Os brasileiros ainda tem estes 5 preconceitos sobre carros

Muitos desses preconceitos sobre carros são repetidos pelos brasileiros sem nem mesmo saber o motivo, vamos desmascarar alguns deles

byd yuan plus ev azul
Você é dos que falam "carro chinês não presta"? (Foto: BYD | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 21/05/2023 às 09h02

O universo automotivo brasileiro ainda está repleto de preconceitos que não fazem sentido. Eles são fruto da falta de informação ou de conclusões equivocadas. O problema é que são ventilados verbalmente ou pelas redes sociais, espalhando essas fake-news para todos os cantos.

Nessa lista vamos desmistificar alguns desses preconceitos que ainda existem sobre os carros vendidos no Brasil. Se você ouviu algum desses, chegou a hora de saber o que é mito e o que é verdade.

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1. Renault Kwid é inseguro por ter rodas presas por 3 parafusos

Kwid Intense 036
O Kwid tem vários problemas, mas a fixação das rodas não é um deles (Foto: Renault | Divulgação)

O Renault Kwid está longe de ser um carro perfeito: é um projeto de baixo custo feito para países emergentes e possui sua cota de defeitos como qualquer carro. Mas a fixação das rodas por três parafusos não é um desses problemas.

Essa solução já foi bastante usada por carros antigos da própria Renault, como é o caso do R12 que deu origem ao Ford Corcel. Vemos até hoje a picapinha Pampa carregando peso pelas cidades brasileira e ninguém tem preconceito por esse carro devido a quantidade de parafusos.

Voltando a carros mais modernos, o microcarro urbano Smart também utiliza essa solução. elétrico No Kwid E-Tech a Renault optou por usar quatro parafusos na fixação, devido a entrega instantânea do torque.

A quantidade de parafusos para prender a roda de um carro depende de normas internas do fabricate. A Chevrolet, por exemplo, usava cubos de quatro parafusos no Astra com motor de 8 válvulas enquanto as versões 16 válvulas usavam cinco.

Já a Volkswagen utilizava cinco parafusos em todas as versões do Fox, incluindo as com motor 1.0. Isso continua no Polo, com exceção da versão Track, que utiliza quatro. Mas independentemente da quantidade, os três do Kwid não geram problemas.

Será que esses preconceituosos sabem que carros de corrida e muitos superesportivos têm rodas presas apenas por um parafuso?

2. Carro chinês não presta

GWM confirma Alok como embaixador da marca no Brasil
Esqueça os carros da Lifan ou da Effa, chinês hoje faz carros de padrão mundial (Foto: GWM | Divulgação)

A primeira experiência do brasileiro com os carros realmente não foi das melhores. Carros como o Effa M100, Chery QQ, Lifan 320 e outros atraíam pelo preço baixo e decepcionaram com a falta de qualidade.

Hoje, 15 anos após a chegada do primeiro carro chinês ao Brasil, a situação é outra. Temos carros chineses com qualidade similar ao de marcas tradicionais, como é o caso da Caoa Chery e GWM. Além disso, eles estão investindo em eletrificação, como é o caso da BYD.

Muitos compradores têm preconceito contra os carros chineses, mas nem imaginam que podem estar dirigindo um carro feito lá: o Volvo XC60, por exemplo, é importado da China. Já os Chevrolet Onix e Tracker tiveram seus projetos feitos pela filial chinesa da General Motors.

3. Motor de 3 cilindros é descartável

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Tirando a vibração típica dessa configuração, os três cilindros são tão duráveis quanto os quatro cilindros (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)

O brasileiro costuma ter preconceito com tecnologias novas em carros. Foi assim com os motores 16 válvulas, com os motores turbo, com os óleos sintéticos e com a injeção direta. Hoje vemos muitas criticas aos motores de três cilindros, principalmente aos 1.0, com várias alegações deles serem descartáveis.

Essa fama veio devido ao fato de alguns motores modernos não poder receber retífica. Isso não é apenas para os três cilindros, vários outros propulsores maiores também não podem ter esse serviço feito.

Entretanto, a retífica deixou de ser uma manutenção rotineira como era em motores antigos. Hoje é comum passar de 200 mil km sem estar com folgas nas partes internas do motor ou consumo excessivo de óleo. Basta o proprietário seguir o plano de manutenção e não fazer besteira.

