como hatch e sedã. O fabricante japonês caprichou nas tecnologia e no pacote de segurança
O Honda City ganha uma nova geração, agora como hatch e sedã. O fabricante japonês caprichou nas tecnologia e no pacote de segurança
Desde o lançamento do Fit em 2003 que a Honda busca o seu espaço no mercado de compactos. Ela conseguiu uma parcela de consumidores fieis, mas até hoje não chega a brigar pela liderança da categoria como conseguiu entre os médios com o Civic. A nova geração do City chega agora pronta para brigar com concorrentes tradicionais. Além disso, aposenta de uma só vez o Civic e o Fit – que será substituído pelo inédito (no Brasil) City hatch.
Claro que para incomodar seus concorrentes diretos é preciso ter mais que atributos mecânicos, espaço interno e equipamentos. O preço é essencial. Desta vez a Honda aprendeu com os erros do passado e trouxe preços mais competitivos:
As vendas do novo City sedã começam em janeiro. As do hatch, apenas em março, e os preços não foram divulgados.
Segundo a Honda, o novo City (eles chamam de New City) usa uma plataforma nova. Essa nova plataforma manteve o conceito de usar o tanque de combustível sob o banco do motoristas para melhorar o aproveitamento do espaço interno. Esse conceito tem um porém, o tanque de combustível do hatch possui capacidade para apenas 39,5 litros e no sedã a capacidade é de 44 litros.
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A nova geração adota mais aços de alta resistência, resultando em uma maior rigidez do monobloco e também em menor peso quando comparado com o City anterior. O chassi também conta com evoluções na absorção de impactos e uma espuma de poliuretano em partes-chave para reduzir os ruídos no habitáculo.
Essa arquitetura nova abriga também a nova geração do Fit, que não vem para o Brasil e o próximo HR-V. Um SUV compacto que irá suceder o WR-V também será feito nessa plataforma, isso irá unificar toda a produção da Honda no Brasil em torno dessa arquitetura.
Sob o capô do Honda City está o novo motor 1.5 flex aspirado equipado com injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas. O de admissão tem o sistema i-VTEC para priorizar a potência em rotações mais elevadas do motor.
O mesmo eixo comando de válvulas de admissão tem também o VTC (Variable Timing Control). O novo componente controla a sincronização, podendo variar (avançando ou retardando) a sincronização do comando de admissão.
A potência máxima é de 126 cavalos a 6.200 rpm, tanto com etanol como com gasolina. O torque é de 15,8 com etanol e 1,5,5 com gasolina, ambos a 4600 rpm.
O cambio CVT também evoluiu, oferecendo sete marchas fixas no modo sport e uma leve simulação de marchas para reduzir a sensação de estranheza causada pelos CVT tradicionais que mantém a rotação do motor fixa. Um avanço interessante é o EDDB, um sistema que detecta que o carro está em uma descida longa e usa as variações do CVT para fazer um freio-motor, poupando os freios de serviço em descidas de serra e evitando o temido fading.
O destaque fica pelo baixo consumo de combustível, que você pode conferir nas tabela abaixo os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE):
Carroceria | Consumo urbano (km/l) | Consumo rodoviário (km/l) |
---|---|---|
City Hatchback | 9,1 (etanol) 13,3 (gasolina) | 10,5 (e) 14,8 (g) |
City sedã | 9,2 (e); 13,1 (g) | 10,5 (e); 15,2 (g) |
O Honda Fit sempre foi um carro de público fiel e atraído por seu aproveitamento inteligente do interior. Substituir um carro tão prático por um hatch tradicional mais baixo é uma aposta de risco. Alguns dados do City Hatch ajudam a mantê-lo interessante para as viúvas do Fit.
Começando pela fita métrica: Apesar de parecer mais baixo que o Fit de terceira geração, o City é apenas 3 cm mais baixo. Ele é maior no comprimento total e no entre-eixos, 24,5 e 7 cm maior respectivamente. Mas existe uma pegadinha aí, o balanço dianteiro do City é maior e o traseiro é menor, isso se traduz no porta-malas menor que leva apenas 268 litros.
O sistema de bancos modulares Magic Seat está presente no novo hatch e com o mesmo funcionamento. Com o banco traseiro rebatido o volume interno de 1.168 litros é maior que o do Fit de terceira geração, 1.045 litros.
O Volkswagen Virtus e o Chevrolet Onix Plus são sedãs do segmento de compactos mas com espaço interno que rivaliza com o de médios. O Honda City não é diferente, seu entre-eixos de 2,60m fica atrás apenas do Virtus nessa categoria. Mas graças a sacadas inteligentes da Honda como o tanque sob o banco dianteiro e novo desenho dos assentos, o espaço interno melhorou em comparação ao modelo anterior.
O porta-malas se destaca como um dos maiores da categoria: são 519 litros. esse volume pode ser ampliado pelos bancos bipartidos, que são rebatidos por práticas alavancas próximas a tampa do bagageiro. Tampa essa que ficou maior na nova geração e oferece uma abertura maior, o que facilita na hora de carregar objetos maiores.
