Muitos repetem a exaustão todo tipo de senso-comum sobre os carros vendidos no Brasil, mas muitos já estão bem atrasados
O universo dos carros no Brasil é repleto de mitos e estereótipos. Alguns até atravessam a bolha e caem no imaginário popular.
Mas mitos não são verdades absolutas, muitos já foram quebrados há anos. Separamos cinco dos que ainda ouvimos muito nas redes sociais ou rodas de conversa.
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É impossível falar em carro da Chevrolet ser vir alguém falar da correia banhada a óleo. Até nas matérias sobre os carros elétricos da marca perguntam se tem esse item.
A correia dentada banhada a óleo existe apenas nos motores de 3 cilindros da marca, o 1.0 aspirado, o 1.0 turbo e o 1.2 turbo. Ela só gera problemas em casos de desleixo com a manutenção, o óleo sem a aditivação apropriada ataca o componente.
O rebuliço nas redes sociais foi tão grande que a Chevrolet precisou tomar ação para segurar as críticas. Ela adotou uma correia nova na linha 2026 que resiste mais tempo nos casos de negligência, mas ainda exige que usem o lubrificante correto para ter a durabilidade prometida de 240 mil km.
É um fato que os carros compactos de hoje possuem acabamento menos esmerado que os do passado. Quem não se lembra do Fiat Palio de primeira geração com forração em tecido aveludado nas quatro portas?
Esse processo de simplificação começou na virada do milênio, modelos como o Ford Fiesta e o Volkswagen Fox abusaram dos plásticos simples por dentro. Esse processo acelerou com os carros criados para mercados emergentes, como o Renault Logan.
A Volkswagen não difere muito das outras marcas no uso de plástico duro pela cabine, o seu problema era não varias as texturas e cores. Ela começou a melhorar isso com o face-lift do Virtus, que trouxe um vinil no painel para emular um soft-touch.
Agora com o Tera ela aumentou a porção de tecido nas portas dianteiras e trouxe novas texturas para os plásticos. O mito do interior burocrático está cada vez mais distante na marca.
Você sabia que a Peugeot tinha fama em várias países de vender carros robustos? Até hoje é possível ver os velhos 504 rodando em locais extremos do continente africano e até na nossa vizinha Argentina.
O Brasil só foi receber a Peugeot oficialmente nos anos 90, uma era onde a marca passou a vender carros mais sofisticados mecanicamente. Junte isso com a falta de especialização nas oficinas e temos a fama de bomba.
A chegada do 206 nacional não ajudou muito, pois o principal motor do compacto era o problemático 1.4 8 válvulas. Ele tinha problemas na junta do cabeçote, que fazia o óleo se misturar com o líquido de arrefecimento.
O hatch também tinha bieletas frágeis na suspensão e o câmbio automático da marca era o temido AL4. Já faz um tempo que esses mitos são parte do passado, o 207 ganhou suspensão mais robusta, o 1.4 foi aposentado com a chegada do 1.2 Puretech e o câmbio automático antigo deu lugar a caixa japonesa da Aisin, com 6 marchas.
Hoje a Peugeot faz parte da Stellantis e compartilha toda a mecânica com os carros da Fiat. Os motores 1.0 e 1.0 Turbo da família Firefly não possuem fama ruim. E no mercado de usados têm muitos carros com o antigo 1.6 16v da PSA, que também é robusto e simples de manter.
Carros japoneses tem fama de serem caros para o que oferecem, já que muitas vezes são menos equipados que a concorrência. A Toyota anda enfrentando concorrência forte nos principais segmentos onde atua no Brasil e acabou com esse mito.
Hoje, o Corolla Cross está com custo/benefício melhor que o dos rivais Volkswagen Taos e Jeep Compass. O mesmo vale para o Corolla sedã quando comparado ao Nissan Sentra.
Já a Hilux, eterna líder das picapes médias, chegou a ser vendida com descontos após o lançamento da nova Ranger. Até o finado Yaris estava com preços baixos, chegando a ser o hatch automático mais barato do Brasil.
A BYD começou um plano de expansão no Brasil com foco em aumentar o volume de vendas e quantidade de concessionárias. Isso não veio junto de um amplo estoque de peças, muitos proprietários sofreram com espera de meses após batidas de trânsito.
Esse mito sobre os carros da BYD ainda não está abolido, a marca criou um novo centro de distribuição no Espírito Santo, mas as reclamações seguem. Talvez as fama melhores quando a fábrica de Camaçari (BA) começar a operar, mas ainda não existe data para isso.
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