Mitsubishi Triton 2026 foca na robustez para manter o público
Rodamos 1.000 km com a nova geração da picape média para saber onde ela se encaixa nesse movimentado seguimento
Rodamos 1.000 km com a nova geração da picape média para saber onde ela se encaixa nesse movimentado seguimento
Até o fechamento dessa matéria tivemos 4 caminhonetes médias novas lanças ou com reestilzação grande no Brasil em 2024. A Mitsubishi apresenta agora o quinto lançamento do segmento, a nova Triton 2026.
Diferente de algumas rivais, essa não é apenas uma atualização da antiga L200 Triton Sport, foi uma mudança completa de geração. As mudanças incluem chassi, motor e interior novos.
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As mudanças foram tão profundas que atingiram o nome, o “L200” foi aposentado e a caminhonete se chama apenas Mitsubishi Triton. Ela será vendida nas versões GL, GLS, HPE, HPE-S e Katana, confira os preços:
Como de costume, a Mitsubishi irá manter modelos das gerações anteriores em linha por valores mais acessíveis. Serão dois modelos da L200 Triton e um da L200 Triton Sport, mas não deram detalhes sobre as configurações e prometeram essas novidades para 2025.
Já a nova geração terá sua pré-venda iniciada em dezembro. As primeiras unidades chegarão às lojas em janeiro, os clientes receberão apenas carros ano 2025 modelo 2026.
Agora que a gama será quase unificada, a Mitsubishi adotou uma oferta ampla de versões para a Triton 2026. Todas usarão o mesmo motor 2.4 diesel twin turbo, com 205 cv e 47,9 kgfm. Até mesmo na versão GL manual, diferente das rivais que utilizam programação mais “mansa” no motor para esse tipo de caixa.
A versão GL será focada no uso para trabalho, sendo oferecida apenas para vendas diretas. Ela oferece a opção do câmbio automático, segundo a marca essa equipamento está se popularizando nas empresas para evitar falhas humanas que podem levar a quebras no motor, como engatar uma marcha baixa em alta velocidade ou usar a embreagem de forma inadequada.
Os equipamentos de segurança passiva como os sete airbags, monitores de pressão dos pneus e os faróis de neblina são sempre de série. Itens de comodidade como a central multimídia e sensor crepuscular também se tornaram padrão.
Na linha 2026 a Mitsubishi passa a ofertar duas versões topo de linha com decorações distintas. A HPE-S traz o acabamento tradicional com cromados, enquanto a Katana é mais esportiva com seu santantônio integrado e detalhes em preto brilhante. Confira os equipamentos de cada versão.
Os mesmos itens da versão manual mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão GL AT mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão GLS mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão HPE mais os seguintes equipamentos:
Os mesmos itens da versão HPE-S mais os seguintes equipamentos:
Conforme já falamos, a Mitsubishi mudou quase tudo na mecânica da nova Triton 2026. Segundo a montadora, apenas alguns suportes e o câmbio são idênticos a geração anterior.
O novo chassi possui longarinas mais robustas, com uso extenso de aços de alta resistência. O resultado disso foi um ganho em 60% mais rigidez flexional e 40% mais rigidez torcional quando comparado a geração anterior.
O entre eixos cresceu em 13 cm, passando a medir 3,13 m. Além de permitir uma melhoria no espaço interno, isso também ajuda a dar mais estabilidade em velocidades mais altas.
A suspensão dianteira mantém o conceito de duplo A, agora com o braço superior em posição mais elevada. O ganho em curso na Triton 2026 foi de 20 mm. O eixo traseiro mantém o feixe de molas, que a partir da versão HPE utiliza três lâminas. Nos modelos de trabalho segue com quatro. A capacidade de carga é de 1.080 kg para todas.
A direção agora possui assistência elétrica, a primeira japonesa a oferece esse sistema no Brasil. O diâmetro de giro foi reduzido para 12,4 metros, mesmo com o entre eixos maior.
Ao contrário do que era especulado, a nova Triton 2026 não utiliza o chassi da Nissan Frontier, o projeto foi da própria Mitsubishi. Publicações internacionais apontam que esse chassi poderá ser usada na próxima geração da Frontier que está sendo desenvolvida.
