Renault Kardian Evolution manual é o SUV que diverte como hatch
O modelo de entrada ganhou opção de câmbio manual e já traz bom pacote de equipamentos perante seus principais rivais
O modelo de entrada ganhou opção de câmbio manual e já traz bom pacote de equipamentos perante seus principais rivais
O Renault Kardian estreou em três versões: Evolution, Techno e Première Edition, todas com câmbio EDC de dupla embreagem. Agora o modelo de entrada recebeu a opção de câmbio manual de seis marchas, sem mudanças no pacote de equipamentos e partindo de R$ 106.990.
O motor 1.0 turbo não recebeu mudanças na calibração. Ele produz 120 cv com gasolina ou 125 cv com etanol. O torque fica em 20,4 kgfm (G) ou 22,4 kgfm (E), o maior dentre os carros com essa cilindrada.
A caixa manual é inédita no Brasil e se chama JX22, não é a mesma que foi usada por Sandero R.S., Duster e Megane. Ela é produzida pela Horse em Portugal e equipa também os modelos atuais da Renault na Europa.
A versão Evolution do Renault Kardian é a única sem os sistemas de segurança ativa ADAS e sem o freio de estacionamento eletrônico. Dentre os cortes de equipamentos, esses são os mais significativos.
Isso significa que o ar-condicionado automático, o painel digital, a central multimídia, os faróis full-LED, a câmera de ré, o sensor de estacionamento traseiro, os 6 airbags e o cruise control foram mantidos.
Dentre as ausências no Kardian Evolution estão os faróis de neblina, o carregador de smartphone por indução e as rodas de liga leve. O modelo de entrada usa rodas de aço aro 16 com calotas que simulam bem uma de alumínio. Uma característica estranha é ter a função one touch no vidro elétrico do motorista apenas.
O acabamento em tecido possui padronagem diferente das outras versões e passa uma sensação de qualidade. O material também é visto nos puxadores das portas dianteiras.
O Renault Kardian Evolution se destaca em seu segmento pelo espaço interno generoso. O banco traseiro acomoda dois adultos sem apertos. O porta-malas também é um destaque positivo, com capacidade para 358 litros.
O câmbio manual de seis marchas que a Renault lançou com o Kardian Evolution possui um bom escalonamento. A sexta marcha é uma overdrive, que mantém os giros baixos em rodovias e ajuda na economia de combustível.
Os engates são precisos e justos, porém o curso não é curtinho como nas caixas da Honda e da Volkswagen. Ainda assim, está entre as melhores disponíveis no mercado.
Na ficha técnica o Kardian Evolution manual é mais lento que os irmãos com caixa de dupla embreagem. O motivo está nas trocas praticamente instantâneas da EDC e nas menores perdas mecânicas.
O consumo é pior também. Mas o motorista pode usar o modo Eco para deixar a programação do motor e do acelerador mais voltados para a eficiência. Confira a tabela com as médias das duas versões segundo o Inmetro:
| Versão | Cidade | Estrada |
|---|---|---|
| Kardian 1.0 turbo manual | 12,3 km/l (G) 8,4 km/l (E) | 14 km/l (G) 9,7 km/l (E) |
| Kardian 1.0 turbo EDC | 13,1 km/l (G) 9 km/l (E) | 13,9 km/l (G) 9,7 (E) |
No percurso que fizemos durante o evento de lançamento foi possível pegar o trânsito engarrafado de São Paulo (SP) e rodovias. A embreagem com acionamento leve ajudou no anda e para da cidade, onde mal conseguimos passar da terceira marcha.
O sistema start/stop está presente e dá a partida assim que se pisa na embreagem, mas pode ser desativado através de um botão. Um detalhe curioso é que caso o motor morra, ele dá a partida só de pisar na embreagem, não precisa girar a chave.
O teste drive com o Kardian Evolution manual reforçou a boa impressão que tivemos com o acerto de suspensão. O SUV compacto possui um grande vão livre de 20,9 cm, mas a estabilidade é boa e o carro está sempre na mão. Em pisos irregulares há uma boa filtragem.
Essas impressões positivas ao volante junto do bom câmbio manual deixou no ar uma vontade de ver um Kardian R.S. (ou Alpine) equipado com o 1.3 turbo do Duster. A Renault não dá pistas sobre a existência desse hipotético rival para o Pulse Abarth. Pelo menos o Evolution de entrada já consegue agradar aos entusiastas.
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RS 107.000,00 em um Sandero?
Sério mesmo que apenas eu vejo o absurdo nisso?
Em 2018 com diferença de alguns meses comprei um Sandero para minha esposa e depois um Logan zero km e os dois juntos saíram menos de 80 mil, em 2021 vendi os dois por maís que paguei e achei o fim do mundo.
O brasileiro merece o país que vive!
