Lançamentos e despedidas vão marcar o ano de 2021
"As despedidas de mercado terão a ver com o programa de emissões e ruído Proconve PL 7, a partir de 1° de janeiro próximo"
"As despedidas de mercado terão a ver com o programa de emissões e ruído Proconve PL 7, a partir de 1° de janeiro próximo"
Foi clara coincidência, mas na semana em que se comemora o “Dia do Automóvel” (13 de maio) a GM anunciou nova picape para produção em sua unidade de São Caetano do Sul (SP). A empresa adiantou que o lançamento será em 2022 e complementará a S10.
Fácil de concluir que a Toro terá uma concorrente direta como picape intermediária de cabine dupla, porém sem opção 4×4. Depois dos dois Onix e do Tracker é o quarto modelo da família GEM. Falta o quinto, ainda não anunciado. Deverá ser um crossover para substituir o Spin, também em São Caetano do Sul (SP).
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A GM descontinuou a picape compacta Montana e produzirá o Tracker também na Argentina de modo a ter flexibilidade. No segundo semestre, ocorrerá o lançamento da S10 Z71, com uma pegada mais para fora de estrada, ao contrário da Ranger Black, que visa um público urbano.
O SUV médio argentino VW Taos será apresentado no final deste mês e nas concessionárias em junho. A marca alemã anuncia nas próximas semanas novo ciclo de investimentos na região do Mercosul. Versão básica do Polo está confirmada para a unidade de Taubaté (SP), porém só entrará em produção no segundo semestre de 2022.
A picape intermediária argentina Tarok (nome provisório), na mesma faixa da Toro, deve finalmente ser confirmada.
Para a Stellantis as novidades vêm da Fiat com o SUV em meados do próximo semestre (nome provável, Pulse), o 500 elétrico e o Jeep de sete lugares com estilo diferente do Compass. Também do mesmo grupo outro crossover substitui o descontinuado Citroën C3 no terceiro trimestre.
Também confirmados para este ano a nova geração do Hyundai Creta e a inédita versão hatch do Honda City. No entanto, este pode atrasar. CAOA Chery terá o Tiggo 3X no fim deste mês. Captur estreia o motor turbo de 1,3 litro ainda importado (fabricado aqui só em 2022). Toyota promove a primeira revitalização dos Yaris hatch e sedã, com lançamento também no segundo semestre.
As despedidas de mercado terão a ver com o programa de emissões e ruído Proconve PL 7, a partir de 1° de janeiro próximo. Emissões evaporativas serão reduzidas a apenas 0,5 g/dia em testes de 48 horas. Tanques de combustível terão que ser modificados (na Toro 2022 diminuiu de 60 para 55 litros). Apurei que Uno, Doblò e Grand Siena saem de produção em 31 de dezembro, mas haverá um estoque transitório no começo de 2022.
Fox sai de linha em dezembro, porém Gol, Voyage e Saveiro terão sobrevida até janeiro de 2024, quando exigências de segurança vão impor substitutos já em desenvolvimento.
Objetivos anunciados semana passada por Antônio Filosa, CEO da Stellantis no Brasil, são ousados. Em dois anos retornar aos 5% de participação que as duas marcas francesas já tiveram no mercado (hoje, menos de 2%).
Uma das estratégias, embora não declarasse formalmente, é colocar os motores aspirados e turbos GSE (em inglês, Motores Pequenos Globais), antes batizados de Firefly, nos modelos Peugeot e Citroën. Sabe-se, contudo, que ações nesse sentido já foram iniciadas.
Ele admitiu que em algumas cidades uma mesma concessionária poderá vender, se for rentável, as quatro marcas do grupo, apesar de reconhecer o posicionamento diferenciado da Jeep.
A empresa também investirá em maior conteúdo local, embora a dependência atual seja grande em semicondutores concentrados no Sudeste asiático. Até o momento o grupo conseguiu administrar com poucas paradas as fábricas de Betim (MG) e Goiana (PE). Filosa prevê dificuldades com recebimento inconstante de componentes neste segundo trimestre e só no final do ano haverá estabilidade no suprimento de autopeças.
Mesmo com incertezas econômicas, abril teve a melhor média diária de comercialização do ano: 8.800 unidades de veículos leves e pesados. Como o mês passado teve três dias úteis a menos que em março, o total foi 7% inferior. Anfavea, por enquanto, mantém sua previsão de aumento de vendas de 15% em 2021 sobre 2020. Sete anos atrás eram vendidas até 15.000 unidades por dia.
Os estoques nas fábricas e concessionárias continuam bem baixos: apenas 17 dias. Se fosse possível produzir mais, certamente haveria compradores. A produção acumulada este ano cresceu 34% sobre 2020, pois em abril do ano passado a pandemia paralisou praticamente toda a indústria automobilística.
O Brasil precisa avançar bastante em exportações. Apenas 353.000 unidades (mais 9% em relação a 2020) estão previstas. Em 2005, o País vendeu ao exterior cerca de 700.000 unidades montadas.
Apesar de forte desvalorização cambial no período, o que facilita vendas ao exterior, o País está mal no ranking mundial. Em 2019 ficou em 26º lugar entre os países que exportam veículos leves montados com apenas US$ 5,8 bilhões, segundo a Anfavea. No levantamento da entidade os números da China não estão incluídos.
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150 mil num creta com esse preço vai ficar na loja por 2 anos empoerado vai ser o pior lançamento de todos os tempos