Um fato irônico sobre o preconceito contra os carros com três cilindros é que muitos desses motores são modulares. O 1.3 Firefly da Fiat nada mais é que o 1.0 com um cilindro a mais. Na Volkswagen existe o 1.6 MSI, que é da mesma família do 1.0 e não leva a má fama.

4. Caminhonete tem que ser diesel

chevrolet s10 ltz 2022
Dependendo do uso, a versão flex pode ser mais vantajosa (Foto: Chevrolet | Divulgação)

Por muitos anos o óleo diesel era um combustível sedutor para os interessados em picapes devido ao seu preço. Mas o preço das versões equipadas com motor capaz de consumir essa combustível é maior, exigindo que fosse feito o cálculo para ver se realmente valeria a pena.

Hoje não existem mais picapes médias com motor a gasolina ou flex, todas são diesel. Isso perdeu um pouco de sentido atualmente, já que o óleo diesel está caro e as caminhonetes ficaram mais beberronas a medida que ficaram mais potentes.

As médias com motor flex não pecam em desempenho e seu consumo maior pode ser compensado por valores menores de seguro, de combustível e de compra.

A Ram Classic, equipada com motor V8 e com preço de Toyota Hilux diesel, vêm conseguindo abrir espaço nesse meio.

5. Carro francês é bomba

renault clio 2005
Existem sim carros franceses problemáticos, mas temos muitos em nosso mercado que não são (Foto: Renault | Divulgação)

Esse preconceito contra os carros franceses vem desde a abertura das importações nos anos 90. Essa realmente foi uma época de baixa na qualidade dos carros da Peugeot e Citroën, que utilizavam eletrônica complexa em seus modelos topo de linha. Com a falta de mão de obra especializada, realmente viraram bomba.

Mas nos níveis mais baixos, a França sempre foi famosa por fazer carros compactos de qualidade. O Renault Clio, por exemplo, ainda é uma boa opção de usado. E sabe o robusto Ford Corcel? Nada mais era que um Renault 12 com outra carroceria. Isso inclui o motor CHT que equipou Escort e carros da Volkswagen.

A Peugeot construiu fama de fazer carros tão robustos quanto os da Mercedes-Benz. Ainda é possível ver muitos 504 rodando na África e n Oriente Médio até hoje. Na linha atual, ela tem o motor 1.6 16v que traz boa fama.

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6 Comentários
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K 22 de maio de 2023

Lixo é essa reportagem kkkkkkk

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Paulinho 22 de maio de 2023

É fake ou é verdade que o volante do KWID cai no colo do motorista???

Carro frances eu só quero uma coisa deles, DISTÂNCIA!!!.

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Geraldo 22 de maio de 2023

Sugiro então q vcs comprem o lixo do kwid, a porcaria chinesa e estes motores de carrinho de rolemã. Motor durar só 200 mil…tá de brincadeira…motores AP passa de 500 mil…1.8 GM dem, os dos opalas tb…toyota e honda tb….sai fora…carros Francês? Boa sorte….junto vai tb os motores vw atuais tudo lixo…3 cilindros ford….e tem tb o cambio luxo da chery q é o antigo powershift da ford com os problemas atualizados.

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Agnaldo Roberto 21 de maio de 2023

Esse Renault Kwid é um verdadeiro lixo. Meu sobrinho comprou 1 com 23 mil Km fundiu o motor. Obs: Todas as revisões foram feitas na agência. Resumo da ópera; Teve que judicializar a questão porque Sra.RENAULT não quer assumir.

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Alexandre 21 de maio de 2023

É verdade que até as concessionárias peugeot Citröen se mobilizaram agora contra as montadoras por problemas de qualidade?
Um imbecil imprudente capotou um kwid na Regis Bittencourt na minha frente, eu estava em um carro bem melhor e estranhei a velocidade que ele passou. Paramos para socorrer e nem precisou chegar o socorro para abrir as ferragens, a gente abria aquela latinha na mão mesmo. O muleque na direção estava com a família dentro.
Francês tô fora.

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Tobias 21 de maio de 2023

Realmente são preconceitos. Eu tenho 2 “franceses” e estou muito satisfeito. Sabendo escolher o modelo adequado para seu uso, fazendo manutenção preventivas e pesquisando, dá certo.

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