Caoa Chery Arrizo 6 PRO: nova versão ou reestilização?
Opção mais cara traz tantas mudanças visuais por fora e por dentro (além de novos equipamentos) que mais parece uma evolução do sedã
Opção mais cara traz tantas mudanças visuais por fora e por dentro (além de novos equipamentos) que mais parece uma evolução do sedã
A nova versão do Caoa Chery Arrizo 6, batizada de PRO, não é diferente da atual GSX apenas pelo nível de equipamentos. Além das novidades em termos de conforto e tecnologia, a versão PRO do sedã traz diversas mudanças visuais na frente, na traseira e até por dentro. Por isso, na prática, mais parece uma reestilização do modelo, que chega como linha 2022. O preço é de R$ 139.990, mas para o lançamento tem o valor promocional de R$ 134.990.
O Arrizo 6 PRO (denominação que estreou com o Tiggo 3X, no primeiro semestre), a grade cresceu e recebeu seis aletas horizontais, bem largas. Agora ela se estende até praticamente a metade do para-choque (que também foi redesenhado) e tem formato hexagonal, como nos modelos da Audi. Os faróis são de LEDs na nova versão.
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Uma vantagem indireta dessas mudanças é que, dessa forma, o Arrizo 6 PRO se distancia visualmente do Arrizo 5. O sedã compacto da marca tem grade bem parecida com a do Arrizo 6 GSX (R$ 123.590).
Na parte de trás, as mudanças também são substanciais. Até mesmo a tampa do porta-malas é outra. As novas lanternas, embora mantenham o mesmo formato externo, tiveram redesenho de luzes, e são unidas por uma faixa plástica que percorre toda a tampa do porta-malas.
A placa mudou de lugar. Enquanto no Arrizo 6 GSX ela fica no para-choque, na nova versão ela foi para a tampa. De lado, a novidade são as rodas aro 17″ com novo desenho. A empresa informa que não pretende estender as novidades à versão GSX. O modelo é produzido em Jacareí (SP) desde a metade do ano passado.
Por dentro também há várias mudanças. As duas telas digitais coloridas de 10,25″ dão as boas-vindas, e são as primeiras a atrair a atenção. A central multimídia domina o centro do painel, e é maior do que a da versão GSX (9″). Mas ao mesmo tempo ela é um bom exemplo de que tamanho não é tudo nessa vida. A tela sensível ao toque tem respostas muito lentas. Além disso, durante o test drive, houve perda de comunicação entre o sistema e o celular, que estava no console para transmitir à tela o mapa do trajeto.
No meio do caminho entre São Paulo e Campinas, as instruções do Google Maps do nada desapareceram, e foi preciso esperar que a comunicação voltasse. Foi uma falha similar à ocorrida durante o test drive com o Tiggo 3X, no final de maio. Pode ter sido uma coincidência. Ou o equipamento ainda precisa de aperfeiçoamento.
Os comandos podem ser acessados diretamente na tela sensível ao toque ou por meio de um seletor no console. O dispositivo é compatível com Android Auto e Apple CarPlay, mas ainda utiliza fio. Na maioria dos mais recentes lançamentos os cabos estão sendo dispensados.
A segunda tela digital concentra os instrumentos do painel digital. Ele pode ser configurado no estilo clássico, com dois mostradores circulares (velocímetro e conta-giros), ou pode ser deixado com um visual mais de videogame, pouco intuitivo. A mudança é feita por meio da central multimídia.
O ar-condicionado também está com aspecto diferente, e desta vez não necessariamente para melhor. Na versão GSX ele tem um mostrador digital exclusivo. Na PRO, os comandos foram deslocados para a tela da central multimídia. Não há modo automático nem indicador de temperatura. Os usuários precisam escolher o clima na base da sensação na pele, ou do grafismo que vai do azul para o vermelho, porque não há escala numérica, nem nos comandos giratórios, nem na tela. O sistema também não permite seleção individual de temperatura. Por outro lado, há saída para a traseira.
No Arrizo 6 PRO, o console também foi modificado. Ele é mais alto, o que aproxima os controles do motorista (e por isso melhora a ergonomia). A superfície recebeu mais esmero no acabamento, com um material frisado que lembra o utilizado pela Audi. Além disso, as teclas estão todas do lado esquerdo da alavanca de câmbio, portanto mais fáceis de operar.
