Este jornalista era o terror das montadoras: Fiat e GM foram suas vítimas
Antes de falecer, em 1988, Expedito Marazzi passara por várias redações, entre elas Quatro Rodas, Manchete e Fatos & Fotos, Auto Esporte
Antes de falecer, em 1988, Expedito Marazzi passara por várias redações, entre elas Quatro Rodas, Manchete e Fatos & Fotos, Auto Esporte
Ele foi “dedado” por Wilson Fittipaldi, quando, aos 17 anos, correu em Interlagos, com seu MG Tourer. Foi tão bem na prova que o “Barão” anunciou o fato pela rádio Jovem Pan, naquele tempo, Panamericana. O pai dele ouviu o programa e o deixou de castigo. Mas essa punição não tirou dele o espírito arrojado, ou melhor atrevido, de viver.
Tanto que, em 1976, “roubou” um carro lançado no dia anterior para fazer fotos, da revista AutoEsporte; testou uma Caravan 1987, em um lançamento da linha 88, que não estava disponível para os jornalistas. Voltou a correr em 1963, na mesma corrida de estreia do José Carlos Pace, o Moco. Correu de DKW, Simca e Uirapuru, e participou da equipe Willys, apesar do fato nunca ter sido divulgado pelo seu chefe, Antônio Greco.
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Como gostava de correr, resolveu criar uma escola de pilotagem, que depois, quando ele faleceu, em 1988, foi passada para o filho, Gabriel, que também gostava. e ainda gosta, de correr com carros e também motos da sua coleção.
Antes de falecer, em 1988, ele passara por várias redações, entre elas Quatro Rodas, Manchete e Fatos & Fotos, Auto Esporte. Motor 3 e Caminhoneiro, sua última participação na imprensa.
Eu vi!!!!
Agora vou contar aqui uma história da qual eu fui testemunha e revelar, para quem ainda não conseguiu. identificar o personagem dessa coluna, o jornalista, piloto e instrutor, Expedito Marazzi.
Em seu campo de provas, a General Motors promovia o lançamento da nova suspensão da linha Opala 1988, incluindo a Caravan, em todas as suas versões.
O teste drive para a Imprensa seria realizada na Pista D1, com suas sinuosas curvas, com delicioso trecho chamado “Serrinha” com seus declives e aclives. Um desafio para quem gosta de pilotar, perigosamente, como o personagem gostava.
Ansioso, ele viu uma Caravan parada em um canto, com a chave no contato. Entrou nela, deu na partida e saiu cantando pneus. O pessoal responsável pelo programa, não percebeu o que acontecera,
Mas todo mundo ouviu os pneus da Caravan cantando, a cada curva na “Serrinha”, incluindo o então diretor de Engenharia, Carlos Buechler que ficou preocupado com o excesso de velocidade desenvolvido na pista e perguntava quem estaria dirigindo daquele modo.
Poucos minutos depois, o autor da façanha para a Caravan no ponto de chegada do teste. E, com a maior naturalidade, lança seu veredito sobre o carro, não sabendo que a Caravana ainda era 1987:
– Parabéns, essa nova suspensão da Caravan ficou ótima.
Ou seja, Expedito Marazzi, o nosso personagem, conduzia tão bem, que nem percebeu que não nada havia mudado na Station Wagon.
Quanto ao carro “roubado”, foi o Fiat 147, o primeiro modelo da fábrica, lançado no Brasil em 1976. Ele saiu de Outo Preto (MG), e foi para São Paulo, em Interlagos, para as fotos de capa e da matéria da AutoEsporte. E levou com ele seu filho Gabriel Marazzi que, como disse, herdou do pai a mania de automóveis.
(*) Expedito, reza o dicionário, significa, além de nome próprio é um adjetivo para quem desempenha tarefas ou resolve problemas com presteza e rapidez, ativo.
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