Grandes nomes do automobilismo já foram presos, alguns por crimes bem pesados, outros por motivos que chegam a ser curiosos
O ex-piloto de Fórmula 1 Tarso Marques virou manchete no último domingo (31) após ser preso em flagrante. Ele é suspeito de receptação por estar dirigindo um Lamborghini Gallardo sem placas com queixa de apropriação indébita.
Tarso Marques já foi liberado, mediante o pagamento de uma fiança. Ele não foi o único piloto a ter problemas com a justiça, confira outros cinco.
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O piloto belga Bertrand Gachot estava em uma fase boa de sua carreira, foi campeão nas 24 horas de Le Mans com o icônico Mazda 787B e corria na Fórmula 1 pela Jordan. Mas tudo isso foi interrompido após uma briga de trânsito.
Gachot estava a caminho de um encontro com representantes da Jordan e de seu patrocinador, o refrigerante 7Up. Ele se envolveu em uma batida de trânsito com um táxi, mas sem danos aos carros.
Apesar disso, eles discutiram e o piloto jogou gás CS no taxista. Ele escondeu a lata após o ocorrido, mas foi preso por agressão e uso de arma proibida no país, sentenciado a cumprir 18 meses preso.
Em seu lugar entrou um iniciante, Michael Schumacher, que veio de categorias de base. O bom resultado do alemão na Jordan em 1991 o levou para a Benetton, onde sua carreira decolou.
A Finlândia é uma fábrica de bons pilotos, o JJ Lehto é um deles. Ele foi campeão na Fórmula Ford, na Fórmula 3 britânica, nas 24 horas de Le Mans (duas vezes) e na American Le Mans Series, sem contar com sua passagem na Fórmula 1 e na DTM.
Em 2010, já fora das pistas, ele bateu um barco em uma ponte enquanto trafegava em um canal. O piloto estava embriagado e seu amigo que estava na embarcação morreu,
Lehto foi julgado culpado por direção perigosa, conduzir um barco sob influencia do álcool e homicídio culposo. A sentença seria de dois anos e quatro meses, mas ele recorreu e teve as acusações retiradas, pois não havia evidências de que ele estava conduzindo o barco.
O francês Jean Alesi deve ser o mais bem sucedido e famoso dessa lista, mas seu problema com a justiça foi o mais bobo. Em 2023 o piloto resolveu fazer uma pegadinha com seu cunhado.
O ex-piloto da Ferrari e seu filho Guiliano colocaram fogos de artifício comprados na Itália na janela do escritório do cunhado. O estrago foi maior que o imaginado e chamou a atenção de um vizinho, que chamou a polícia.
As autoridades rastrearam o carro e chegaram a Jean Alesi. Seu cunhado não registrou queixas, mas o promotor público que cuidou do caso obrigou o piloto a pagar pelos danos.
Entrar no automobilismo exige muito dinheiro, impedindo a entrada de muitos aspirantes a pilotos — por mais talentosos que sejam. Randy Lanier era um deles, um jovem hippie que largou a escola e vendia maconha.
Sua estratégia para ter uma equipe e poder correr foi financiar tudo isso traficando drogas. Lanier construiu um dos maiores esquemas de tráfico de maconha na história dos EUA, que passava de 45 toneladas por carregamento.
Ele começou traficando drogas das Bahamas usando sua lancha. As operações foram crescendo e a maconha passou a vir da Colômbia. No auge eram usados grandes navios de carga, usando concreto como carga falsa e com a droga escondida em compartimentos secretos.
O que chamou a atenção das autoridades era como uma equipa independente conseguia competir diretamente com grandes nomes. Com os anos 80 foram o auge da guerra contra as drogas nos EUA, a CIA desmontou o esquema de forma quase cinematográfica.
Randy Lanier fugiu do país para não ser preso, mas acabou sendo pego em 1987. O piloto foi solto após 27 anos de encarceramento, onde sete deles foram em solitária.
E como era nas pistas? Randy correu na Indy 500 duas vezes, mas não terminou na primeira e ficou em 9º na segunda. Ele também competiu nas 24 horas de Le Mans com uma Ferrari 512BB/LM. Mas os melhores resultados foram na IMSA GT, onde chegou a ser campeão com um protótipo March com motor V8 Chevrolet.
Quem acompanha a Copa Truck e também assistia a Fórmula Truck no passado conhece Roberval Andrade. Esse piloto já participou de 25 temporadas das corridas de caminhão no Brasil e já conquistou quatro títulos.
Em junho Roberval Andrade virou manchete após ser preso pela Polícia Federal durante a operação Augusta. Ele é investigado por lavagem de dinheiro e corrupção.
Junto do piloto foram presos também dois investigadores da Polícia Civil de São Paulo. As investigações apontaram que eles atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais.
Segundo a Polícia Federal, Roberval Andrade usou dados de uma pessoa fictícia para comprar um helicóptero avaliado em R$ 10 milhões. Essa aeronave seria usada para transportar integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Esse helicóptero chegou a ser apreendido pela PF em 2022, mas foi liberado após o pagamento de propina para os dois policiais que foram presos durante a operação.
Roberval Andrada está afastado da Copa Truck desde o ocorrido a pedido da Mercedes-Benz, patrocinadora da equipe.
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