Por que Lamborghini gosta de pegar fogo? Vamos te explicar!
Acidente envolvendo uma Lamborghini Gallardo, em Belo Horizonte, reacende polêmica sobre o que faz os modelos se incendiarem
Acidente envolvendo uma Lamborghini Gallardo, em Belo Horizonte, reacende polêmica sobre o que faz os modelos se incendiarem
Recentemente uma Lamborghini Gallardo se incendiou na BR-356, em Belo Horizonte. As chamas que consumiram o supercarro italiano foram registradas por quem passava pelo local e as imagens viralizaram nas redes sociais. Não é a primeira vez que um carro da marca pega fogo de forma espontânea. Basta pesquisar: “Lamborghini pega fogo” para surgirem incontáveis imagens.
Vídeo: Carro de luxo avaliado em R$ 1 milhão pega fogo em frente ao BH Shopping, no bairro Belvederehttps://t.co/797WxoERbL
— Itatiaia (@itatiaia) March 25, 2023
Ao redor do mundo há vários registros de modelos Lamborghini que entraram em combustão no meio do trânsito. Uma das razões está na própria arquitetura do supercarro.
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Desde o Countach, que teve seu primeiro protótipo revelado em 1970, os engenheiros instalaram dois tanques no espaço que sobrou do carro, nas laterais, entre o habitáculo e o cofre do motor. Basicamente entre a porta e o para-lamas traseiro. Um módulo de cada lado.
Não é muito diferente de um carro convencional moderno, em que o tanque fica posicionado sob o banco da segunda fileira. No entanto, no caso do Countach, Diablo, Murciélago, Aventador, Gallardo e Huracán há um grotesco V12 ou V10 (no caso dos dois últimos), assim como um eixo cardã para transferência de torque às rodas dianteiras e a transmissão. Assim, o tanque é bipartido e conectado por um duto para formar um reservatório único.
O problema é que tudo num Lambo é espremido. Os motores são imensos, com 5.2 litros (V10) e 6.5 litros de deslocamento nos V12. Isso sem contar que é preciso instalar, lá atrás, transmissão, diferencial, radiadores, escapamento e agregados.
Tudo isso forma uma zona de calor absurda no cofre. A temperatura é tão elevada que ao estacionar um desses carros, o motorista deve tomar o cuidado de não encostar muito próximo de paredes, pois há o risco de peças plásticas se deformarem devido ao calor.
Quem relatou isso foi um proprietário de um Diablo, anos atrás. Dessa forma, fica uma dica: evite estacionar colado na traseira de uma Lamborghini, pois seu para-choque pode derreter.
Uma das razões é que o combustível tende a exalar, e quando esse vapor entra em contato com os dutos de escapamento gera o processo de ignição. De certo ponto, não é muito diferente com o que acontece frequentemente com a Vokswagen Kombi que, devido ao ressecamento da mangueira de combustível, pode gotejar sobre o motor e causar chamas na Velha Guerreira.
Em 2017 a marca emitiu uma campanha de recall envolvendo o modelo Aventador, após várias unidades terem sido consumidas pelas chamas de forma espontânea. Segundo a marca, quando se abastece o tanque até o limite, a vazão do vapor de combustível é maior e gera a detonação dentro do cofre do motor.
Ainda de acordo com a marca, em situações de trânsito parado, caso o motorista eleve a aceleração, o risco de detonação da “névoa” de gasolina aumenta.
Foi o que aconteceu com um proprietário de uma Aventador Roadster no Reino Unido, segundo o Daily Mail, o homem de 45 anos e sua filha pararam num posto para comprar refrigerante e quando retornaram ao carro, notaram um cheiro forte. Ao abrir o capô traseiro o homem viu que o compartimento estava pegando fogo.
No caso da Lamborghini de BH, o fenômeno parece ser o mesmo. No local que o carro incendiou é no alto de uma ladeira. Tanto para o motorista que sube a avenida Raja Gabaglia, como para quem que trafegava pela Nossa Sra. do Carmo. Ou seja, nas duas condições, o motorista teria que elevar o giro para subir qualquer uma das duas vias. E no momento em que o tráfego reduziu o ritmo, ocorreu a ignição do vapor de gasolina.
Mas isso não significa que toda Lamborghini está sentenciada a ser consumida pelas chamas. Fatores como forma de uso, manutenção, qualidade do combustível podem potencializar a combinação de “ingredientes” que levam o carro a pegar fogo. Se o amigo já gastou uma pequena fortuna num carro desses, então reserve mais uma boa grana para dar um trato e trocar qualquer peça plástica ou borracha ressecadas que podem apresentar fissura.
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Ferrari e Lamborguini é carro pra macho carente que precisa de holofote. Não atoa são coloridos como as calças das bandas emo e tem luzes como árvores de natal.
Quem gosta de performance e corrida prefere os 911, GTR, supra, etc.
Já dava para os engenheiros terem desconfiado de que algo muito errado no projeto está acontecendo. E no modelo atual? A mesma situação?
Se algum infeliz proprietário de um desses perigosos carros pretende se desfazer, com valor de um Kwid zero, pode entrar em contato. É evidente que um carro desses exige um cuidado semelhante a um F-1, ou seja, muito dinheiro para uma manutenção séria e correta. Um carro desses, na mão do brasileiro comum, que só leva para a oficina quando quebra, não dura seis meses.
Não sei não,mas se vc observar ou for de velha geração verá que esses supercarros ficaram mais e mais possantes cada vez mais performantes deixando a diferença para o carro comum,abissal, cada vez mais perto do que seriam carros de competição,F1 ou protótipos,ás vezes até mais ,e isso ninguém fala,pois são carros de elite (neste caso ,ponha elite nisso,são para bilionários) ,pense nisso :a VW Parati 1.8 1987 acelerava de 0 a 100 km /h em 11,5segundos ,um carro comum,enquanto isso ,a Lamborghini Countach daquele ano fazia em 5,2 segundos ,compare com os congeneres de mesma marca atual : Dá pra comparar ?
Aonde a Lamborghini contrata os engenheiros? No boteco???
Kkkkk… Na Fiat também (mesmo engenheiro do “finado” Tipo). Coincidência as duas empresas serem italianas?