Manutenção do carro elétrico: Por que o serviço é mais barato?
O investimento para se comprar um carro elétrico é bem alto, é verdade. No entanto, sua manutenção é mais barata do que do carro a combustão
O investimento para se comprar um carro elétrico é bem alto, é verdade. No entanto, sua manutenção é mais barata do que do carro a combustão
A transição para carros elétricos já caminha a passos longos em países da Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. Mas aqui no Brasil o processo ainda é lento.
A baixa adesão aos automóveis impulsionados por bateria está diretamente vinculada à limitada infraestrutura do país para manter esses veículos. Mas principalmente pelo alto investimento para comprar um modelo movido a energia elétrica.
No entanto, o que muita gente não sabe é que, além do ‘abastecimento’ mais barato, a manutenção e revisão de carros elétricos são bem mais simples e baratas quando comparado com um motor a combustão.
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Utilizando o Renault Kwid como exemplo, já que oferece os dois modos de propulsão, a versão com motor elétrico tem cerca de 15% a menos de componentes que a opção térmica, o que facilita na manutenção. De acordo com especialistas, o alívio no seu bolso pode chegar a até 80%.
O principal motivo por trás dessa diminuição no custo é a quantidade de peças móveis presentes em cada um, assim como itens de desgaste. Enquanto o modelo a combustão possui cerca de 400 componentes, o a bateria possui apenas 50.
Por exemplo, o motor do carro elétrico não precisa de lubrificante – que no modelo nos veículos a gasolina devem ser trocados a cada 5 mil ou 10 mil km – então esqueça do cárter, da bomba e do filtro de óleo da sua manutenção.
Como a combustão foi erradicada nesse segmento as velas de ignição também desapareceram, pois não há a necessidade de centelha para fazer a explosão da mistura ar-combustível. Já que ele é ‘abastecido’ por energia elétrica, pode cortar da sua despesa também os gastos com bomba de combustível, filtros (de ar e combustível) e mangueira, além de virabrequim, biela e corrente/correia dentada.
Outra vantagem na manutenção do carro elétrico está atrelado a transmissão. Ou melhor, a ausência dela. Nos carros abastecidos com gasolina o câmbio possui diversas engrenagens, já o a bateria, por sua vez, possui a caixa ligada de forma direta ao diferencial.
Alguns componentes do carro elétrico precisam de manutenção assim como no modelo com a propulsão convencional. Um deles é o freio que, apesar de precisar passar por alguns procedimentos, a frequência com que isso acontece é bem menor.
Isso acontece devido a uma função presente nesse segmento chamada ‘one pedal’ que, além de poupar o seu dinheiro, aumenta o conforto do motorista durante a condução. Essa função pode ser ativada através do câmbio – como é no caso do Peugeot e-208 GT por exemplo – e funciona como uma espécie de freio motor.
Nesse modo, o motorista praticamente não precisa usar o freio, pois a desaceleração é praticamente instantânea quando se alivia o pedal direito e, além de poupar as pastilhas e os discos, ele ajuda na regeneração de energia quando se tira o pé do acelerador.
Dessa forma, o prazo para a troca de dos discos e das pastilhas podem variar de acordo com a recomendação dos fabricantes, mas certamente serão maiores do que as trocas a cada 30 mil km nos modelos a combustão.
Apesar de a manutenção dos carros elétricos ser bem mais simples, os serviços devem ser feitos – quando necessário – por profissionais e oficinas com mão de obra e equipamentos qualificados. Assim como as redes elétricas são feitas por pessoas com conhecimento na área, o mecânico dos automóveis a bateria também deve estar preparado.
Como o mercado eletrificado no Brasil ainda é muito pequeno, o local mais recomendado para esse tipo de serviço são as concessionárias e oficinas homologadas e certificadas pelo fabricante – mesmo se o prazo de garantia já tiver chegado ao fim.
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1. Todo carro tem freio motor… mesmo sendo câmbio manual se tem a opção de selecionar o freio motor passando do modo automático para trocas manuais;
2. Já tive carro com 242.000 km e nunca precisei trocar virabrequim e biela. Foi comprado com 6 (seis) anos de uso com 40.000 km e vendido com 29 (vinte e nove) anos de uso;
3. Quando chegar o fim da vida útil do jogo de baterias do carro elétrico será um grande mistério se a economia de gasolina valeu a pena. Já imaginou por exemplo acabar o prazo de garantia do jogo bateria, por exemplo 8 anos de garantia, e então a autonomia dele baixar ou mesmo arriar. Vejam hoje em dia quanto custa um jogo de baterias e some a isso 8 anos de depreciação do carro… será que valerá a pena?