Nissan Frontier 2023 tem novo visual e versões inéditas; veja preços

Picape passa por mudanças, é produzida na Argentina e também traz novos equipamentos, em especial destinados à segurança

nissan frontier pro4x 12
Versão Pro-4X é aposta da marca japonesa (Fotos: Nissan | Divulgação)
Por Alexandre Carneiro
*De Puerto Iguazú, Argentina
Publicado em 05/04/2022 às 11h08
Atualizado em 11/08/2022 às 16h01

A Nissan Frontier 2023 chega com novidades na parte estética e nos equipamentos: a picape, que era a única do segmento que ainda não havia passado por uma atualização de meia-vida, agora recebeu uma reestilização que modificou, em especial, a dianteira e a traseira. A gama ainda ganhou novas versões. Confira os preços:

Versão Nissan Frontier 2023 Preço
Nissan Frontier S R$ 230.197
Nissan Frontier SE R$ 258.190
Nissan Frontier Attack R$ 263.648
Nissan Frontier XE R$ 278.942
Nissan Frontier Pro-4X R$ 314.590
Nissan Frontier Platinum R$ 314.590

No design, a maior parte das alterações da Nissan Frontier 2023 concentra-se na dianteira. Ali, há novos capô e para-choque, além de uma grade mais pronunciada: o fabricante afirma que o estilo da peça, que caracterizará outros novos modelos, chama-se “Interlock” e foi pensado para transmitir a ideia de robustez. Já os faróis exibem quatro pequenos canhões de LEDs para a luzes alta e baixa.

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Na traseira, a Nissan redesenhou as lanternas da Frontier, que incorporaram LEDs na linha 2023. Para-choque e tampa também exibem novas linhas: essa última pela ganhou um relevo com o nome do modelo e molas para aliviar o esforço para abri-la e fechá-la. A caçamba ganhou bordas mais altas, o que aumentou o volume em 10,5%.

No interior, as modificações são mais tímidas: agora há uma tela de sete polegadas entre os instrumentos. além de novo volante.

Nissan Frontier Pro-4X 2023

No leque de versões, a novidade é a opção Pro-4X, que traz visual mais incrementado, com direito a estribos laterais, santantônio e molduras plásticas nos para-lamas: além disso, é a única que traz o novo emblema do fabricante, com caracteres vermelhos.

Além do visual, a versão traz alguns aparatos para melhorar a capacidade longe do asfalto, como bloqueio do diferencial traseiro e sistema de câmeras de 360° com modo off-road, que se somam à já existente tração 4×4 com reduzida. A Nissan informa ainda que a Frontier tem os melhores ângulos de ataque e de saída da categoria: 32° e 26°,  respectivamente.

Equipamentos da Nissan Frontier 2023

Entre os equipamentos, a Nissan parece ter dado atenção especial àqueles destinados à segurança na Frontier 2023. A caminhonete agora tem freios a disco no eixo traseiro, mas a maior novidade é o sistema Safety Shield 360, que reúne farol alto automático e alertas de ponto cego, de tráfego traseiro cruzado na traseira, de mudança de faixa, de fadiga e de colisão, incluindo detecção de pedestres e frenagem automática de emergência.

A Nissan afirma ainda que a Frontier ganhou reforços estruturais no chassi e seis airbags de série em todas as versões. outra novidade é a adoção de quatro modos de direção: Standard, Off Road, Sport e Tow. O sistema muda, basicamente, a programação da transmissão.

Motor

O motor 2.3 turbodiesel manteve as configurações com um turbocompressor e 163 cv de potência e 43,3 kgfm de torque, ou com dois, resultando em 190 cv e em 45,9 kgfm.

Suspensão multilink?

Durante o lançamento da linha 2023, a Nissan insistiu em dizer que a Frontier tem suspensão traseira do tipo multilink, que agora ganhou uma calibração. Vale lembrar que, em 2017, quando a atual geração da picape era recém-chegada, o fabricante recebeu o troféu Pinóquio de Ouro, justamente devido a essa informação questionável sobre tal dado técnico.