A versão recebeu ainda sensores de ponto de cego, espelhos com desembaçador e sete opções de cores de iluminação interna. Caso o motorista mesmo assim ainda não esteja satisfeito, é possível selecionar um modo que sincroniza a iluminação com as batidas sonoras, como no Kia Soul (lembram-se?). Os bancos utilizam revestimento sintético que imita couro. O desenho agrada e há bom apoio lateral. Na versão PRO, o do motorista tem ajustes elétricos e memória.
O revestimento do painel é macio na parte superior, e as saídas de ar são horizontais. Como no Corolla de geração anterior, há desenho simulando costura de couro, mas o material é plástico.
Com 2,65 m de distância entre-eixos, o Arrizo 6 tem menos espaço no banco traseiro do que concorrentes como Toyota Corolla e Honda Civic (ambos com 2,7 m). Além disso, o túnel central é mais alto do que nos oponentes famosos, o que prejudica o conforto de um eventual quinto ocupante.
Em compensação, graças ao maior comprimento (4,67 m, 4 cm a mais que o Corolla e 3 cm a mais que o Civic), o porta-malas é maior. De acordo com dados oficiais, o Arrizo 6 abriga 570 litros, bem mais que os 519 l do Civic e os 470 l do Corolla. O único senão é que os braços da tampa roubam parte da área de carga.
Ao contrário do visual e do nível de equipamentos, a parte mecânica não traz novidades. O Arrizo 6 mantém o motor 1.5 turbo flex de quatro cilindros e o câmbio automático CVT, que simula nove marchas. São 150 cv com etanol e 147 cv com gasolina (a 5.500 rpm). O torque de 21,4 mkgf (a 1.750 rpm) é o mesmo, independentemente do combustível. Com esse conjunto, o sedã de 1.364 kg oferece respostas suaves ao acelerador. Apesar do turbo, o Arrizo 6 é um carro tipicamente familiar, que privilegia o conforto. Por isso, o desempenho é calmo, embora esteja longe de decepcionar.
Há dois modos de condução: esportivo ou econômico. Não há opção normal, e a escolha entre as duas formas de dirigir não altera muito o comportamento do carro. A rotação apenas fica um pouco mais alta na seleção esportiva. Não se nota alteração no comportamento da direção (não fica mais firme, por exemplo).
O volante não tem borboletas para trocas de marcha manuais. Caso queira fazer mudanças, o motorista pode recorrer à alavanca central. Uma falha: a coluna de direção é ajustável somente em altura. Falta a regulagem em profundidade, até porque ela fica muito para trás.
Tal como o conjunto motor-câmbio, a suspensão privilegia o conforto. O Arrizo 6 roda com maciez. O sistema é formado por conjunto McPherson na frente e eixo de torção atrás. Civic e Corolla empregam sistema independente nas quatro rodas. Isso significa maior estabilidade (e mais custos). A direção elétrica tem bom peso.
A exemplo da versão original, GSX, o Arrizo 6 PRO vem com freio de estacionamento eletromecânico, além de sistema auto hold (aplica os freios automaticamente em paradas). O teto solar elétrico também é item de série nas duas versões, assim como os seis airbags e o sistema Isofix para fixação de cadeirinha infantil. Da mesma forma, ambas possuem monitoramento de pressão e temperatura dos pneus e câmera 360º.
Por fim, a chave presencial possibilita acionamento remoto de motor e climatização. O contraponto é que ela tem aspecto muito simples. Se for deixada à vista em cima da mesa de trabalho, o colega vai ter a certeza de que ela pertence a um “carro barato”. A garantia é de três anos (cinco para motor e câmbio).
No acumulado deste ano, até agosto, a Caoa Chery vendeu 2.148 unidades do Arrizo 6. Com isso, o modelo ocupa a quinta posição entre os sedãs médios, logo atrás do VW Jetta (2.483 veículos emplacados). O líder isolado é o Corolla (28.175 emplacamentos), seguido de Civic (12.116) e Cruze (3.656).
Fotos: Caoa Chery | Divulgação
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Carro muito bonito design lembrando o esportivo, porém confortável. faltam alguns ajustes por exemplo não marcar a temperatura do ar condicionado foi mancada e, fazer um up grade na comunicação entre o dispositivo móvel e o multimídia. Esperar mais uns dois anos para ser feitos os reajustes, para depois sim comprar um. kkkkkk
Ou seja, custa mais que o Arrizo 6 “normal” e entrega o mesmo carro. Pura esperteza da marca lançar como outro carro só para poder cobrar mais por isso.
É o tipo de carro que seu vizinho trocou, e não diz que é chinês,,, nem a pau!…KKKKKKKK