Ergonomia ruim: veja alguns carros com soluções interiores bizarras
Ergonomia é item essencial em qualquer carro: comandos bem localizados e bons bancos melhoram muito a vida do motorista
Ergonomia é item essencial em qualquer carro: comandos bem localizados e bons bancos melhoram muito a vida do motorista
A ergonomia é o nome dado à ciência que estuda as interações entre os humanos e os objetos, com o fim de melhorar o bem-estar. Localização dos comandos, posição de dirigir e facilidade de usar o carro são vitais para boa ergonomia.
Os engenheiros tentam elaborar a melhor ergonomia possível na hora de projetar um carro, mas limitações da plataforma, cortes de custos e decisões de estilo influenciam nisso. Marcas como a Volvo e a finada Saab sempre primaram por focar seus interiores nas pessoas. Porém, outros fabricantes não tiveram a mesma atenção, como veremos a seguir.
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Observe bem a foto do painel do Citroën CX e tente encontrar os comandos de seta, limpador do para-brisa, faróis e buzina. Notaram que nada está onde estamos acostumados a ver e não existem alavancas atrás do volante?
As decisões estranhas da Citroën no interior do CX não param por aí. O botão da seta não desativa automaticamente: o motorista precisa fazer isso. O volante não retorna para o centro sozinho. E o rádio, nos modelos feitos após 1985, fica no console central, logo atrás da alavanca de cambio.
Várias dessas excentricidades podiam ser vistas em outros Citroën da época, mas, como o CX era o topo de linha da marca, contava com todas. Completando o pacote, estava a suspensão hidropneumática, que garantia estabilidade e conforto acima da média para esse francês de luxo.
Fabricantes de esportivos artesanais não costumam dar muita atenção para o interior de seus carros, pois usam peças de grandes fornecedores compartilhadas com outros modelos. A britânica TVR era mais ousada e tentava inovar em seus interiores.
O Cerbera é um dos projetos mais ousados da TVR. Já é difícil entrar no carro, pois ele não possui uma maçaneta tradicional. As portas são abertas por um botão sob os retrovisores dianteiros. Para abrir as portas por dentro, existe um pequeno botão.
A alavanca de seta é tradicional, mas feita sob medida, em alumínio. Limpador de para-brisa, faróis e buzina têm comandados por botões no volante, não muito diferente do que a Tesla começou a adotar recentemente; já a Ferrai faz isso desde a 458 Italia.
Nem os instrumentos escaparam das ideias malucas da TVR: dois marcadores podem ser vistos através da parte de baixo do volante, juntos a uma saída de ventilação. Só não é mais estranho que no TVR Tuscan, onde o velocímetro é analógico e conta-giros é digital, apenas com os números.
A BMW adotou um Joystick para comandar o cambio há duas gerações atrás e achou que seria uma boa ideia levar esse conceito para a seta. O motorista move a alavanca para acionar as luzes de sinalização e ela retorna à posição horizontal mesmo acionada.
É aí que começam os problemas: para desativá-la é preciso dar um leve toque no sentido oposto, mas se o toque for mal calculado, você aciona a seta para o outro lado. Foi uma inovação tão mal pensada que precisaram fazer um vídeo explicando o funcionamento. Hoje, a BMW voltou atrás e usa alavancas tradicionais.
O Chevrolet Onix de primeira geração foi um compacto moderno para a época e correto no aspecto geral. O que destoava nesse projeto competente era a posição estranha do puxador de porta. Ele ficava muito recuado e era desconfortável de usar.
A Chevrolet reconheceu o erro e mudou o desenho do puxador na linha 2016, melhorando bastante a ergonomia do carro.
Todo Volkswagen Gol com motor longitudinal sofre do mesmo problema: volante torto. Por anos, ele foi o carro mais vendido do país, e os milhões de brasileiros que dirigem o modelo diariamente tinham que lidar com volante, bancos e pedais desalinhados.
Quando o Gol de quinta geração (ou de terceira, para quem não considera os face-lifts) chegou ao mercado, esse problema acabou. A plataforma PQ24 era mais moderna e trazia motor transversal. O Gol foi da água para o vinho, pois a versão mais moderna conta com uma ótima posição de dirigir, com tudo alinhado, além de câmbio fácil de achar.
Siga essas dicas do Boris para se posicionar com mais conforto e segurança ao volante do carro:
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Esqueceu do volante torto do Chevette…aquilo sim era desalinhamento
Dentre os veículos que já dirigi e esses sendo fabricados dentro do nosso território, sem dúvidas o ford ka foi oque teve a pior ergonomia.
Péssima posição de dirigir, volante com design pra lá de estranho, assento e encosto sem o mínimo posicionamento correto etc.
Faltou falar de muitos carros atuais que tem assentos dos bancos curtos que não apoiam bem as pernas e cansam demais, principalmente os modelos de entrada.
Reportagem bem superficial e incompleta.
Falta aí o Etios com seu painel centralizado, duster/captur/sandero com o botão de abertura de vidros no console central, etc.
Nenhum problema com o painel centralizado do Etios. Pelo menos o digital, não sei o anterior.
Já fiz muitas viagens e não tenho nada a reclamar.
Linha Citroën mandou abraços com todo o painel no centro e ninguém, nunca reclamou disso
Não vi falarem do Kwid, que para viagens de longas distâncias, acaba com as pernas e as costas do motorista.
Citroen é uma gracinha acho injusto estar aí pois a Citroen a marca mais Criativa do mundo que criou diversas soluções consagradas como o Monobloco!!! São genios da suspensão traseira direcionável q fazem “carros que não capotam”! E por ai .. a Citroen com aqueles botoezinhos ali no painel são LINDOS e achei totalmente ergonomicos nas maos do motorista…. o problema que o acionador da seta não voltava automaticamente .. isto um erro realmente. Mas só! O resto achei otimo.
Esqueceram de comentar sobre o “Palio Quebra Costas”.