Nova geração da Ford Ranger terá motor V6 diesel e muita tecnologia
A nova geração da Ford Ranger foi apresentada na Austrália e chega pronta para ser vendida em 180 mercados, incluindo o Brasil
A nova geração da Ford Ranger foi apresentada na Austrália e chega pronta para ser vendida em 180 mercados, incluindo o Brasil
Chega de teasers e fotos de carros de teste, a nova geração da Ford Ranger finalmente foi apresentada. Assim como foi com a geração anterior, a nova foi projetada na Austrália — país amante de picapes médias que tem a Toyota Hilux como veículo mais vendido nos últimos anos.
Agora a Ranger possui uma proposta global e já vem pronta para atender a todos os 180 mercados onde a Ford atua. O Brasil é um deles e a sua produção será feita na Argentina, com o lançamento previsto para 2022.
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A Ranger agora adota a linguagem visual das picapes norte-americanas da Ford, com capô mais alto e horizontal, uma frente reta, faróis em forma de C e grade com uma barra horizontal. Isso deixou a picape mais volumosa visualmente e alinhada com a F-150 e Maverick. Completando o pacote EUA, os emblemas da Ford cresceram.
Foram exibidos cinco níveis de acabamento no lançamento, indo do XL feito para o trabalho ao Wildtrack com proposta aventureira. Apenas as cabines estendida e dupla foram mostradas.
O site australiano Drive entrevistou Ian Foston, chefe do projeto da Ranger, para saber o quão nova é essa geração. Segundo o engenheiro a plataforma é uma evolução profunda da T6 usada pela Ranger atual, mas o chassi é todo novo e permite uma modularidade maior.
Todas as peças de estamparia e vidros também são novos. As medidas não foram reveladas, mas foram confirmados o aumento das bitolas e da distância entre o eixo dianteiro e a parede corta-fogo. Essas mudanças permitem a instalação dos novos motores.
Sob o capô está o motor 2.0 diesel EcoBlue, que já equipava a Ranger fora da América Latina e conhecemos na Transit. Ele possui versões com um ou dois turbo, os números de potência e torque não foram divulgados. Atualmente a versão com um turbo gera 170 cv e a biturbo tem 213 cv.
Mas o destaque fica para o motor V6 3.0 turbodiesel, que já é usado na F-150. Os dados desse motor também não foram revelados, mas na picape grande ele produz 253 cv e 60,8 kgfm. Outra opção para quem quer desempenho será o 2.3 EcoBoost à gasolina de 273 cv, já disponível na Ranger dos EUA e que será incluído no modelo global.
O cambio manual será de 6 marchas, já o automático será de 10 marchas. Apesar de não ter revelado os dados de força e desempenho, a Ford garantiu que atualizou o motor EcoBlue para resolver problemas de durabilidade apontados nos mercados onde é oferecido. Uma versão híbrida plug-in está sendo desenvolvida para a Europa
Se por fora a Ranger ficou mais rústica, por dentro foi o oposto. No centro do painel está uma grande tela vertical que comanda o sistema de entretenimento e funções da picape. Dois tamanhos diferentes estão disponíveis: 10,1 polegadas ou 12 polegadas. A tela roda o sistema SYNC4, que estreou no Mustang Mach-E.
Comandos do ar-condicionado e o botão do volume do som ainda são físico e ficam sob a tela. O painel de instrumentos digital possui tela de 8 polegadas. Toda essa tecnologia é rodeada por uma cabine mais moderna e com aspecto mais sofisticado que a da Ranger atual.
As picapes norte-americanas estão em uma briga para ver quem faz a caçamba com mais funcionalidades. A Ford Ranger pode ser considerada a primeira picape global a entrar nessa contenda e usa soluções que vimos na Maverick.
O principal é o FlexBed, que são uma série de ressaltos e nichos que permitem o uso de tábuas para modularizar a caçamba. Com isso é possível limitar o tamanho da área de carga e garantir que itens menores não ficarão soltos.
A caçamba ficou mais larga e agora pode acomodar um pallet entre as caixas de roda. Novos ganchos para amarração foram adicionados. Na tampa da caçamba vem uma régua integrada e possui uma fixação para prender máquinas, como serras e torno de bancada.
Sobre essa plataforma extensamente atualizada será feito também uma nova Ranger Raptor. Essa versão esportiva terá o problema de desempenho insuficiente para o chassi resolvido pelo motor V6 diesel.
Uma nova geração do SUV Everest também está nos planos e deverá chegar ao Brasil. Esse SUV teve sua produção confirmada para a fábrica da Ford na Argentina em 2023. Ele virá para brigar com Toyota SW4, Chevrolet Trailblazer e Mitsubishi Pajero Sport.
Por fim terá a nova Volkswagen Amarok, também programada para ser mostrada em 2023. A Ford diz que a Amarok terá carroceria e interior exclusivos, o compartilhamento ficará apenas na parte que não vemos. Isso inclui as motorizações, abandonando o 2.0 e o V6 de projeto da Volkswagen em prol dos motores Ford.
Sabe quem vai acompanhar a nova Ranger nas concessionárias? A F-150:
Fotos: Ford | Divulgação
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