ICL alerta: etanol é que mais prejudica motorista e governo
O Instituto Combustível Legal está agindo contra empresários desonestos que sonegam e adulteram combustíveis no Brasil
O Instituto Combustível Legal está agindo contra empresários desonestos que sonegam e adulteram combustíveis no Brasil
O governo perde uma batalha atrás da outra na guerra contra os criminosos do setor de combustíveis e foi criado – em 2016 – o Instituto Combustível Legal (ICL) para tentar reduzir estas ações que tanto prejudicam a economia do país e o bolso do motorista.
Seu presidente é o empresário e ex-deputado Emerson Kapaz que destaca, em entrevista exclusiva à coluna, os dois tipos de crimes praticados pelas empresas do setor. Em primeiro lugar, a sonegação de impostos, que foi atenuada, no caso da gasolina, com a instituição da monofasia, ou seja, a tributação única quando o combustível deixa a refinaria e que engloba todos os impostos cobrados na sequência das operações comerciais até a entrega ao consumidor final.
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Com a impossibilidade de aumentar sua rentabilidade pela sonegação, os postos recorrem então às fraudes na qualidade do produto, aumentando, por exemplo, a proporção do etanol anidro misturado à gasolina. O percentual teórico de 27% pode chegar a 60% ou mais, pois os motores flex não “reclamam” de excesso de álcool.
Outra fraude é acrescentar gasolina importada, mais barata por sua baixa qualidade, ambas aumentando o consumo e prejudicando o bolso do motorista. Existe também a mistura de solventes, que pode até danificar o motor.
O etanol continua sendo sonegado já que – neste caso – a monofasia é impossível: ao contrário da gasolina, não são apenas algumas refinarias que o produzem, mas centenas de usinas pelo país. E também adulterado com o aumento do volume de água permitido. E, segundo Carlos Faccia, diretor do ICL, até um certo limite, a fraude não é percebida pelo motor, só pelo bolso do motorista.
Mas outro perigo do etanol é a inclusão do metanol, um álcool altamente tóxico que pode provocar a cegueira e até a morte, se ingerido. Ele é importado, em geral dos EUA, como componente da indústria química, mas é desviado para distribuidoras de combustíveis pelo crime organizado.
Além da qualidade, os criminosos apelam também para a fraude da quantidade em ambos os combustiveis, cobrando do cliente por um volume maior que o efetivamente fornecido. A bomba registra 50 litros mas só chegam 47 litros ao tanque, por exemplo. E, durante a fiscalização, um controle remoto no escritório do posto “corrige” a bomba.
A fraude nas bombas iria sofrer um duro baque pela exigência de sua substituição por equipamentos mais modernos com software interno que impossibilita alterar o registro do volume fornecido. As novas bombas teriam necessariamente a certificação do Inmetro e com prazo até o final de 2024 para serem instaladas por todos os postos do país. As flagradas pela ANP com fraude deveriam ser imediatamente substituídas pelas “eletrônicas”.
Pois não é que o Inmetro, órgão que volta e meia toma decisões estapafúrdias e contrárias ao interesse do consumidor (vide pneu remold, capacete de moto, cadeirinha…), decidiu – sem nenhuma explicação coerente – adiar por 5 anos a obrigatoriedade da bomba que impede o consumidor de ser lesado pelo posto. Decisão por si só inexplicável mas agravada pelo fato – ainda mais incompreensivel – de desobrigar da substituição imediata até os postos flagrados com a bomba adulterada.
Emerson Kapaz anunciou – para o próximo dia 20 de dezembro – a entrega de 1,3 milhão de litros de combustíveis apreendidos nas operações de fiscalização de empresas do setor por sonegação de impostos. Este volume aguardava a decisão judicial pelo perdimento do produto que tem valor aproximado de R$ 6 milhões e será doado à Policia Militar do Rio de Janeiro. A PM estima que o volume vai abastecer durante três meses toda a frota de veículos da corporação.
O ICL vem agindo também para eliminar outra irregularidade, a venda do óleo diesel marítimo importado (mais barato e próprio para os motores de embarcações) nas bombas de diesel em postos urbanos e rodoviários.
O presidente do ICL é membro do “Conselhão do Lula”, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, e defendeu a criação do Conselho Nacional de Enfrentamento às Ilegalidades Concorrenciais, o CONECON, para integrar os setores privado e público visando a troca de informações para o combate ao crime organizado e à evasão com práticas ilegais.
Deverá contar com representantes de vários outros setores da economia que praticam a ilegalidade concorrencial. Só no de combustíveis, o governo perde R$ 14 bilhões anualmente por fraudes e sonegações.
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Eu uso etanol..aqui onde moro tá 2.95.a gasolina tá 5.35..e é mais álcool do que gasolina, então já compro logo o álcool… engraçado e o gaz a 3.75 que colocou se ferrou.e diz que ainda vai aumentar..
A verdade é que no Brasil o compensa. Mesmo quando a fraude é detectada (o que é raro), nada acontece. As leis teriam que ser mais rigorosas, a fiscalização mais atuante e os equipamentos mais modernos, padronizados, mas enfim, população só protesta quando o problema é com o time do coração.
O crime compensa*
pecado é etanol ser mais imposto. isento de etanol,não!
como fugir desse problema? Carro elétrico + painéis fotovoltaicos
Na minha opinião o que vai o que vai acabar com a adulteração de combustíveis é maior rigidez na lei, ou seja, confisco do posto de combustível e cadeia de 10 anos pro dono do posto e 5 anos pro gerente.
O problema é a corrupção e não o álcool, e o INMETRO é autarquia estatal, então o governo não é vítima.
mais uma brecha na lei:
Bombas de Combustíveis autuadas por fraude poderão permanecer em uso até 2028.
Até 13/11/23, as bombas autuadas com fraude eram interditadas em definitivo.
a essência do regulamento da Portaria Inmetro nº 227/2022 que estava em vigor era combater o fraudador e consequentemente a nova bomba medidora de combustivel foi desenvolvida com foco na confiabilidade metrológica, bem como evitar a manipulação dos seus componentes na busca de requisitos da bomba mais segura.
o Art. 5º obrigava a troca por novas bombas seguras, a partir de 15 de março de 2023, em caso de autuação por fraude!
No entanto com a publicação da nova Portaria Inmetro 516/2023 prorroga a permanência de bombas fraudulentas até 2028. Até lá, permanecerá vigente o procedimento atual de liberar o funcionamento após a retirada do dispositivo fraudulento.
Assim o fraudador está muito confortável com penalizações irrisórias, que compensam a manutenção do crime contra o consumidor.
Por favor, nos ajude a reverter esta decisão discricionária que é um desserviço à sociedade.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-516-de-10-de-novembro-de-2023-522849616
Não é o etanol.
São as brechas nas Leis e a impunidade. Se isso não for sendo corrigido, os problemas persistirao, seja qual for o combustível.
O combustível brasileiro é uns dos piores do mundo, a última a gosolina brasileira é apenas um coquetel de combustíveis líquidos e sequer pode ser chamado de gasolina, por isso que só uso etanol , ruim por ruim, fico com o mais barato.
Ps: O combustível foi apreendido por não ser próprio para consumo, porém foi doado para a polícia?
Ou seja, para os inimigos os rigores da lei, aos amigos todas as bebesses.
Mais um dia normal na Bananolandia.
Olá, Antonio. Tudo bem? O combustível foi apreendido por fraude fiscal, não por adulteração.