Modelo icônico com vários detalhes exclusivos é um protótipo customizável entregue por Amanda McLaren; conheça a história de como ele foi feito
Equipado com um motor V8 biturbo de 4 litros que gera 825 cv e 81,6 kgfm de torque, o McLaren Senna GTR é um dos modelos mais icônicos e exclusivos da marca. O superesportivo que vai de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e atinge a máxima de 340 km/h só possui 75 unidades produzidas oficialmente no mundo todo, mas existe um exemplar aqui em terras tupiniquins que não faz parte desse montante.
O veículo que está no Brasil é um XP (Experimental Prototype), ou seja, foi um dos quatro veículos usados para testes em pista. Isso faz dele uma unidade ainda mais valiosa e que normalmente ficaria como acervo da marca.
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No entanto, Lia Maria Aguiar, filha do fundador do Banco Bradesco, negociou o Senna GTR e montou o modelo. Hoje ele está exposto no Museu Carde em Campos do Jordão (SP), que é uma iniciativa da empresária de 87 anos, e conta com uma coleção de aproximadamente 100 automóveis raros e icônicos.
O modelo XP adquirido por Dona Lia foi desenvolvido pela McLaren Special Operations e é o único Senna GTR da América Latina. O carro apresenta personalização exclusiva, com detalhes de pintura e acessórios escolhidos pessoalmente pela empresária, que é presidente da fundação que leva seu nome e financia o Museu Carde.
Isso aconteceu em maio de 2019, quando Lia Maria Aguiar esteve no centro tecnológico McLaren, em Woking UK. Ela foi recebida por Amanda McLaren, filha do fundador da marca, Bruce McLaren.
Em entrevista sobre o Carde para o podcast do Motorgrid Brasil, Luiz Goshima, conselheiro da Fundação Lia Maria Aguiar, contou como o carro foi parar no Museu Carde e fez questão de destacar: “Isso daí não é obra minha, tá? Isso é Dona Lia na veia.”
O executivo relatou que a empresária viu o veículo em uma revista e pediu para que ele providenciasse uma unidade. Quando entrou em contato com a McLaren, ele ficou sabendo que todas as unidades já haviam sido vendidas. Depois de insistir, a marca conseguiu mexer os pauzinhos e trouxe uma solução: havia um Senna disponível, mas não o normal.
O modelo era o GTR Protótipo que só foi liberado depois de entregarem todas as unidades convencionais do modelo. Mas, o mais novo carro de Dona Lia foi feito para ser customizável, só que para fazer essa personalização é preciso comparecer ao centro tecnológico da marca.
Então a filantropa pegou o avião até a Inglaterra, onde foi recebida por Amanda McLaren que a levou para uma sala onde foram mostrados todos os materiais e opções. Lia, sem pitaco de ninguém, de acordo com Luiz Goshima, fez suas escolhas e a configuração definida por ela está até hoje no Museu Carde.
Ela fez questão de selecionar a cor e os acabamentos, além de destacar a bandeira do Brasil e o logotipo de sua fundação. Esse símbolo não foi colocado como um simples adesivo, mas foi gravado na fibra de carbono da saia lateral do modelo.
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