Cientistas criaram novo DVD que pode guardar até 220 mil filmes
Cientistas chineses desenvolveram novo disco com capacidade de armazenamento de 1 petabyte, equivalente a 1.024 TB
Cientistas chineses desenvolveram novo disco com capacidade de armazenamento de 1 petabyte, equivalente a 1.024 TB
Em um mundo digital, em que geramos toneladas de dados diariamente, o espaço de armazenamento é um caso sério. Estimativas apontam que 2,5 milhões de terabytes são produzidos diariamente no mundo. Assim, é necessário mídias físicas com alta capacidade para armazenar tanta informações. E uma solução pode estar no bom e velho DVD.
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Pesquisadores chineses conseguiram elevar a capacidade de armazenamento de um disco com as mesmas dimensões de um DVD para impressionantes 1 PB, ou 1 petabyte. O volume equivale a 1.024 TB de espaço.
Assim, seria possível armazenar nada menos que 220 mil filmes em um único disco. Para conseguir a façanha, os cientistas utilizaram uma técnica já utilizada na indústria, que foi multiplicar as camadas de gravação e leitura.
O DVD foi o segundo avanço na indústria de mídias óticas. O primeiro passo foi do CD, sigla para Compact Disc, que nasceu como solução de alta fidelidade na indústria fonográfica, com uma lógica semelhante à da gravação de discos de vinil.
Um CD, DVD e Blu-Ray utilizam registram dados em trilhas com sulcos microscópicos. As sequências criam de forma ótica o sequenciamento de um código binário, composto 0 e 1. Os vinis também utilizam sulcos, mas que são registrados de acordo com a intensidade da frequência sonora. O CD tornou isso ótico, com um feixe de laser para fazer a leitura no lugar da agulha.
O CD, quando foi desenvolvido nos anos 1980 e tem uma dose de romantismo. Isso porque foi projetado para armazenar os exatos 74 minutos da Nona Sinfonia de Beethoven. Reza a lenda que ele teria sido pensado para 60 minutos, mas a extensão foi um pedido do então vice-presidente da Sony, Norio Ohga. Posteriormente passaram a comportar 80 minutos ou 700 MB (contra 650 MB).
Já o DVD chegou com 4,5 GB, mas logo se mostrou insuficiente para armazenar vídeos em resolução Full HD (1080p). Foi aí que surgiram os discos de dupla camada HD-DVD, com capacidade de até 8,5 GB.
No entanto, o lobby pela preferência do Blu-Ray venceu a disputa, uma vez que é uma mídia que permitia até quatro camadas e 128 GB de armazenamento. E o que os cientistas chineses fizeram foi aplicar 100 camadas em uma mesma superfície, o que multiplicou drasticamente o volume de gravação.
O DVD marcou um avanço no mercado cinematográfico e também na computação. Os discos permitiram adicionar longa-metragens com qualidade alta definição, muito superiores às fitas VHS.
O DVD também caiu nas graças do segmento computacional, e alavancou o mercado de games para PCs e também consoles. Mas os 4,5 GB logo se tornaram incapazes para armazenar filmes em full HD e games pesados, que migraram para os discos Blu-Ray.
No entanto, a massificação de dispositivos de armazenamento em flash, como pen drives, e unidades portáteis de discos sólidos (SSD), assim como a eliminação dos leitores ópticos dos computadores praticamente extinguiram a demanda por DVDs e similares.
Apesar de o novo DVD surgir como uma opção interessante para o armazenamento de grandes volumes de dados, que ainda são feitos com fitas magnéticas, a viabilidade industrial ainda deve demorar.
Segundo os pesquisadores, o tempo de gravação ainda é muito lento e o consumo de energia para gravar em todas as camadas é extremamente elevado, o que torna sua aplicação pouco prática. Será que eles vão voltar?
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