Estas 10 peças de carro têm que trocar? Ou é pi-ca-re-ta-gem?
Infelizmente o Brasil está coalhado de picaretas que atrapalham a maioria honesta ao propor serviços que nem sempre são necessários
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No país do salve-se quem puder, o consumidor se sente – com razão – desprotegido e vítima da desonestidade que marca presença em postos, oficinas, concessionarias e lojas.
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É empurroterapia sugerir a troca do óleo mesmo que o carro tenha rodado apenas – digamos – 3 mil km em um ano? Não: o prazo é de 12 meses ou 10 mil km, o que vencer primeiro. E a metade se o carro roda em “condições severas” (trechos curtos).
Então, tem que ser trocado depois de um ano, não importa a quilometragem. Sem se esquecer de trocar também o filtro: não siga a inexplicável e maldita dica de apenas substitui-lo a cada duas trocas do óleo…
Trocar de acordo com o manual. Dobrar a freqüencia recomendada se o carro roda em região de mineradoras ou com muita poeira. Se for banhada a óleo, não adianta somente respeitar a viscosidade (SAE) e nível de aditivação (API) do motor. Tem que ser exatamente da marca prescrita pelo fabricante do carro (especificada para não danificar a correia) ou ela arrebenta muito antes dos mais de 200 mil km que deveria durar.
Pastilhas são trocadas de acordo com o exame visual. Ou, em alguns carros mais sofisticados, quando se acende sua luz de alerta no painel. Mas, a oficina pode eventualmente argumentar que, além das pastilhas, ela vai trocar também os discos. Pi-ca-re-ta-gem? Nem sempre: é realmente possível retificá-los em vez de substitui-los. Porem, se já foram retificados numa troca anterior, pode ser que tenham atingido a espessura mínima e, neste caso, só a troca mesmo.
Todos eles: arrefecimento, freios, da caixa de marchas, sempre na frequência indicada no manual.
Não é empurroterapia: ninguém se lembra, mas devem também ser trocados, em geral entre 40 e 60 mil km. Consulte o manual.
Empurroterapia! Nada de trocá-los aos 40 ou 50 mil km. Devem ser verificados a cada 10 mil km, mas podem durar até mais de 100 mil km. Tudo depende das condições de uso do veículo: tipo de estrada (terra ou asfalto), tipo de rua (buracos, lombadas…), peso carregado, velocidade, cuidados do motorista, etc.
“Limpeza de bicos” na revisão normal é empurroterapia! Só limpá-los se o motor estiver rateando, tossindo, espirrando, com elevado consumo e fraco desempenho. Mesmo assim, nem sempre o problema é provocado pelos bicos: podem ser as velas, por exemplo. Mesma coisa com o TBI (corpo da borboleta): nada de limpeza preventiva. Aliás, “limpeza preventiva” chega a ser cômico. Onde já se viu limpar antes de sujar?
Dificil definir quando trocar pois a durabilidade de um pneu varia com os cuidados do motorista (calibra toda semana?), tipo de piso (terra, asfalto, poliédrico?), características da estrada ou da rua, alinhamento da direção, tipo do composto de borracha e outros. Mas, a regra primeira é: trocar o pneu ao atingir o TWI, aquele pituquinho de borracha que fica no fundo do sulco. O desgaste chegou nêle? Troca! Mas, se você roda pouco, o pneu vence por prazo.
Qual? Fábrica nenhuma informa, exatamente por serem tantos os fatores que influem. Mas o correto é substitui-lo entre cinco a seis anos de fabricação (a data está na banda lateral). É quando começa a perder as características originais e pode complicar sua vida em condições adversas. Mas, dá para continuar mais uns cinco anos sem riscos. Depois de uma década de uso, LIXO!
São vários pelo carro, além do filtro de óleo do motor: do combustível, ar, cabine (ar condicionado). Todos devem ser substituídos no prazo previsto pelo fabricante, sob risco de prejudicar seu motor, bolso ou saúde.
Fica no escapamento para eliminar os gases nocivos ao meio ambiente. Inicialmente projetado para durar 80 mil km, nova legislação obrigou fabricantes a prever 160 mil km de durabilidade. Mas pode se deteriorar prematuramente por problemas no motor. Cuidado! A sugestão de substitui-lo por mecânico que não seja de confiança pode ser pi-ca-re-ta-gem, pois ele contêm metais nobres com boa cotação no mercado.
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E quando você recusa aquilo que querem te empurrar, já setenciam: “Só te avisando aí, ô ‘gente-boa’: Se o senhor deixar do jeito que tá, a qualquer instante a peça do eixo pode estourar com o veiculo em movimento, e aí pode ser fatal”.
Moralmente, igual ao sujeito que pratica assaltos no semáforo.
Na minha opinião quem mais destrói o carro é o próprio dono. Força o motor do carro com ele ainda frio, coloca água de torneira no arrefecimento, deixa o frentista completar óleo que ele nem sabe qual é o correto. Não calibra os pneus.
hoje em dia um simples alinhamento / balanceamento pode ficar em quase 4 mil reais ….. os caras querem trocar tudo .