Nem parece, mas Need for Speed: Underground já tem 20 anos
Um dos episódios mais famosos da franquia de corridas da EA foi lançado em 17 de novembro de 2003 e resiste graças aos fãs que preservam o jogo
Um dos episódios mais famosos da franquia de corridas da EA foi lançado em 17 de novembro de 2003 e resiste graças aos fãs que preservam o jogo
Em quase 30 anos a franquia “Need for Speed” passou por mudanças, experimentou estilos, mas se consolidou como um arcade urbano. E entre todos episódios, um dos mais queridos foi “Underground”.
O game completa 20 anos de sua publicação em 17 de novembro. “Need for Speed: Underground” marcou uma época e ajudou a consolidar a receita definitiva da franquia.
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Isso porque o game se inspirou, sem nenhum pudor, no longa-metragem “Velozes & Furiosos”. Ela abriu mão de carros exóticos como Ferrari 550 Maranello, Lamborghini Murcielago e Porsche 911 para jogar luz em automóveis mundanos como um um pacato Nissan Sentra.
O mais legal é que o game também permitiu melhorias visuais e modificações de desempenho. Era o tunning entrando de cabeça na brincadeira. Adesivos e luz de néon faziam parte da decoração das máquinas, assim como rodas, para-choques, capôs e aerofólios. As modificações estéticas se tornariam padrão em episódios posteriores como “Underground 2”, “Most Wantad”, “Carbon”, “ProStreet” e daí em diante.
O game trazia um enredo legal. O jogador chega na cidade e precisa mostrar seu valor para participar das corridas de rua. Nada muito elaborado ou arrastado, mas que ajudava na imersão do jogador.
A trilha sonora era sensacional, “Get Low” de Lil Jon & The East Side Boyz, virou hit da época. O setlist casava perfeitamente com a ideia de reproduzir o clima transgressor do longa estrelado por Vin Diesel.
A cada corrida vencida, um punhado de dinheiro a mais no cofrinho do jogador. E como a grana era curta, o jogador deveria ser cauteloso na hora de gastar seus trocados.
Peças mecânicas elevam o desempenho, enquanto peças de acabamento aumentam a pontuação de desempenho para desbloquear novos itens. A regra é não ter preguiça de repetir provas.
Tudo isso estica o tempo de jogo. Afinal são 111 corridas que se mesclam entre traçados, arrancadas, drift e ponto a ponto.
O game tem modelos mundanos como Honda Civic Si, Volkswagen Golf GTI “Sapão”, Peugeot 208 GT, Nissan Sentra, Dodge Neon. Mas também adiciona esportivos legais como Mitsubishi Eclipse (igual ao do “Braia”), Mazda MX5 Miata, Nissan 350Z e Skyline GT-R (R33). Eles são liberados gradativamente de acordo com a evolução do jogador.
Durante a campanha, o jogador tende a querer trocar seu carro de forma constante, sempre em busca de um mais potente. Mas cada carro tem sua peculiaridade. Por exemplo: o 350Z é perfeito para provas de drift, pois sua tração traseira permite botar o carro de lado mais fácil do que nos modelos com tração dianteira (Civic e Golf) e também os carros com tração integral (Skyline GT-R).
Por outro lado, um GT-R permite melhor distribuição de torque numa prova de arrancada e mais estabilidade em uma corrida com curvas fechadas. Ou seja, mesmo sendo um game de tipo arcade, ele respeita o comportamento dinâmico de acordo com o conceito de engenharia de cada modelo.
Em “Need for Speed: Underground” as provas acontecem apenas durante a noite. É na madrugada que a galera se reúne para correr pelas ruas da cidade. Avenidas, corredores pluviais, pátios industriais foram os cenários desenhados para as provas.
Os carros também eram bem detalhados, mesmo com as limitações técnicas da época. Ainda hoje é um game bonito de se jogar. Claro que a edição para PC permite uma experiência visual mais refinada que no PS2, mas em qualquer plataforma é um jogo simpático aos olhos.
Para jogar esse episódio de “Need for Speed” é preciso fazer jus ao nome. Tem que ser no “underground”, pois é muito difícil encontrar mídias originais no mercado de usados e não versões digitais em plataformas como Steam e nem mesmo na Origin, que é da EA.
O game sobrevive graças a quem mantém o jogo armazenado em computadores ou em cópias mequetrefes para PS2, nas banquinhas que ainda têm clientela cativa. Mas esse é o modelo de negócio da Electronic Arts que não preserva seu acervo, que sobrevive graças à pirataria.
Mas se a EA não cuida, a galera não deixa o jogo morrer.
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Excelente matéria, trouxe a alma do jogo e a saudade bateu forte. Esse está um clássico para sempre