Quem escolher pela versão Touring do City, tanto o hatch quanto o sedã, terá à disposição o pacote de segurança mais completo do segmento. Esse é o primeiro carro feito no Brasil a trazer o Honda Sensing, que é o pacote de tecnologias de segurança ativa da marca. Ele traz ACC, CMBS, LKAS, RDM e AHB.
Vamos traduzir essa sopa de letrinhas. O ACC é o cruise control adaptativo, que mantém a velocidade determinada pelo motorista, reduz caso o carro a frente esteja mais devagar e mantém a distância que o condutor determinar. O CMBS é a frenagem autônoma de emergência, que detecta pedestres, veículos e outros obstáculos, freando automaticamente para evitar ou abrandar uma possível colisão.
O LKAS ajuda a manter o veículo centralizado na faixa. Ele é complementado pela RDM, que avisa quando carro muda de faixa sem sinalizar e faz uma leve correção. Por fim, o AHB é o farol alto automático, que abaixa o facho quando detecta um carro à frente ou no sentido oposto para evitar o ofuscamento. Tudo isso é regido pela câmera no topo do pára-brisa.
O único item de condução semiautônoma que ele não traz é a função Stop & Go no ACC, que para o carro sozinho quando o veículo à frente para e retoma o movimento quando ele arranca. Não foi dessa vez que um compacto terá isso no Brasil.
O carro também conta em todas versões com os controles de tração e estabilidade. Caso todas essas letras não ajudem o motorista a evitar uma batida, ele e os passageiros serão protegidos por seis airbags. São os dois dianteiros obrigatórios, dois laterais nos bancos dianteiros e os de cortina cobrindo todas as janelas, todos de série em todos os modelos.
Para entrar no novo City não precisa tirar a chave do bolso, ele conta com chave presencial e botão de partida. Dentro do carro a temperatura é escolhida pelo ar-condicionado digital, que usa botões giratórios fáceis de acessar sem desviar o olhar do trânsito.
A central multimídia com tela de 8 polegadas traz Android Auto e Apple Car Play sem fio. Nessa tela é exibida as imagens da câmera de ré que oferece diferentes ângulos. A partir da versão EXL, o painel de instrumentos combina o velocímetro analógico com uma tela digital configurável de 7 polegadas.
A Honda escorrega no final por dois detalhes que já estão se tornando padrão na indústria: o City não traz carregamento por indução ou entradas USB do tipo C. Todas as entradas USB são do padrão antigo e os passageiros do banco traseiro terão que se contentar com a antiga tomada de 12 volts e as saídas de ventilação.
O Honda City sedã será oferecido nas versões EX, EXL e Touring. Já na EX ele traz a chave presencial, lanternas com luz de freio em LED, DRL dianteiro em LED, câmera de ré, seis airbags, sensor de pressão dos pneus, central multimídia, faróis de neblina.
O EXL acrescenta bancos em couro, painel digital, lane watch e sensor de estacionamento traseiro. A topo de linha Touring inclui faróis full-LED, sensor de estacionamento dianteiro, o pacote Honda Sensing e acabamento diferenciados nos bancos.
O City Touring sedã traz acabamento em cinza claro com as cores Azul Cósmico, Cinza Barium e Branco Topázio perolizado. Com as outras pinturas o interior é preto. O Hatch só conta com o interior preto.
No City Hatch não existe a versão EX, ele já parte da EXL. A única diferença no pacote de equipamentos é a inclusão do Magic Seat e o Lane Watch só existe no Touring com essa carroceria. A cor Cinza Grafeno e o Vermelho Mercúrio são exclusivas do City Hatch.
Depois do City, a próxima novidade nacional da Honda será o novo HR-V. O Boris adianta os destaques dele:
Fotos: Honda | Divulgação
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Top de linha ótimo carro
Para variar outra empresa asiática explorando o povo brasileiro… é só não comprar o carro que o preço despenca.
Uma pena tirarem os dois melhores carros. Já não vou trocar meu fit por outro. Trocar de marca.
As tecnologia é topzera.
Um argo da Honda com preço de Civic… o Fit antigo era melhor… continue assim dona Honda, e em breve seguirás o mesmo caminho da Ford….
Ufa! Finalmente um lançamento, no nosso atual mercado, que não seja Suv de mentirinha. Bom saber que os sedans 0 km continuem a existir.
O porém é que a versão mais “barata” já comece acima dos 100 paus. Mas até aí….o concorrente Yaris já ronda os preços nessa faixa também
Outra coisa é o tal excesso de eletrônica, uma “moda” dos tempos atuais que encarece demais os modelos.
Mereciam um motor mais forte, talvez uma versão turbo ou até mesmo o 1.8 com injeção direta. Referente ao hatch eu estava até empolgado com as dimensões pensando que talvez pudesse ter um porta malas de hatch médio ou do próprio Fit (em torno de 350L), mas fiquei decepcionado com apenas 268L. De resto parecem ser bem construídos.
Tiraram de linha os dois carros que fizeram sua boa fama no nosso mercado. Seria mais interessante um motor turbo com injeção indireta que esse aspirado de injeção direta. Todos sabem que motores de injeção direta não casam bem com etanol com 5% de agua.