Lançado em 2009, o Renault Symbol era uma versão "gourmetizada" do finado Clio Sedan que deveria ser o compacto premium da marca
Era 1999 quando a Renault do Brasil lançou no mercado nacional a carroceria sedã do seu sucesso da época, o Clio. Na realidade, o simpático sedanzinho era uma mera adaptação: os designers da marca francesa partiram da estrutura básica do hatch e criaram um terceiro volume para atender aos consumidores que buscavam maior porta-malas. O carro veio atender aos anseios de muitas famílias brasileiras, e, de fato, espaço para bagagens era o que não faltava nele.
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Em 2007 veio o Renault Sandero, que era derivado do sedã Logan. Nesse ponto, criou-se um problema: Clio Sedan e Logan eram semelhantes e disputavam a preferência do mesmo consumidor. A vantagem do Logan era de um melhor espaço interno e projeto um tanto mais moderno. Nem é preciso dizer que houve uma canibalização entre os dois concorrentes da mesma marca: logo o Clio Sedan saiu de linha. O Logan passou a reinar sozinho. Mas…

A Renault sabia que seu Logan era simples demais. Enxuto no acabamento, oferecia pouco requinte e era muito mais racional do que emocional. Precisavam de algo mais premium e moderno, para brigar num andar logo acima. Em 2009, surgiu o Symbol, que nada mais era do que um Clio Sedan com outra roupagem, mais atual. Ele utilizava a mesma plataforma do Clio, mas mudava a carroceria. O próprio interior do Symbol era o dos Clio europeus mais modernos.
A intenção do marketing da Renault naquela época era dar ao Symbol um aspecto mais sofisticado, equipado e bonito que o “monstrinho” Logan. Mas a ideia dos franceses não foi das melhores.

O Symbol não caiu no gosto popular. Logo notaram que ele era um Clio Sedan disfarçado, e que custava bem mais que o Logan, e não era tão mais “carro” assim. Não valia a pena, e não tinha espaço para ele. Ao final das contas, seu irmão Logan atendia melhor quem queria um pequeno sedan espaçoso e com bom porta-malas.
Nos 5 anos que foi oferecido no mercado nacional, o Symbol vendeu cerca de 22 mil unidades, o que dá uma média de apenas 4.400 carros ao ano. Um resultado pífio para um projeto novo, que envolveu investimentos de engenharia e adaptação. Prejuízo na certa, e o carro acabou saindo de linha no começo de 2013, poucos meses antes da estreia da nova geração do Logan, aquela que unificou o design dianteiro com o Sandero. Esse sedã inédito supria, com vantagens, o inexpressivo Symbol.

Ele deixou saudades? Nenhuma, pois a grande maioria das pessoas sequer lembram que existiu um pequeno sedan que atendia pelo nome de Symbol.
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Estive na concessionaria para comprar um, mas como não me deram atenção, nunca mais entrei em uma revenda da marca.