Comportamento apresenta riscos de quebra nas engrenagens e até para a saúde do condutor, caso não percebido previamente
Todo manual de fabricante de motocicleta indica que é comum que o nível de óleo abaixe entre uma revisão e outra. E isso realmente é comum, porém encontrar ele pela metade, por exemplo, é exagero e aí, para não perder o motor, tem que entender o que está acontecendo.
Muitos vão se desesperar logo de cara e imaginar o pior: “vou ter que retificar tudo”. Calma! Óleo do motor da moto baixando muito é sim um sintoma de retifica, porém não é a única motivação deste problema.
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O primeiro ponto a ser observado é se há algum vazamento visível. Confira primeiro alguma marca no chão: a direção dela pode indicar de onde escorre o culpado. Verifique também o conjunto motor.
Em caso negativo, o culpado do nível baixo pode ser a temperatura. Um motor trabalhando além da temperatura indicada naturalmente queima mais rapidamente seus compostos e o óleo não é poupado disso. Os aditivos do lubrificante são deteriorados mais rapidamente e assim seu volume reduz.
Verifique o sistema de arrefecimento e para as motos que resfriam com o vento, a intensidade da pilotagem pode ser um indicativo.
Na condição de encontrar um vazamento, mais dois caminhos bifurcam a solução. O primeiro, perceptível aos olhos é a famosa trinca. Se ela estiver em alguma parte que passa óleo, ele vai sair.
Neste caso não dá nem para saber se é melhor ou pior que uma retífica, pois por mais que seja necessário uma peça nova, pode ser em uma parte mais em conta que a temida manutenção.
Nenhum dos casos citados acima acusa necessariamente uma terrífica, porém se o nível estiver baixando, sem vazamentos, trincas ou aumento da temperatura, os sinais para a temida manutenção se aproximam.
O baixo nível de óleo vem com o desgaste dos componentes internos e isso sim indica uma necessidade de retífica.
Em uma recente entrevistas ao AutoPapo, o especialista em preparação de motos, calibração de motores, instrutor e fundador da BH Motoracing, Sérgio Naves Melo, salientou que cada caso é específico e que o diagnóstico mecânico é fundamental. Porém o consultor pode e deve saber identificar os sintomas.
Com o tempo e os quilômetros rodados, é natural que o motor de uma motocicleta apresente sinais de desgaste. Em alguns casos, o desempenho começa a cair, o consumo de óleo aumenta, ou aquele leve ruído metálico se torna um alerta de que algo não vai bem. É aí que surge a dúvida: será hora de fazer uma retífica?”, afirma Sérgio.
O especialista irá avaliar as folgas, verificar compressão, pressão de óleo e histórico de manutenção. Se essas folgas na parte de cima (anéis, pistões, guias e retentores de válvulas) forem demasiadas, a parte de cima do motor da moto tem que ser retificada. Se o problema for pressão, é provável que haja algum mal funcionamento no virabrequim e a parte de baixo também pode entrar para a conta.
Não existe resposta única quando o assunto é retífica. A decisão entre uma parcial e uma completa deve sempre vir de uma avaliação técnica responsável. Feita da maneira correta, com peças de qualidade e atenção aos detalhes, a retífica não é um remendo — é uma reconstrução mecânica capaz de devolver potência e confiabilidade ao motor.” finaliza o especialista.
Por fim, óleo baixo no motor pode sim ser um sinal da necessidade de retificar, porém não é o único causador deste problema. Assim como o especialista afirmou, deve-se conferir tudo com um mecânico.
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