Conheça o Mercedes-Benz Actros Truck N Roll: de pop-star a trabalhador
Caminhão conceitual da Mercedes-Benz construído em 2007 tem apelo roqueiro, mas vida de artista foi breve e hoje integra frota de transportadora
Caminhão conceitual da Mercedes-Benz construído em 2007 tem apelo roqueiro, mas vida de artista foi breve e hoje integra frota de transportadora
Vez ou outra, fabricantes apresentam edições especiais de algum modelo de produção. Alguns com algumas dezenas de unidades outros até em exemplar único. No segmento de caminhões, essa ação não é convencional, mas foi isso que a Mercedes-Benz fez em 2007, com o Actros Truck N Roll.
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A Mercedes-Benz Caminhões já é conhecida por sempre apresentar algum modelo único em feiras. Na maioria das vezes, esses carros são inutilizados após a apresentação. E era o que parecia ser o destino do Actros Truck N´ Roll apresentado na feira de transportes RAI de 2007. Ele recebeu esse nome devido a parceria com a banda alemã de Country chamada The BossHoss.
Formada em 2004, ela lançou a música Truck´n´Roll Rules em parceria com a montadora. E também foi produzido um videoclipe para a música, no qual os músicos usam um Actros Black Edition (edição especial do modelo com motor V8). Em um DVD da banda, há um vídeo chamado “Pride”, que fala sobre o orgulho de ser caminhoneiro.
O modelo foi pintado a mão, com a técnica de areografia, pelo artista Roland Just. O processo levou mais de 120 horas, com direito a cavalos pastando num cenário de velho oeste. Para proteger a pintura, foram aplicadas seis camadas de verniz. E no final a carroceria recebeu polimento especial para realçar todo o trabalho.
Se a pintura nas mãos de Just não fosse o bastante, o modelo recebeu diversas peças em cromo, produzidas sob a rigorosa supervisão de Jorgen-Arne Fischer, especialista em metais, e que se certificou que cada peça do Truck ´n´ Roll refletisse como um espelho, sem distorções. O montadora não deixou nenhum detalhe de fora, e instalou para-choque frontal, grade de proteção nos faróis, tanques cromados e capas dos retrovisores.
Na parte de trás, foram instalados escapamentos verticais, assim como suporte de mangueiras em aço cromo, luzes de LED e para-lamas inteiros em aço cromo. E para finalizar, na traseira foi colocado um grande para-choque reluzente, semelhante aos usados em caminhões americanos. Além disso, acima do chassi foram instaladas placas em aço cromo que permitem pisar sem danificar o teto. Mas é difícil imaginar quem seria o louco para pisar em cima.
O trabalho artesanal não fica apenas no exterior, o interior também foi bem trabalhado. O responsável pelo acabamento foi Noel Cornelissens, da ADNO, empresa especialista na criação de interiores. Os bancos e painéis foram feitos com alcântara.
O painel ainda recebeu detalhes em madeira nobre, assim como a mesa central, instalada no interior do modelo, com cortes em duas tonalidades de bege, um mais escuro e um mais claro, tornando o ambiente luxuoso. Já o fundo da cabine recebeu forração especial feita toda a mão e cortinas em tons escuros.
Outro ponto interessante, é ver sua lista de acessórios que incluía: sistema de navegação, DVD, monitor de 17 polegadas, DVB-T (televisão ao vivo), sistema de som com subwoofers, portas USB (com compatibilidade para iPod e MP3 players). O pacote ainda adicionava conexão Bluetooth, telefone e até mesmo um notebook IBM Think Pad T-Series, para navegar na Internet.
Tudo muito bonito e lindo, mas…e o preço?
É claro que a primeira vista, um caminhão feito a mão como esse pode não ter um preço, e talvez ficaria em algum museu ou galpão da montadora pegando poeira. Mas isso parece que não foi o que aconteceu com o Actros Truck N Roll.
Alguns anos depois, o caminhão começou a aparecer em pequenos festivais de caminhões na Europa, e começou a ostentar um adesivo da empresa Erhardt-Verkoren. Atualmente, o Actros Truck N Roll aparece na frota da empresa RenaRom, que é especializada em transportes especiais. Infelizmente ou não, não dá para saber qual foi a história da venda desse modelo. Ou se até mesmo a Mercedes-Benz já teria feito ele para ser vendido, ou se recebeu uma oferta bem generosa a ponto da montadora abrir mão.
Claro que há quem pense que esse caminhão deveria ficar no museu e acervo da montadora. Já outros podem pensar que ele deveria sim trabalhar e fazer o que todo caminhão faz, puxar cargas. Seja do seu ponto de vista, o pessoal da RenaRom parece cuidar muito bem dele, já que externamente, nas fotos divulgadas no site ele aparece sem maiores detalhes ou estragos.
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