Mercedes abandona produção de carros no Brasil pela segunda vez
Crise agravada pela pandemia foi fator decisivo para o encerramento das atividades da montadora no interior de São Paulo
Crise agravada pela pandemia foi fator decisivo para o encerramento das atividades da montadora no interior de São Paulo
A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira (17) que irá encerrar a produção de automóveis na fábrica de Iracemápolis (SP). Esta é a segunda vez que a fabricante alemã abandona a produção de automóveis no Brasil: antes, ela fabricou os modelos Classe A e CLC em Juiz de Fora (MG).
Jörg Burzer, membro do Board da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos, explicou que a pandemia de Covid-19 acentuou a queda nas vendas dos carros premium no mercado brasileiro.
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“Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa capacidade de utilização é um facilitador importante. Por isso, decidimos encerrar a produção de automóveis premium no Brasil”, justificou Burzer.
Atualmente, o sedã Classe C e o SUV GLA são os modelos produzidos na planta paulista da Mercedes, inaugurada em março de 2016 após investimentos de R$ 600 milhões.
A Mercedes ainda afirmou que irá buscar alternativas para os 370 empregados, incluindo a possibilidade de um programa de demissão voluntária e outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo.
A marca alemã de luxo já fez veículos de passeio em Juiz de Fora (MG): Classe A, de 1998 a 2006, e depois o CLC, por apenas dois anos (2009 e 2010) para justificar investimentos e incentivos fiscais. Hoje, em Minas Gerais, a Mercedes-Benz produz cabines de caminhão.
Outro “passo em falso” recente da Mercedes aconteceu na vizinha Argentina. De lá, a marca traria a picape média Classe X, projeto feito em conjunto com a Aliança Renault-Nissan – que vendem, respectivamente, a Frontier e a Alaskan.
A Mercedes iniciou a fabricação da Classe X na fábrica da Nissan em Barcelona (Espanha) em 2017. Um fracasso de vendas na Europa, pois a mais barata era similar à própria Frontier. A mais luxuosa, com motor V6 custava quase 40% mais por um veículo que não atrai europeus como os norte-americanos.
Em maio deste ano, antes de completar três anos de produção, o projeto foi totalmente abortado, incluindo a fábrica na Argentina, que não tinha sequer iniciado a fabricação. A empresa não revela quanto, mas certamente um desfalque no caixa de mais de bilhão de euros.
A Nissan Frontier? Vai bem, obrigado, mas a Renault Alaskan, sua irmã francesa, só está confirmada para o mercado argentino, com vinda incerta para o Brasil.
Boris comenta quando as montadoras erram no design do carro: quem explica?
Fotos: Mercedes-Benz | Divulgação
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Tem site que culpa o governo anterior.
O que o Auto Papo tem a dizer sobre isso?
Tio esses fabricantes estavam mau acostumados com as maracutaias dos governos anteriores, perceba que eles só mudam para países comunistas.
A verdade verdadeira é que a Mercedes nunca deu certo no Brasil com carros “de luxo”, parece que não temos ricaços suficientes para pagar o alto preço dos modelos vendidos aqui, os quais são apenas carros de classe média na Europa. Outro problema, crônico do Classe C, são os motores raquiticos para sedans com mais de 1,5 toneladas de peso vazios. Sua concorrente, a BMW, sabe que isso não funciona no Brasil…
Não critique meu Etiozinho vai, ele é tão lindinho…
Demorei dois anos para me decidir qual carro comprar nesse segmento. Observei todos os aspectos, menos o desenho.
Bem, eu gosto tanto desse carrinho, que talvez não me desfaça dele nunca. Ou por gostar demais ou por não conseguir vendê-lo, hehe…
Tenham um bom dia! ? ? ?