Anfavea estuda adiamento de regras de emissão e segurança
Novas regras entrariam em vigor em 2002, mas prazo estendido pode ser pedido pela Anfavea, já que fabricantes enfrentam problemas devido ao novo coronavírus
Novas regras entrariam em vigor em 2002, mas prazo estendido pode ser pedido pela Anfavea, já que fabricantes enfrentam problemas devido ao novo coronavírus
Em entrevista nesta terça-feira (23), Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, associação que reúne as montadoras de carros no Brasil, admitiu que a crise financeira do setor provocada pela pandemia pode fazer com que novas regras de emissões de poluentes e de adoção de mais equipamentos de segurança nos carros nacionais sejam adiadas.
Segundo Moraes, estava previsto um uma soma de investimento de cerca de R$ 40 bilhões pelas diversas montadoras que têm unidades no Brasil. Desse valor, por volta de 1/3 é destinado ao que ele chamou de “marcos regulatórios”, ou seja, para o desenvolvimento de novas tecnologias para atender às regras estabelecidas pelo governo.
Uma dessas regras que está prevista para entrar em vigor, por exemplo, é adoção de controle eletrônico de estabilidade e tração para todos os carros vendidos no Brasil em 2022. Outra regulamentação que entrará em vigor no mesmo ano é o Proconve P8, que exigirá que os modelos à venda poluam menos.
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Moraes ainda explicou que algumas montadoras tiveram uma queda de até 90% do seu faturamento, então é normal que ela tenha que congelar alguns investimentos, já que o dinheiro do caixa vai pra pagar fornecedores e folhas de funcionários.
“Nós não somos contra o regulatório. Participamos da construção de prazos e limites. Nós somos a favor de veículos mais seguro e com menos emissões. Mas somos capazes de fazer isso agora? Essa é a duvida que temos que discutir nesse tema”, explicou o presidente da Anfavea.
Moraes ainda questionou se, no cenário econômico pós-pandemia, o cliente poderá pagar por esses novos itens que serão acrescentados aos carros.
O presidente da Anfavea também falou sobre a queda no mercado em meio a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Em relação ao ano passado, as vendas de veículos novos, pesados e máquinas agrícolas deverá ser 40% menor.
Morares alertou que as medidas tomadas até agora pelo governo federal foram positivas, mas é hora de ir além.
“Temos que achatar a curva da recessão. Quanto mais demorarmos para tomar medidas, mais aumenta o risco de desemprego”, afirmou o executivo. Ele falou que diversas alternativas estão na mesa de negociação e exemplificou por exemplo, em uma redução de imposto como o IOF, que incide sobre operações de financiamento.
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Que absurdo o argumento do Sr. Luiz Carlos Moraes!” caso ele consiga adiar os acidentes e os efeitos da poluição ao meio ambiente, aí sim poderia adiar o cumprimento das novas regras dos itens de segurança e emissões”, e diga-se de passagem, já está muito defasada.
Interessante que este senhor não mencionou nada sobre comprimir as absurdas margens de lucro das montadoras e concessionárias. Baixem os preços em um nível de primeiro mundo que o mercado volta rapidamente. E parem de socializar o prejuízo, pois o lucro fica bem guardado no bolso dos acionistas.