Segmento renegado no Brasil faz sucesso no mercado chinês, com modelos potentes, sofisticados e que parecem cabine executiva
O mercado brasileiro tem suas peculiaridades, muitas delas calcadas em preconceitos, rechaços e dogmas. E um segmento que foi totalmente banido do Brasil é o das minivans, ou MPV (sigla para Multi Purpose Vehicle).
Os monovolumes tiveram seu auge em terras tupiniquins no final dos anos 1990 e durante os anos 2000. Todo fabricante tinha uma minivan para chamar de sua.
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A moda começou com as francesas Citroën Xsara e Renault Scenic. Depois foi parar na General Motors com a dupla Chevrolet Zafira e Meriva. A Fiat lançou a pequenina Idea e a Volkswagen esticou o Fox e criou a SpaceFox. A Honda apostou no aclamado Fit e a Nissan fabricou a Livina, com opções de cinco e sete lugares.
Só a Ford torceu o nariz e apostou suas fichas no EcoSport. E como a história é contada pelos vencedores, ela estava certa.
Hoje, apenas a GM mantém um monovolume no mercado. Trata-se da Spin. A veterana sobrevive graças à boa aceitação na praça.
No entanto, na China, a história é outra. Com um mercado que vendeu 31,4 milhões de veículos em 2024, o que não falta é espaço para tudo quanto é segmento. E as minivans são fortes por aqui.
Mas ao contrário dos modelos derivados de compactos, os monovolumes chineses são grandes, espaçosos e luxuosos. Pelas ruas de Xangai e Hangzhou vimos incontáveis modelos.
E até guiamos a GWM Wey 80, uma grandalhona eletrificada, que combina motor 1.5 turbo com unidades elétricas, como os primos Haval H6 e H6 GT. Ela pode receber conjunto com potência acima dos 400 cv.
Com configurações de seis ou sete lugares, essas minivans são carros de luxo. Elas seguem um padrão que a Mercedes-Benz tentou emplacar no Brasil com a Vito. A JAC também tentou fazer o mesmo com a T8 e também fracassou.
Um executivo da indústria disse que por mais que esse tipo de carroceria seja funcional, seguro e confortável, o brasileiro só quer saber de SUV. “Trazer esses MPV demandaria um esforço gigantesco de marketing, homologação e sem a garantia de retorno. É uma pena”.
Uma pena mesmo, pois são carros práticos e deliciosos de guiar. Têm posição de direção elevada, portas deslizantes que tornam o embarque e desembarque mais prático e configurações com assentos centrais independentes. Mas o brasileiro gosta de SUV, de preferência que seja prata.
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