Fernando Calmon dá suas impressões iniciais dos novos Honda WR-V, Ford Maverick híbrida, com tração 4x4, além do novo Haval H6
Logo à primeira vista o novo SUV compacto da Honda chama atenção pela grade retangular clássica, capô elevado e plano, além das lanternas traseiras bem dimensionadas. Apenas a versão de topo do WR-V inclui as indefectíveis (e dispensáveis) barras no teto. Trata-se de um modelo mais em conta do que o HR-V, contudo mantém o mesmo motor flex de aspiração natural, 1.5 de 126 cv e 15,8 (E)/15,5 kgfm (G). Suas dimensões: comprimento, 4,32 m; entre-eixos, 2,65 m; largura, 1,79 m; altura, 1,65 m; porta-malas, 458 l; tanque, 44 l. Bom vão livre do solo, 22,3 cm. Câmbio automático CVT, sete marchas.
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Estas medidas destacam-se em relação aos concorrentes e até do HR-V que tem entre-eixos e porta-malas menores. Destaque para pacote de segurança: frenagem autônoma de emergência, assistência de partida em subidas e câmera de ré com três vistas, entre outros. Pormenor interessante: retrovisores recuados permitem vão visível antes das colunas dianteiras. No interior, só há entradas USB-A (mais lentas) para o banco traseiro e faz falta o freio de estacionamento eletromecânico. São muito bons o banco do motorista com estabilização corporal e o espaço para pernas no banco traseiro.
Respostas ao acelerador não tão convincentes como os turbos, embora apresente boa elasticidade. Uma característica interessante: câmbio permite aplicar freio motor com apenas um toque no acelerador em descidas. Comportamento em curvas, rodagem confortável em pisos irregulares e bom isolamento acústico foram pontos relevantes na viagem de avaliação de Porto Alegre a Xangri-Lá (RS), local do parque eólico da fabricante responsável por toda sua energia elétrica consumida.
Garantia é total de seis anos.
O motor a combustão interna (MCI), gasolina, de 2.5 (ciclo Atkinson) e um elétrico geram uma potência combinada de 194 cv na picape híbrida Maverick. Torque combinado não pode ser calculado em razão do tipo de caixa de câmbio automática, que varia o torque final conforme aceleração, velocidade e outras variáveis. Assim, é indicado apenas o torque do MCI de 21,4 kgfm. Na vida prática, houve incremento de desempenho na picape média da Ford, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 8 s, nada mau para um veículo de 1.829 kg de massa. E o consumo surpreende: 15,4 km/l, cidade e 13,5 km/l, estrada.

A chegada da tração integral coloca a Maverick Hybrid em outro patamar de versatilidade. O sistema envia torque ao eixo traseiro quando sensores identificam perda de aderência ou condições de piso que exijam mais tração. Inclui um assistente de descidas e cinco modos de condução: Normal, Eco, Esportivo, Escorregadio e Rebocar/Transportar. Há uma nova central multimídia de 13,2 pol. e conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.
Na avaliação inicial ao longo de 140 km entre São Paulo e Tatuí (SP), a sensação de dirigir a picape híbrida foi muito boa. Os motores a combustão e elétrico trabalham sem vibrações, ruído e aspereza típicos dos de ciclo Diesel. O desempenho fora de estrada, no campo de provas da Ford em Tatuí (recém-ampliado com dois novos prédios), a tração nas quatro rodas demonstrou eficiência em rampas, curvas e trechos escorregadios ao atuar nos momentos certos por demanda.
Assistente de reboque Pro Trailer, empregado bem menos aqui do que nos EUA, facilita bastante a vida de quem precisa usá-lo.
Reestilização inclui nova grade dianteira e assinatura luminosa. Internamente, console novo, central multimídia maior (14,6 pol.) e carregador por indução mais potente (50 W). Houve também acertos em amortecedores e respostas da direção. Versões PHEV35 e GT utilizam motor 1,5 L turbo e dois motores elétricos, totalizando 393 cv e 78,7 kgfm. PHEV19 entrega 326 cv e 55,1 kgfm; HEV2, 243 cv e 55,1 kgfm.

Trio foi avaliado em pistas secundárias do Aeroporto Executivo Catarina, em São Roque (SP). No interior, novo volante com comandos giratórios facilita ajustes, sem desviar atenção do motorista. Tela da nova multimídia responde rápido, mas concentra muitas funções, o que pode aumentar o tempo de desvio do olhar da via.
Os SUVs absorvem irregularidades do piso de forma mais suave que os modelos anteriores, sem transmitir solavancos secos para a cabine mesmo em mudanças bruscas de trajetória. Nova calibração do pedal de freio, agora com atuador eletrônico, evita a sensação esponjosa do sistema anterior. Integração dos motores elétrico traseiro e dianteiro é perceptível na tração, mesmo em trechos de baixa aderência do piso do Catarina.
GWM terá 12 lançamentos em 2026.
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