Pelé e o seu carro, sob o mesmo teto
Junto do corpo de Pelé, repousa em um memorial o Mercedes-Benz que o rei ganhou da marca alemã ao completar seu milésimo gol
Junto do corpo de Pelé, repousa em um memorial o Mercedes-Benz que o rei ganhou da marca alemã ao completar seu milésimo gol
O Mundo inteiro sabe que o corpo do Rei Pelé está no Memorial Necrópole Ecumênica, o primeiro cemitério vertical da América Latina, em Santos (Rua Nilo Peçanha, 50). Mas poucos, neste mundo, devem saber que o carro que ele ganhou ao fazer o seu milésimo gol, no Maracanã, em 1969, está lá, no mesmo memorial.
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E por que estou falando aqui de um cemitério, de Pelé e seu Mercedes-Benz S-280, que lhe foi ofertado pela própria fábrica, para comemorar seu gol de número 1000?
É porque o memorial foi construído, em 1983, pelo argentino José Salomon Altstut (falecido em 2021) que, além de futebol, também gostava muito de veículos antigos. E assim, ele mantinha um belo museu junto ao memorial e agora o carro do Rei faz parte do acervo.
Então, também lá está um Rolls Royce Gold Silver, cujo modelo foi usado em um filme de 007 (Na Mira dos Assassinos)) para uso do criminoso; também lá estão, lado a lado, disputando espaço, dois “inimigos” de 1928, um Ford e um Chevrolet. Segundo a ficha técnica anexa, ambos com motor de 40 VC , 2.800 rpm, quatro portas, (o Chevrolet conversível), capazes de atingir os incríveis 75 km de máxima.
Outro Ford é um modelo 29, o “queridinho de Bonnie & Clyde”, aqui adaptado para competições. O modelo do Museu participou do Rally Rio São Paulo, chegando em segundo lugar. A pequena Romi Isetta, 1957, o menor carro já fabricado no Brasil, entre 1956 e 1971, em Santa Bárbara do D’oeste (SP), pela Romi S/A.
Aqui uma dúvida: o que tem no acervo é um caminhão, ou uma picape. Ou teria sido um precursor do VUC? Pela foto parece uma picape, dentro dos conceitos atuais. Sua capacidade de carga, conforme a ficha técnica. Era de 500kg, com motor de 40 CV, a 2.200 rpm.
Na configuração atual, o museu expõe poucos veículos, que inclui uma Brasília 1971, cuja luz impediu a foto, uma linda Alfa Spider 2000, conversível, vermelha, 1972. Há informações que apenas 300 unidades foram fabricadas do modelo.
Mas o acervo do museu é muito maior, com motos (duas BMW 59 e 76), Lambretta 58, Mercury Cougar 68, bicicletas antigas. Uma raridade é a moto Rochet 1904 de 500 cc. Por enquanto não há planos do museu para promover exposições diferenciadas, para mostrar tudo o que há no acervo. O que é uma pena, não?
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