Lobo-terrível: 5 carros que poderiam voltar à vida

A ciência trouxe uma espécie extinta de volta a vida — com ressalvas —, no mundo dos carros isso é possível com menos polêmicas

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O Vectra tinha atributos que não existem mais na linha atual da marca (Foto: Chevrolet | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 13/04/2025 às 09h00

A grande polêmica da semana foi sobre a empresa de engenharia genética que alega ter “ressuscitado” o extinto lobo-terrível. Na realidade foram feitas alterações genéticas no lobo-cinzento moderno para ficar parecido com a espécie pré-histórica. Mas isso deixou um questionamento na equipe do AutoPapo: quais carros deveriam ser revividos?

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Aqui vamos focar em modelos nacionais, que saíram de linha sem deixar um sucessor direto. selecionamos cinco carros bastante especiais e que deixaram saudades.

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1. Fiat Uno

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Falta a valentia do Uno nos populares de hoje (Foto: Fiat | Divulgação)

Infelizmente estamos em uma era onde o carro mais barato do Brasil custa R$ 78.990. Os modelos de entrada atuais são frutos de projetos de baixo custo, com cabine apertada, baixa visibilidade e aspecto frágil.

O Fiat Uno também era um carro simples e de entrada, mas ele é amado até hoje por ser valente. O hatch estreou em 1984 e a robustez foi um ponto essencial em seu projeto, a marca italiana testou o modelo em condições extremas para espantar a fama de quebrador do antecessor 147.

Ele também era um projeto inteligente, com cabine bem aproveitada e capaz de levar quatro adultos com conforto. Outro ponto alto do Uno era a boa visibilidade, graças às grandes janelas.

O Fiat Uno poderia ser revivido com o motor 1.0 Firefly atual, que o deixaria ainda mais rápido e econômico. Esse três cilindros é bastante robusto e não possui histórico problemático como alguns rivais. É um carro que duraria mais que o lobo-terrível.

2. Honda Fit

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Nem precisa reviver, só produzir a nova geração no Brasil (Foto: Honda | Divulgação)

O Fit foi o segundo carro da Honda produzido no Brasil e foi responsável por aumentar as vendas da marca. Ele chegou com o conceito de oferecer o maior espaço interno possível com as medidas externas de um hatch compacto.

Ele também se destacou por ter motor econômico e ser um compacto com oferta de câmbio automático em uma época onde isso era raridade. O lançamento do irmão HR-V causou uma queda nas vendas do Fit, mas ainda havia um público fiel que não queria um SUV.

Em 2021 o Fit saiu de linha para dar lugar ao City Hatch, que também tem bom espaço para passageiros e bancos modulares. Porém o formato de sua carroceria não permite a mesma praticidade do Fit e a posição de dirigir é mais baixa.

A quarta geração do Fit já existe em outros mercados, a Honda do Brasil só precisaria nacionalizar o modelo para ele ser revivido. Ele é ofertado com o mesmo 1.5 de injeção direta do City e tem opção híbrida, com o mesmo powertrain que será nacionalizado para o HR-V.

3. Chevrolet Vectra

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O Vectra era confortável, bom de dirigir e robusto (Foto: Chevrolet  | Divulgação)

Os sedãs médios estão seguindo o caminho do lobo-terrível: a extinção. O Toyota Corolla é o último nacional e segue em linha por vender cerca de 3 mil unidades mensais. A Nissan importa o Sentra do México, a BYD traz o King da China e a Honda vende o Civic híbrido tailandês, todos com baixo volume de vendas.

A Chevrolet é marca que fundou o segmento dos sedãs médios no Brasil e foi líder até os japoneses nacionalizarem os seus modelos. Tudo começou com o Monza, que foi sucedido por três gerações do Vectra, duas do Cruze e teve o Astra como alternativa no meio do caminho.

O último Cruze 1.4 turbo era um senhor carro quando saiu de linha em 2024, mas para reviver escolhemos o Vectra. A segunda geração desse sedã estreou em 1996 e foi uma revolução em nosso mercado.

O Vectra de primeira geração era montado em regime CKD e vendido ao lado do Monza, a segunda geração estreou aqui meses após o lançamento na Europa. Ele era o carro mais sofisticado em produção no país, com tecnologias que não existiam nem no irmão maior Omega.

O Vectra sempre usou o confiável motor Família 2, que era potente e tinha funcionamento suave. A segunda geração usou as versões 2.0 e 2.2, com cabeçote de 8 ou 16 válvulas.

Por nós, até o motor poderia voltar. A General Motors do Brasil conseguiu atualizar o Família 1 1.8 do Spin para as normais atuais e reduzir o seu consumo. Um 2.0 16v Família 2 com as tecnologias de hoje não faria feio diante do 2.0 do Corolla.

4. Ford EcoSport

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Um SUV compacto seria um belo complemento a gama atual da Ford (Foto: Ford | Divulgação)

O Ford EcoSport lançou os SUVs compactos derivados de carros de passeio no Brasil. A filial local achou a minivan europeia Fusion muito sem graça e achou melhor fazer um suvinho do Fiesta.

O resultado foi um sucesso tão grande que a matriz pediu para a Ford brasileira criar uma segunda geração global para o EcoSport. Ele seguiu firme e forte como um dos SUVs mais vendidos do país até a marca encerrar a produção nacional.

O EcoSport é um carro que poderia ser revivido pois era uma boa opção no mercado. A linha atual da Ford está bem servida de tecnologia e conta com bons motores, um modelo de entrada ajudaria.

O mais próximo do EcoSport que existe na linha atual da Ford é o Puma. Seu visual é mais esportivo, seria preciso uma engenharia genética, como a do lobo-terrível, para deixá-lo mais aventureiro e do jeito que o brasileiro gosta.

5. Lobini H1

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Não existem mais esportivos nacionais, o Lobini foi o último (Foto: Lobini | Divulgação)

Não existem mais carros esportivos brasileiros. O melhor que temos são versões esportivas nacionais, como a linha Abarth da Fiat e o Nivus GTS que estreia em breve.

O último esportivo nacional era um carro de respeito, o Lobini H1. Ele tinha um chassi tubular feito sob medida e motor 1.8 20v turbo da Volkswagen montado em posição central. A logo da Lobini era um lobo, dos atuais mesmo.

O carro era bastante arisco e exigia talento para ser pilotado. Na segunda fase, quando vieram os faróis novos, estreou um novo acerto de suspensão mais complacente e feito com o auxílio da britânica Lotus.

A versão moderna poderia manter a fórmula original do Lobini H1, esportivos leves estão em falta. Quem fazia muito isso era a Lotus, que agora tem um SUV elétrico de duas toneladas na gama.

O motor pode ser o 2.0 TSI da Volkswagen, sucessor do 1.8 turbo do original. No Jetta GLI atual ele produz 235 cv, 55 cv a mais que no original.

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