O caso é que, para ser de fato multilink, o sistema de suspensão precisa ser independente. E o da Nissan Frontier não é: a arquitetura usa eixo rígido na traseira, só que ligado ao chassis por braços múltiplos, o que levou o fabricante a “promovê-lo”, por questão de marketing.

Impressões

No test drive de lançamento, a Nissan disponibilizou apenas as versões top de linha Platinum e Pro-4X da Frontier 2023. O percurso incluiu muitos quilômetros em estradas de terra, grande parte deles com lama bastante escorregadia.

Nesse tipo de situação, foi possível notar a superioridade da segunda configuração, graças aos pneus de uso misto e ao bloqueio do diferencial traseiro. De qualquer modo, em ambas, o sistema de tração 4×4 com reduzida e o controlador de velocidade em descidas fazem a diferença.

No asfalto, além das traquitanas eletrônicas de auxílio à condução, a novidade foi a operação dos modos de condução. Eles alteram as respostas do câmbio: o Sport deixa o motor em rotação mais alta, enquanto o Standard faz as trocas com giro mais baixo. No Off-Road, a operação é mais suave, para impedir que as rodas patinem.

Na prática, porém, o desempenho pouco muda, já que não houve adição de potência. Mas é verdade que isso não é problema, já que a performance da Nissan Frontier 2023 está longe de deixar a desejar.

A bordo, o novo volante, herdado do último Sentra, tem boa pegada, mas a coluna segue sem ajuste telescópico. E o sistema de direção ainda não substituiu a assistência hidráulica pela elétrica.

No mais, o ambiente da cabine é o mesmo, com acabamento na média da categoria, com uso de revestimentos plásticos no painel e nas forrações das portas. Já os bancos são ótimos: muito anatômicos, apoiam bem o corpo e não cansaram mesmo após algumas horas de uso fora do asfalto.

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13 Comentários
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João Carlos 27 de dezembro de 2022

O Autopapo viajou feio na maionese ao afirmar que a suspensão traseira da nova Frontier não é multilink.
Multilink não vem nada a ver com independente, é uma forma de fixação conhecida aqui por multibraços.
A partir de 4 pontos de fixação qualquer suspensão já é considerada multilink, sendo ou não independente.
A suspensão independente é um conceito que isola o movimento de uma roda com a outra, por isso chamada independente, e também faz uso da fixação por múltiplos braços, ou seja, do sistema multilink.
No mundo inteiro, desde o estudante de engenharia até às maiores montadoras de veículos, se sabe que essa suspensão da Frontier é multilink. Até na Wikipedia isso é ensinado.
É lamentável que o site Autopapo insista no erro.

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Renan Perina 31 de maio de 2022

Realmente essa da suspensão da Frontier não ser multilink foi pisada de bola do Autopapo. A Toyota lançou uma picape nos Estados Unidos com a suspensão igual da Frontier, e também foi apresentada como multilink mesmo não sendo independente.

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José Carlos Moreira 7 de maio de 2022

Me tirem uma dúvida, com esse sistema de suspensão multilink essa camionete aguenta peso na caçamba como as demais concorrentes?

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Renan Perina 31 de maio de 2022

Te digo que aguenta até mais. Tenho visto várias trabalhando aqui mas usinas da região, trabalho pesado, e não dão manutenção de suspensão traseira.
As outras vivem com problemas de buchas, principalmente a S10 e Ranger.
Aliás não se vê ocorrências de problemas de turbinas, motor, câmbio na Frontier como estamos vendo nas outras caminhonetes, principalmente quando aumentaram a potência para 200 cavalos, até Hilux abrindo motor. Nem motor da Amarok V6 está aguentando.

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Bruno Ribeiro 6 de maio de 2022

Concordo totalmente com vocês que comentaram. Atribuíram até um rótulo de falta de idoneidade para a Nissan ao conceder um prêmio que lhe remete à condição de mentirosa, quando o equívoco foi do próprio site AutoPapo. Precisam se retratar disso realmente. Isso deprecia o site. Errar é humano, insistir no erro já é ignorância ou má fé.

