A marca de picapes da Stellantis tem imagem mais generalista fora do Brasil e vende todo tipo de utilitário, incluindo alguns importados do Brasil
O nome Ram começou a ser usado pela Dodge em 1980 para designar sua linha de caminhonetes grandes. Em 2010 essa linha foi separada em uma marca, que englobaria todos os veículos comerciais do grupo Chrysler.
Com isso, todas as vans e caminhonetes vendidas na América do Norte pelo grupo Chrysler passou a trazer o carneiro na grade. Quando ela passou para o controle da Fiat, isso gerou a oportunidade de expandir a linha.
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Para os brasileiros isso é estranho, pois aqui a Ram focou em trazer apenas as versões de luxo de suas caminhonetes. A falta de modelos simples permitiu que ela se posicionasse como marca premium.
A nova Dakota, que é derivada da Fiat Titano, será lançada no Brasil apenas em versões mais luxuosas. Enquanto no México existe uma versão Ram dessa picape em configurações simples e outro nome.
Mas na América do Norte e até mesmo no Oriente Médio existem modelos da Ram derivados de outras marcas e focados no uso comercial. Listamos aqui cinco casos bem curiosos.
A marca Ram possui uma imagem melhor no México que a Fiat. Seu caminhão 4000, por exemplo, está entre os mais populares do país.
Por isso, a Fiat Strada é vendida por lá como Ram 700 desde 2014. Outros países latino-americanos também recebem a picapinha produzida em Betim (MG) com o carneiro na grade.
Uma prova de como essa escolha foi acertada está no volume de vendas. Até 2014, como Fiat, ela sempre esteve abaixo de 1.000 unidades anuais. Desde que mudou de marca nunca ficou abaixo de 8 mil unidades, caiu apenas em 2021 por causa da pandemia.
Na geração atual o nome Ram vem por extenso na grade e as versões usam nomes como SLT, Big Horn e Longhorn. A 700 possui no México a mesma boa fama que tem no Brasil.
O ano de 2014 foi marcado pelo início da era Fiat na Ram mexicana. Junto da 700 foi lançado o Promaster Rapid, o nosso Fiorino em padrão de exportaçao.
Além do emblema na grade, mudaram os borrachões laterais e colocaram uma peça plástica com o carneiro na tampa traseira. O motivo foi tampar a estamparia com a logo da Fiat na tampa. E, diferentemente do Fiorino, o Promaster Rapid vinha com calotas.
Alguns desses componentes foram reaproveitados no Brasil quando a Stellantis lançou o Peugeot Partner Rapid. O nome foi escolhido para reaproveitar os borrachões e também colocaram as calotas para diferenciar mais um pouco.
Quando falamos em Fiat Toro da Ram logo vem a mente a Rampage, certo? Mas para os colombianos, panamenhos, peruanos e chilenos é a própria Toro mesmo, com o nome 1000.
Isso foi feito antes do lançamento da Rampage, mas a Ram 1000 é vendida em mercados onde a marca Fiat não é forte. Assim como na Strada, o último face-lift deixou o modelo mais alinhado com os da matriz.
Hoje esses mercados recebem a Rampage mesmo, o modelo 1000 foi aposentado. A Toro só é exportada com a logo da Fiat.
Um dos nomes cotados para a nova Ram Dakota era 1200 pois ele é usado pela Titano vendida no México. Mas o modelo chinês não foi o único com esse nome.
Aqui a história é mais complicada e nasceu no Japão. A Fiat fez uma parceria com a Mitsubishi em 2015 para poder vender a L200 Triton como Fullback na Europa e no Oriente Médio.
Nesses locais o foco era em versões mais simples para o trabalho, picapes médias não são vistas como carro de luxo por eles. O Oriente Médio nunca foi o forte da Fiat, por isso passaram a vender a Fullback como Ram 1200 por lá a partir de 2017.
A única mudança era nas logos, a grade da Fullback era diferente da usada pela L200 Triton e havia um espaço circular para o emblema. Essa parceria foi encerrada em 2019 e a Stellantis vende a Peugeot Landtrek nesses mercados.
A Ram já teve um carro de passeio, ou algo muito próximo disso. Junto da criação da marca foi lançada a C/V Tradesman, uma versão de carga da tradicional minivan Dodge Caravan.
A fórmula é bem similar a adotada pelo Fiat Uno Furgão: removeram os bancos traseiros, trocaram os vidros por chapas metálicas e o compartimento de carga ganhou um acabamento robusto.
Como a minivan em sua forma familiar já tinha boas capacidades, a versão de carga rivalizava com muitas vans desenvolvidas já para o trabalho. O baú de carga leva 4.090 litros e 820 kg, capacidade maior que muitas versões da Ram 1500. Ela também pode rebocar até 1.600 kg.
Sob o capô estava o V6 3.6 Pentastar, de 285, atrelado a caixa automática de seis marchas. Em 2015 ela deu lugar a Promaster City, que era o Fiat Doblo de segunda geração com a logo do carneiro e maior volume de carga.
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