Carros populares: eles já perderam equipamentos que você nem imagina
Ainda não sabemos como serão os novos carros populares do Brasil, mas podemos olhar para o passado e ver onde já cortaram
Ainda não sabemos como serão os novos carros populares do Brasil, mas podemos olhar para o passado e ver onde já cortaram
O anúncio do novo plano de carros populares no Brasil foi muito vago em detalhes de como serão esses veículos. Alguns especulam que vão relaxar nas normas de segurança, enquanto outros apostam em projetos extremamente simples.
O fato é que o nível dos carros de entrada brasileiros subiu nos últimos anos: hoje todos os compactos de entrada já trazem direção assistida, freios ABS, airbag, ar-condicionado e outros itens que eram considerados como luxo no passado.
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Antigamente, os carros populares eram bastante simples e cortam itens que hoje é difícil pensar de ver um carro vir sem. Vamos relembrar aqui algumas dessas ausências.
Quando foi criado o programa de carros populares com motor 1.0, a Fiat saiu na frente com o seu Uno Mille. Ela já fazia no Brasil um motor de 1.050 cm³ para exportação, bastou desenvolver um virabrequim de curso menor para chegar a 994,4 cm³. Também mudaram a carburação e o comando de válvulas.
Além do motor 1.0, o Uno Mille foi simplificado em relação ao Uno 1.3 S: perdeu o retrovisor do lado direito, os apoios de cabeça, bancos reclináveis, esguicho elétrico do limpador de para-brisa (o acionamento era no pé) e até mesmo a quinta marcha.
Em 1990 o carro de entrada da Chevrolet era o Chevette, que na época era vendido apenas com motor 1.6. Devido às perdas mecânicas causadas pela tração traseira, seu desempenho era inferior ao de carros 1.6 de tração traseira. Então já é de se esperar que a versão 1.0, chamada de Junior, seria terrível.
No corte de equipamentos, o carro popular da Chevrolet estava em um nível similar ao do Uno Mille. Mas havia uma adição que baixava o custo e tentava melhorar o desempenho: os vidros mais finos. O Chevette Junior durou pouco tempo, a marca conseguiu colocar o 1.6 S na faixa de impostos mais baixo até a chegada do moderno Corsa.
Nos anos 2000 os carros 1.0 estavam menos pelados que os populares da década anterior. Mas o início das vendas online trouxeram versões especiais para quem não queria lidar com os vendedores.
O Ford Fiesta Street era a geração anterior do compacto vendida ao lado da nova. Além de ser mais antigo, ele era mais simples: vinha sem os repetidores de seta nos para-lamas e com apenas o quebra-sol no lado do motorista.
Nos anos 60 tivemos um programa de carros populares diferente: o foco eram modelos extremamente simples para serem comprados com um financiamento específico da Caixa. A Willys-Overland fez o Gordini teimoso para esse programa.
O pequeno sedã já era um carro simples, mas conseguiram tirar o pouco que existia. Ele vinha sem iluminação interna, tinha apenas uma luz de freio na traseira, sem luzes de seta, não trazia marcador de gasolina e tinha apenas o limpador de para-brisa no lado do motorista.
O Fusca Pé de Boi era a alternativa da Volkswagen nesse programa de populares que o Gordini Teimoso participava. Assim como o rival, o compacto alemão não tinha as luzes de seta, marcador de combustível e a tampa do porta-luvas.
Um diferencial do Fusca Pé de Boi era ter os detalhes que deveriam ser cromados pintados em branco e usar menos camadas de tinta na carroceria.
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Gambiarra, bagaceira.
Em matéria de vender carros pelados , a Volkswagen é mestre , em 1989 comprei um Santana CL (1.8) , que vinha sem retrovisor lado direito , sem direção hidráulica , sem vidros elétricos , ar condicionado nem pensar , o único atrativo era “ar quente” , e olha que era o carro Top da Volks. Em 1996 comprei outro carro pelado da Volks , um Gol CL (1.6) mais limpo ainda , nem ar quente tinha , o que me atraia era o motor AP. A Fiat viu isso e começou a vender seus carros mais bem equipados , mesmo os modelos simples e também com 4 portas e começou a colocar água no chope da Volks.
Como sempre, essa matéria contem inúmeros erros. Meu Monza GLS 2.0 1995 veio com vidros muito menos espessos que meu Chevette Luxo 1976. E o Monza não era o que se podia chamar de carro popular. Espelho só do lado direito não vinha na maioria dos carros, pois não era item obrigatório. Tanto que tenho até hoje o vício d3 olhar pouco para o espelho da direita. Embora todos os meus carros desde 1998 o possuam. Olho mais o retrovisor interno. Isso é um risco, com o grande número de motos nas ruas, “costurando” por todo lado. Há um erro no texto na parte que fala que o Chevette 1.6 rendia menos que carros com tração dianteira. No texto está “traseira”. O Chevette 1.4, com 69HP, entregava 55 nas rodas. Quase o mesmo que um Fiat 147, cujo motor era bem menos potente.