O motor também é novo, apesar de manter o deslocamento de 2,4 litros. Ele é chamado de 4N16 e utiliza bloco em alumínio. Existem mudanças internas quando comparado ao 2.4 anterior.
Esse propulsor novo utiliza dois turbocompressores que trabalham de forma sequencial. O primeiro é menor e enche mais rápido, entregando o torque já em baixas rotações, o segundo, de maior diâmetro, entra em ação em rotações mais altas.
Por isso, o torque máximo de 47,9 kgfm é entregue entre 1.500 e 2.750 rpm, vindo de forma suave e linear. Já a potência máxima fica em 205 cv a 3.500 rpm, uma das maiores dentre as picapes médias com motor de quatro cilindros.
Esse motor poderá ser usado pela Nissan na próxima Frontier. A marca japonesa já adota ele em vans no Japão, dando indícios de que a Mitsubishi será responsável pelos utilitários na Aliança.
O que não mudou na nova Triton 2026 foi o câmbio automático Aisin V6AWH. Ele oferece trocas sequenciais pela alavanca.
A Mitsubishi não divulgou ainda os dados de desempenho nem o consumo no padrão do Inmetro. O que foi confirmado foi a capacidade de reboque de 3,5 toneladas.
O mercado de caminhonetes médias no Brasil está com uma oferta muito diversa de modelos, que agora inclui até modelos elétricos e híbridos plug-in. O cliente que a Mitsubishi quer pegar com a nova Triton 2026 é o mais tradicional, que dá valor a robustez e usa sua picape em trilhas ou na fazenda.
É uma pegada diferente da que vimos com a nova Ford Ranger e a Chevrolet S10, que priorizaram o conforto. Ou da Volkswagen Amarok, que dá muito ênfase a dirigibilidade próxima de um carro de passeio.
Rodamos 1.000 km com a nova Mitsubishi Triton 2026 para entender esse posicionamento. O roteiro incluiu trechos urbanos, rodoviários, autódromo, uma pista off-road fechada e trilhas pesadas pela Serra da Canastra (MG).
Na parte asfaltada foi possível notar um avanço considerável em conforto quando comparada a antiga L200 Triton Sport. Porém o feixe de molas da traseira lembrava que ainda estávamos em uma picape tradicional ao passar por imperfeições na via, passando vibrações e quicando. Ainda assim, é mais confortável que rivais como a Fiat Titano, a Toyota Hilux e a Volkswagen Amarok.
Quem mereceu elogios nessas condições foi o sistema de direção, com assistência elétrica. As repostas são mais diretas, principalmente no início do curso, dando maior segurança.
O sistema de tração 4×4 Super Select-II, presente a partir da versão HPE-S, permite o uso no asfalto. O diferencial central faz a distribuição do torque entre os eixos, atuando como uma tração integral. Isso ajuda muito em chuvas, mas afeta o consumo.
O novo motor 2.4 diesel agradou pela forma suave que entrega a potência, com lag imperceptível. Seus números na ficha técnica não são superlativos como algumas rivais, porém no mundo real pareceu estar na média do segmento em retomadas.
Foi quando saímos das vias pavimentadas que passamos a entender o motivo da suspensão ainda pular um pouco. A Mitsubishi Triton 2026 parece ficar até mais confortável na terra.
Nessa situação ela passou uma boa sensação de robustez, com a suspensão trabalhando para isolar as vibrações da cabine. Em trechos mais técnicos ela encarou com valentia.
Quando chegamos na trilha mais fechada, estávamos ao volante da HPE, sem o sistema Super Select-II. Ela utiliza tração 4×4 à moda antiga, sem o diferencial central e com bloqueio eletrônico para o eixo traseiro.
Na prática isso só exigiu um controle mais fino do acelerador, já que não há o seletor de terrenos para mexer na programação eletrônica. Os clientes tradicionais da marca, que gostam de trilha e participam da Mitsubishi Cup, não terão do que reclamar.
Diante de toda essa concorrência que existe no mercado de caminhonetes, a Mitsubishi reforçou seu lugar entre as mais parrudas. A nova Triton 2026 melhorou onde a marca já era forte e acrescentou uma dose extra de conforto.
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Pergunta que não quer calar….este motor aí vai aguentar o tranco?….