5 motivos que tornam inviável a compra de um carro elétrico no Brasil
Apesar de estar se popularizando, o carro elétrico ainda não é muito utilizado no Brasil; entenda porque o país não é adepto a essa propulsão
Apesar de estar se popularizando, o carro elétrico ainda não é muito utilizado no Brasil; entenda porque o país não é adepto a essa propulsão
Empresas do setor automotivo querem reduzir o nível de emissão de seus veículos e, por isso, estão investindo cada vez mais no carro elétrico. É bem verdade que essa propulsão considerada “nova” tem avançado bastante e a tendência é que a tecnologia aplicada nela fique ainda melhor e acessível com sua popularização e novas tecnologias.
O AutoPapo, inclusive, já listou aqui cinco motivos que fazem valer a compra de um modelo a bateria. No entanto, apesar de ter as suas vantagens, ainda existe alguns pontos que jogam contra o carro elétrico, e também listamos alguns deles:
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É verdade que o abastecimento do carro elétrico pesa bem menos no bolso do motorista quando comparamos a um carro a combustão. No entanto, para se valer desse benefício o consumidor precisa fazer um investimento inicial muito alto, o que desencoraja muita gente.
Para se ter uma ideia, o elétrico mais barato no Brasil hoje é o Kwid, pela bagatela de R$ 146.990. A título de comparação, a versão a combustão do mesmo modelo está disponível a partir de R$ 65.790.
Pelo preço da versão elétrica, que oferece pacote básico de comodidades, o consumidor pode comprar carros muito mais sofisticados, com melhor desempenho e mais itens de segurança, como um Chevrolet Cruze por exemplo.
Essa diferença no preço está diretamente ligado ao custo da bateria que, inclusive, se for danificada o custo de troca é quase o de um carro novo.
Apesar de a tecnologia estar avançando a passos consideráveis à medida que as montadoras estão investindo bilhões no segmento, a autonomia de um carro elétrico ainda não chega aos pés da de um carro a combustão.
No Brasil, o modelo que pode rodar mais com uma única carga é o Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+ que tem autonomia de 580 km, mas custa mais de R$ 1 milhão.
Dentre os mais “acessíveis”, o de maior autonomia é o JAC E-J7 que alcança os 402 km e custa R$ 260 mil.
O problema da baixa autonomia fica ainda pior quando vemos a infraestrutura do Brasil para comportar os carros elétricos. Os eletropostos de recarga rápida ainda não são tão comuns como os postos de gasolina, por exemplo.
Normalmente são encontrados em shoppings, hotéis, supermercados ou hospitais, mas não são todos que oferecem esse serviço. Além disso, sempre há o risco de você encontrar o eletroposto já em uso. E a tendência é que eles se tornem cada vez mais disputados.
Por isso, em caso de viagens principalmente, é preciso planejar a sua rota para garantir que você não ficará na estrada por falta de energia na bateria.
Outra desvantagem do carro elétrico é o tempo que ele leva para conseguir uma carga completa.
Enquanto os modelos a combustão levam cerca de 5 minutos para encher o tanque no posto de combustível, os elétricos podem levar, em média, uma hora para completar a carga – isso quando plugados nos wallbox de carga rápida.
Uma vantagem é que eles podem ser carregados em tomadas convencionais e a recarga pode ser feita em casa ou durante o expediente de trabalho. No entanto, como a potência é muito menor, demora uma eternidade para recarregar.
Os carros elétricos possuem algumas demandas diferentes dos modelos com motor a combustão, e isso resulta em uma alteração do projeto para os pneus.
O pneu para os modelos movidos a bateria precisam de alguns compostos mais resistentes e desenhos de banda de rodagem mais sofisticados, além de reforços estruturais.
Isso é feito para que o peso adicional da bateria seja absorvido de forma eficiente pelos pneus e a sua vida útil não seja reduzida de forma significativa por causa de desgaste prematuro.
O pneu do carro elétrico também precisa trabalhar sob alto torque e potência, tendo que entregar ainda mais aderência, absorção de impacto e baixo nível de resistência ao rolamento para assegurar a maior autonomia.
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Tenho uma dúvida sobre se nossa grade elétrica irá comportar a maior demanda de consumo de energia pela recarga dos carros elétricos q forem absorvidos no mercado?
Carros elétricos em países como o nosso é coisa pra décadas…isso se vingar…híbridos, com muitas dúvidas, talvez…
Só não vinga por causa do preço, coloque-o no mesmo valor de um a combustão pra ver se não vinga
Bagatela denomina coisa barata, de pouco valor, redator, tudo o que a própria matéria diz não acontecer com o carro elétrico…
A considerar que há pouca estrutura para as vias a veículos a combustão, imagina para elétricos. Estamos no país do passado, sem expectativa de dias melhores.