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Diego Pastor 6 de abril de 2022

Não digam bobagens. Vocês acabam influenciando de forma errada. Precisam ter responsabilidade com o que escrevem.
O sistema da suspensão traseira utilizada na nova Frontier é do tipo multilink com eixo rígido.
Não existe isso de ter que ser obrigatoriamente independente para ser considerada multilink.
Estudem um pouco de engenharia automobilística que isso está lá nos bons livros sobre o assunto.
Acusaram a montadora de mentir para favorecer o marketing do produto. Isso é muito leviano da parte de vocês que demonstram ignorância técnica e preconceito.

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Giovanni Giorgio 8 de abril de 2022

Realmente essa de atacar a suspensão traseira com um equívoco técnico foi demais. O fato de ter eixo rígido não faz a Frontier deixar de ter multi-braços, no caso 5, para conexão do eixo como chassis, e não um feixe de molas igual todas as outras concorrentes. Não compreendo a razão de criticar justamente a principal vantagem da caminhonete, apenas por questões de terminologia, e ainda estando errado. Ainda bem que tem leitores que entendem e já vieram aqui explicar. Multi significa vários, se 5 não pode ser considerado vários, ok, 5-link.

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Carlos Oliveira 5 de abril de 2022

A reportagem comete um erro ao dizer que a suspensão não é multilink por não ser independente. São dois conceitos diferentes que podem trabalhar juntos. Neste caso a suspensão traseira é sistema multilink sem ser independente.
Poderia ser as duas coisas, mas a solução adotada pela Nissan é mais conservadora e adequada para uma picape.
Outros modelos de utilitários lá fora usam solução similar, sempre designada de multilink.
Corrige aí.

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João carlos 5 de abril de 2022

Multilink é uma coisa, independente é outra. Multibraços é um arranjo de fixação, e independente um conceito de funcionamento.
O sistema independente usa multilink, mas multilink não tem que ser necessariamente independente.
O prêmio pinóquio de voces que merecia um prêmio pinóquio…kkkkkk
O último do Corolla Cross foi outra piada de mal gosto de voces.

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Girardi 5 de abril de 2022

É multilink sim, mas não é independente. A nissan afirmaexatamente isso em sua publicidade, nunca informou que é independente.

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Jefferson Oliveira Camara 5 de abril de 2022

“Vale lembrar que, em 2017, quando a atual geração da picape era recém-chegada, o fabricante recebeu o troféu Pinóquio de Ouro, justamente devido a essa informação questionável sobre tal dado técnico.
O caso é que, para ser de fato multilink, o sistema de suspensão precisa ser independente. E o da Nissan Frontier não é: a arquitetura usa eixo rígido na traseira, só que ligado ao chassis por braços múltiplos, o que levou o fabricante a “promovê-lo”, por questão de marketing.”

Tudo errado. Quem promoveu esse premio foram vocês mesmo.
Não teve nada de marketing, é esse mesmo o nome dessa modalidade de suspensão ” solid axle multilink suspension ” do ingles, que significa suspensão multilink de eixo rígido. Se vocês não tem paciência nem interesse em pesquisar tecnicamente o assunto, até na wikipedia tem a definição dessa suspensão, com fotos e desenhos.

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Orlando 5 de abril de 2022

Eu não acredito que o Autopapo vai continuar insistindo nesse equívoco. Vocês criaram essa confusão. Suspensão independente é uma coisa, suspensão multilink é outra. Você pode ter suspensão multilink independente ou não, o que muda é a quantidade de braços de fixação… four link… five link (no caso da Frontier).
Tem um vídeo no Youtube que explica esse conceito, os tipos diferentes, tudo detalhado.
Ficaria mais bonito vocês assumirem o engano e se retratarem desse prémio ridículo que quem merece é vocês.

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Reinaldo Farias 5 de abril de 2022

A verdade é que a piada do mercado foi vocês, que confundiram suspensão independente com multilink.
Até hoje engenheiros sérios riem de vocês com essa história da suspensão dela não ser multilink. Basta ver as patentes das duas tecnologias. São diferenciadas, e para ser multilink não precisa ser independente. Inclusive existe a patente da suspensão multilink de eixo-rígido, usada pela Frontier e por outros veículos com essa mesma nomenclatura.
Até a Quatro-Rodas que cometeu o mesmo equívoco já se retratou. Vocês precisam se atualizar.

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