5 customizações que desvalorizam o carro no mercado de usados
O mercado de carros usados está inflado em todo o mundo, mas algumas modificações que você faz no veículo pode jogar o preço lá em baixo
O mercado de carros usados está inflado em todo o mundo, mas algumas modificações que você faz no veículo pode jogar o preço lá em baixo
A pandemia do novo Covid-19 trouxe incertezas no segmento de automóveis novos. E com falta de carro a pronta-entrega, o mercado de usados se tornou uma alternativa cada vez mais recorrente devido aos problemas de produção por parte das montadoras.
Esse aumento na demanda inflacionou os preços no segmento dos seminovos, fazendo o preço desses modelos atingirem níveis recordes e tornando o mercado automotivo cada vez mais instável.
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No entanto, por mais que o setor esteja inflacionado, não quer dizer que algumas atitudes por parte do proprietário não vão fazer o preço do “possante” despencar.
Os motoristas no Brasil gostam muito de seus carros e querem se identificar cada vez mais com eles. Para isso, acabam fazendo algumas modificações que podem jogar contra o valor do modelo no mercado de usados. Por isso, o AutoPapo listou algumas customizações que podem ser ruins na hora de vender um carro. Confira:
Apesar de nenhum fabricante recomendar, a prática de rebaixar os carros é bastante comum no Brasil. E o que muitos dos adeptos a essa moda não sabem – ou simplesmente ignoram – é que além de piorar a condução do veículo trazendo riscos para o condutor, o valor do automóvel também cai no mercado de usados.
A parte do seu carro que mais sofre com essa modificação é suspensão. Afinal, o conjunto foi projetado para trabalhar lidando com uma carga específica e estando sempre na posição correta. Ao rebaixar, tudo isso muda e pode forçar a mudança de outros componentes – quando feito da forma correta – e alterar também os amortecedores.
Além disso, ao contrário do que alguns afeitos à prática acreditam, rebaixar o carro também piora na dirigibilidade. Cada peça utilizada no veículo é pensada para trabalhar em harmonia umas com as outras e a grande quantidade de mudanças faz com que automóvel fique consideravelmente diferente do que aquele que foi vendido para a montadora.
Por isso, dirigir em altas velocidades nessas condições é inviável, já que além de raspar o assoalho pode raspar diversas vezes no chão, um buraco pode – com mais facilidade – estragar as rodas ou pneus etc.
Além disso, outro fator que contribui bastante para a desvalorização no mercado de usados é o aumento no desgaste do motor, já que o modelo rebaixado tem o seu centro gravitacional diminui de posição.
Como o automóvel não vai estar operando com o seu centro de gravidade original, certas instabilidades vão começar a aparecer na parte mecânica, e quem mais sofre com isso são os coxins do motor.
Eles trabalham absorvendo o tremor para reduzir o barulho e o desgaste do componente. Com a mudança no centro gravitacional os coxins precisam compensar para absorver um impacto desproporcional, resultando em maior desgaste.
Geralmente, quem rebaixa o carro também gosta de trocar as rodas e os pneus para deixar o carro com um visual mais agressivo ou esportivo. No entanto essa troca, quando feita da maneira equivocada, também contribui para a desvalorização do veículo no mercado de usados.
Por isso, os padrões devem ser seguidos para que, além de não ter uma desvalorização do bem, o motorista ande em conformidade com a lei e com segurança.
Segundo o Artigo 8º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), fica proibido “o aumento ou diminuição do diâmetro externo do conjunto pneu/roda”.
Desse modo, é possível instalar uma roda maior, por exemplo, desde que ela seja montada em um pneu de perfil mais baixo, de modo que o diâmetro dos dois componentes juntos não seja alterado.
Pelo lado técnico também existem critérios a serem seguidos para que a dirigibilidade, e os sistemas eletrônicos do veículo não sejam comprometidos.
Por isso, a regra é praticamente a mesma escrita pela lei. De acordo com Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone fazer alterações sem critério algum ainda atrapalha o bom funcionamento do veículo e, por isso, ele pode se desvalorizar quando a alteração não é feita da forma correta:
O diâmetro externo do pneu substituto deve ser igual ao do pneu original, já que o velocímetro e os sistemas de ABS e de controle de tração, entre outros, utilizam essa medida como referência.
O uso do escapamento esportivo é polêmico. Além da finalidade estética, a troca deste componente pode acontecer por causa de algum defeito no original, ganho de desempenho ou até porque o proprietário quer um som mais ‘imponente’ saindo do seu veículo.
Mas essa substituição nem sempre é benéfica para o carro ou motor e, dependendo de como é feita, pode ser contra a lei.
Assim como o escapamento convencional, a função do esportivo é reduzir os ruídos emitidos (apesar de nessa configuração ele ainda ser um pouco mais alto), e filtrar os gases poluentes emitidos pelo propulsor do carro.
Quando é de boa qualidade e está em bom estado ele contribui para a conservação do motor e melhora o seu desempenho evitando gastos exagerados de combustível, que podem ser um grande problema a longo prazo.
A principal diferença entre as duas opções disponíveis no mercado está no coletor de escape, que é maior e mais eficiente no escapamento esportivo. O maior diâmetro diminui a restrição, resultando em um ganho de potência.
No entanto, um escapamento com as dimensões erradas pode sim danificar o motor, gerando desgastes e até quebras na estrutura de motorização. Além de causar uma perda considerada de torque, prejudicando o desempenho do veículo.
Apesar de parecer uma mudança simples, trocar o sistema de som por um mais potente ou alterar os faróis também podem desvalorizar o carro no mercado de usados.
Primeiro que, em alguns casos, para que essa modificação aconteça da forma correta sem trazer dores de cabeça para o motorista é preciso alterar em toda a parte elétrica do carro. Isso, no entanto, acaba elevando o custo das operações e, por isso, acaba sendo negligenciado.
Mudanças na parte elétrica são sempre arriscadas. O risco de queimar o chicote elétrico praticamente pode “matar” o carro. E mesmo que a personalização tenha sido feita da forma correta e segura, não existe a garantia de que ela não impactará de forma negativa no valor do automóvel, por conta do alcance do mercado menor.
A maioria das pessoas que procuram por um carro no mercado de usados, além de existir a possibilidade de não gostarem da modificação que foi feita, preferem tudo do jeito original que saiu de fábrica.
Por mais que as personalizações estejam em boas condições elas jogam contra o valor de revenda e, por isso, uma solução é retirar os itens antes de fazer o anúncio da venda.
O Gás Natural veicular pode ser uma faca de dois gumes para aquele condutor que deseja se desfazer do carro. Caso o comprador esteja procurando um veículo com essas características a negociação pode ser boa e, quem sabe, até valorizar o automóvel.
Mas o problema acontece quando o comprador não gosta do GNV. O combustível tem suas vantagens, é verdade, já que o gasto com abastecimento fica consideravelmente menor.
No entanto, nem tudo são rosas e essa economia tem um preço a se pagar. Por exemplo, não são todos os postos de combustíveis que vendem o GNV, o equipamento requer uma manutenção periódica – que custa dinheiro – para garantir que ele funcione perfeitamente e evite explosões durante o abastecimento.
Além disso, a instalação do kit de gás resulta em perda de performance do motor, já que os propulsores convencionais não foram projetados para aproveitar a combustão do GNV e não são otimizados para esse combustível.
Por último, também tem a perda de espaço interno, já que o cilindro muitas vezes é colocado no porta-malas, resultando na diminuição da capacidade de transporte de bagagem.
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