O Salão do Automóvel voltou cheio de novidades para novembro e o mês contou com a estreia de quatro marcas novas
A volta do Salão do Automóvel fez do mês de novembro o mais movimentado em 2025. Foram 18 lançamentos, incluindo quatro marcas novas. Foi um mês que deu trabalho.
O Toyota Yaris Cross, que foi adiado por motivos internos da Toyota e por uma tragédia, finalmente foi lançado. A rival Honda apresentou o WR-V, seu SUV de entrada.
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A Stellantis finalmente lançou a Leapmotor, com posicionamento agressivo. O B10 é um SUV médio elétrico, enquanto o C10 é um médio grande com versão elétrica ou híbrida com extensor de autonomia.
Um lançamento que chamou a atenção foi o Geely EX2, um hatch elétrico com porte e autonomia de BYD Dolphin GS, mas o preço é de Dolphin Mini. Ele promete incomodar o status quo do segmento.
A Chevrolet segue em sua estratégia de combater chineses com chineses, lançando o Captiva EV para o segmento de SUVs médios. A Ford tratou a eletrificação de forma diferente, trazendo a nova Maverick Hybrid com tração integral.
As novas marcas que chegaram ao mercado foram a Leapmotor, a MG Motor, a Jetour e a Changan. Essa última está com o tradicional grupo Caoa nos bastidores.

O modelo “de entrada” da Leapmotor no Brasil em sua estreia é o B10, um SUV médio elétrico. Ele chegou abaixo dos R$ 200 mil, preço da maioria dos rivais.
Ele é vendido apenas como elétrico, em versão única. O motor de 218 cv traciona o eixo traseiro, um diferencial interessante nesse segmento. As baterias de 67,1 kWh proporcionam 288 km de autonomia no ciclo do Inmetro.

O C10 é um SUV médio-grande de cinco lugares, com porte similar ao de um GWM Haval H6. Por enquanto ele é o único elétrico desse segmento, com o mesmo motor do B10 e uma bateria maior, de 69,9 kWh que rende 338 km de autonomia.
Mas a versão mais interessante dele é a REEV, chamada de Ultra-Híbrido pela Stellantis. Ela utiliza uma bateria menor, de 28,4 kWh, com autonomia de 111 km. Ela pode ser carregada também pelo motor 1.5 aspirado que atua apenas como gerador e não traciona o veículo, podendo extender a autonomia para 950 km.
A vantagem disso é que o motorista não precisa ficar procurando por pontos de recarga em uma viagem, basta encher o tanque de 50 litros com gasolina. Esse motor trabalha sempre no regime de maior eficiência e não precisa puxar as quase 2 toneladas, isso é papel do motor elétrico.

A grande aposta da Geely para o Brasil é o hatch elétrico EX2, que veio com preços bem competitivos para brigar contra os carros da BYD. Ele possui 289 km de autonomia e motor com 116 cv. Na versão topo de linha o pacote ADAS é de série.

Achou difícil comprar um Golf GTI? A Volkswagen seguirá com o Jetta GLI, que foi reestilizado. Ele utiliza o mesmo 2.0 TSI, mas com 231 cv. Ele ganha alguns pontos na praticidade, devido ao porta-malas maior.
O Honda WR-V é o novo SUV de entrada da marca japonesa, mas ele possui espaço interno e porta-malas maior que o HR-V. Ele chega apenas com motor 1.5 aspirado e acabamento mais simples para justificar o preço.

A GWM foi além de um mero face-lift nessa atualização de meio ciclo do Haval H6. Seu líder de vendas ganhou várias melhorias vindas do luxuoso Wey 07, como a tela com novo sistema operacional, o volante e a opção de interior claro. O motor 1.5 turbo é de nova geração, ainda mais eficiente, mas o SUV segue com as mesmas versões.

A Ford passou a trazer a versão híbrida de sua picape intermediária com tração integral. Ela segue na versão Lariat, que ganhou mais equipamentos e está equiparada com a Black 2.0 turbo. O preço foi mantido.

A MG Motor, marca britânica que foi comprada pela chinesa SAIC, estreou no Brasil com três modelos. O seu carro de imagem é o Cyberster, um roadster elétrico de 510 cv.

Esse SUV médio elétrico deverá ser o modelo de maior volume da MG no Brasil. O S5 entra no segmento onde já está o Geely EX5, o BYD Yuan Plus e o GAC Aion V.

Contrariando a todas as expectativas, o MG 4 estreou no Brasil na versão esportiva XPower, com motor de 435 cv. Esse hatch médio possui versões mais mansas para competir contra o BYD Dolphin, mas a marca aposta na veia esportiva para emplacar.

Os chineses gostam de um SUV médio elétrico e agora até a Chevrolet possui um carro do tipo, o Captiva EV. Ele veio com preço similar ao da concorrência e um porte generoso, como o antigo Captiva a combustão. Mas em comum com a linha da GM que conhecemos só existe o nome, por dentro ele não esconde a origem asiática.

O grupo Chery lançou mais uma marca premium no Brasil, a Jetour. Ela chega independente da Caoa e da Omoda & Jaecoo, com rede de concessionárias própria. Essa divisão é focada em modelos com proposta off-road e confirmou dois SUVs híbridos para 2026.

Após diversos atrasos, incluindo um desastre natural, a Toyota finalmente lançou o Yaris Cross. O SUV compacto conta com um inédito conjunto 1.5 híbrido flex, com princípio de funcionamento similar ao do irmão Corolla e promessa de ser mais eficiente. Existe também a opção pelo motor 1.5 aspirado sem eletrificação, para os modelos de entrada.
Mesmo com a demora, o Yaris Cross está alinhado com a concorrência na oferta de equipamentos, trazendo freio de estacionamento eletrônico, teto solar panorâmico e abertura elétrica do porta-malas.

A Kia levou 12 carros ao Salão do Automóvel, sendo 8 deles lançamentos. O que foi exposto no evento e já está na rede de concessionárias é o Sportage reestilizado, que está alinhado com a nova identidade visual da marca e também foi atualizado no interior. O motor segue sendo o 1.6 turbo, auxiliado por um sistema híbrido leve de 48 volts.

A versão Savana é uma tradição da Mitsubishi brasileira em sua linha de picapes. A nova Triton recebeu esse tratamento fora de estrada logo no final do primeiro ano de vendas, recebendo snorkel, rock sliders, rack de teto e pneus lameiros. Dessa vez a versão aventureira é baseada na topo de linha Katana, que inclui pacote ADAS, central multimídia com navegador nativo e outros mimos.

O primeiro carro de passeio vendido pela BYD no Brasil foi o SUV elétrico grande Tan. O Atto 8 é a nova geração dele e estreou no Salão do Automóvel em versão híbrida plug-in e com preço mais acessível que o irmão a bateria, que segue disponível.

A marca de luxo da BYD chegou ao Brasil com o B5, um SUV grande derivado do chassi da picape Shark. A Denza terá uma rede própria de concessionárias, que começará as vendas com esse modelo e a perua elétrica Z9GT.

O grupo Caoa agora representa mais uma chinesa no Brasil, a Changan. Ela não abandonou a Chery, apenas expandiu o portfólio. Os primeiros carros da Changan a serem importados serão da divisão de luxo Avatr, mas futuramente terá o Uni-T, que já foi flagrado pelo AutoPapo rodando em testes.
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