Existem duas formas de controlar os principais recursos de segurança ativa dos carros modernos, mostramos onde cada uma é melhor
O pacote ADAS está cada vez mais popular no Brasil, com alguns carros compactos já trazendo esses itens de segurança como item de série. Para o funcionamento das principais funções dele, como o cruise control adaptativo (ACC) e a frenagem autônoma de emergência (AEB) é preciso ter um radar ou uma câmera específica; mas quais são as vantagens e desvantagens de cada sistema?
Cada montadora possui seus motivos para escolher entre a câmera ou o radar. No mercado brasileiro existem os dois tipos sendo usados pelos carros mais baratos equipados com o pacote ADAS.
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O funcionamento de cada um depende muito da calibração feita pela engenharia da montadora. Portanto fica difícil cravar que um carro com radar será melhor que um apenas com câmeras, pois um ajuste mal feito afetará no uso das funções e irá irritar o motorista.
Os sistemas de frenagem autônoma de emergência e cruise control adaptativo começaram a aparecer em carros de luxo no início dos anos 2000 usando um radar. Ele é mais caro, porém oferece uma precisão maior no funcionamento por conseguir “enxergar” em situações onde a luz não colabora.
Uma contrapartida é que esse equipamento só consegue cuidar apenas de recursos ADAS que dependam da detecção de objetos físicos. Ou seja, leitura de placas, farol alto automático e assistente de manutenção em faixa não estão inclusos.
A Volkswagen, por exemplo, equipa toda a linha Tera com o radar, permitindo que ele tenha a frenagem autônoma de emergência de série. Mas para ter o assistente de permanência em faixa é preciso de uma câmera adicional, que é opcional na versão High.
O Renault Kardian está em situação similar, ele utiliza apenas um radar. Por isso, ele só conta com o AEB e o ACC.
Como o radar dos sistemas ADAS precisa estar na dianteira do veículo, essa peça fica bastante exposta. Geralmente ele é um retângulo preto no para-choque ou fica camuflado no emblema da montadora.
Quando o carro sofre um acidente, esse radar pode ser danificado. É aí que começam os gastos maiores: a peça custa caro e também precisa ser calibrada quando trocada.
A calibração do ADAS tem que ser feita por uma oficina especializada e com equipamentos próprios. Os sistemas que usam apenas câmeras também precisam dessa calibração, porém elas são menos expostas em caso de acidentes.
Um pacote ADAS que é tocado apenas por câmeras pode funcionar quase tão bem quanto um com radar, depende da calibração. Sistemas como o Honda Sensing, o Toyota Safety Sense e o dos Chevrolet nacionais funcionam dessa forma.
A câmera usada para isso fica no topo do para-brisa e pode ser usada para várias funções: identificar carros, ler placas, ler faixas e detectar pedestres. Dessa forma, é possível ter frenagem autônoma de emergência, cruise control adaptativo, centralização em faixa, farol alto automático e outros recursos com apenas um componente.
Em carros com o radar pode haver essa câmera como um complemento, como é o caso dos modelos da Jeep e carros mais equipados da Volkswagen. Já o bom funcionamento depende da calibragem do fabricante.
Uma desvantagem da câmera é ser limitada em algumas situações, como quando o sol bate diretamente em sua direção. Nesses casos o carro emite um aviso no painel de que as funções ADAS estão desativada temporariamente.
Existem marcas com um sistema mais sofisticado de câmeras que permitem uma detecção de profundidade mais apurada. Como é o caso da Subaru. Ela utiliza duas câmeras, que fica lado a lado, para simular a visão humana.
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A reportagem está equivocada, tanto Honda Sensing quanto Toyota Safety usam radar milimétrico para complementar a câmera no ADAS – essenciais para seus recursos de ACC e frenagem autônoma de emergência. A confusão provavelmente se deu porque estes pacotes não incluem o LiDAR – um tipo específico de radar usado por muitas montadoras com sistemas mais avançados. Atualmente somente Subaru e Tesla confiam 100% em câmeras para pacotes de ADAS.