Caminhonetes foram os destaques nos lançamentos de 2024
Durante o ano foram 12 lançamentos nesse segmento, várias reviravoltas no ranking de vendas e foi aberto espaço para mais novidades
Durante o ano foram 12 lançamentos nesse segmento, várias reviravoltas no ranking de vendas e foi aberto espaço para mais novidades
O segmento mais quente do mercado brasileiro em 2024 foi o das caminhonetes. Durante o ano foram 12 lançamentos, incluindo modelos novos, troca de geração, face-lifts, versões inéditas e motores novos.
Foi durante 2024 também que ocorreu uma mudança brusca no cenário das caminhonetes médias: a eterna líder Toyota Hilux começou a ser alcançada pela nova geração da Ford Ranger.
VEJA TAMBÉM:
A marca do oval azul anunciou inclusive um aumento na escala de produção de sua média na Argentina para atender a demanda brasileira. Já a japonesa focou onde é forte, a confiabilidade, e ampliou a garantia da Hilux para fidelizar o público. Fora os descontos, algo que era raro de se ver.
Voltando aos lançamentos, o ano de 2024 trouxe também estreias fortes em nosso mercado. Veja a seguir quais foram as caminhonetes novas lançadas no Brasil:
O primeiro lançamento de caminhonete no Brasil em 2024 foi a Fiat Titano. A marca italiana já é líder no segmento de compactas com a Strada e intermediárias com a Toro.
Ela já foi flagrada testando algumas médias no passado, como a Tata Xenon, mas sua primeira caminhonete “raiz” veio da Peugeot. A marca francesa fez uma parceria com a chinesa Changan para desenvolver uma caminhonete, que resultou na Landtrek.
Esse modelo é produzido no Uruguai pela Nordex. A Peugeot planejava lançar o modelo no Brasil e já estava em desenvolvimento a adoção do motor 2.2 turbodiesel Blue HDi, mais forte que o 1.9 usado até então.
Com a fusão da PSA com a FCA, que resultou na Stellantis, a Fiat ganhou de bandeja esse projeto. A marca italiana é mais tradicional nesse segmento se mostrou mais adequada para vender a Landtrek no Brasil.
A versão Fiat foi batizada como Titano e recebeu uma grade exclusiva. Ela é vendida em três versões: Endurance, Volcano e Ranch. A primeira é voltada ao trabalho pesado e utiliza câmbio manual, já as outras têm câmbio automático, ambos de seis marchas.
O início das vendas da Titano foi conturbado devido a uma greve no Ibama, que atrasou a autorização para importação do modelo. Com isso resolvido, a Fiat conseguiu atingir a meta mensal de 1.000 unidades, passando as tradicionais Mitsubishi L200 e Nissan Frontier.
A Chevrolet S10 era a eterna vice no segmento de caminhonetes médias e foi passada pela nova Ranger. O modelo já estava com uma atualização a caminho, que ajudou a não perder mais posições.
Em abril de 2024 veio uma reestilização profunda da Chevrolet S10, que incluiu também mudanças no chassi, na motorização e mais tecnologia a bordo. O visual ficou alinhado com as picapes vendidas nos EUA.
O motor 2.8 tubodiesel ganhou novo gerenciamento eletrônico, que rendeu 7 cv e 2 kgfm extras. Agora ela entrega 207 cv 2 52 kgfm, é a picape de quatro cilindros mais forte do país. O câmbio automático passou a ser de 8 marchas, o que ajudou a melhorar o desempenho e reduzir o consumo.
No chassi veio uma reformulação na suspensão, que incluiu bitolas mais largas. O acerto ficou mais confortável, ficando comparável ao da nova Ford Ranger.
Na cabine veio uma nova central multimídia, o painel digital, volante da Silverado e mais itens de comodidade. A S10 ganhou também alerta de tráfego cruzado traseiro e frenagem autônoma de emergência.
Outro modelo longevo no mercado ganhou atualizações. A Volkswagen foi mais discreta que a Chevrolet na hora de atualizar a sua Amarok.
A média de projeto alemão recebeu novo visual na dianteira, nova central multimídia, airbags de cortina e um sistema ADAS passivo. Com isso a Volkswagen aposentou de vez equipamentos como os faróis em xenônio e o CD-player.
O principal atributo da Amarok foi mantido: o motor V6 3.0 turbodiesel que manda a força para as quatro rodas através de uma tração integral permanente. Ela ainda é a caminhonete movida a óleo diesel mais rápida do Brasil e se destaca pela dirigibilidade comparável a de um carro menor.
A caminhonete fora de estrada da Jeep ganhou um face-lift na linha 2025. Tanto a Gladiator quanto o jipe Wrangler receberam uma grade redesenhada, nova central multimídia e câmera dianteira para trilhas.
O motor V6 3.6 aspirado não mudou. A Jeep Gladiator segue disponível apenas no modelo Rubicon.
A BYD Shark, a primeira caminhonete híbrida plug-in disponível no país. A marca chinesa cresceu no Brasil durante o ano e lançou a Shark mirando no agronegócio.
Apesar disso, a proposta do modelo é mais urbano, com suspensão voltada para o conforto e capacidade de carga abaixo de 1 tonelada. Na traseira é usado um conjunto independente com molas helicoidais.
O sistema híbrido promete mais de 1.000 km de autonomia, porém o dado é em um padrão defasado e otimista. O motor 1.5 turbo a gasolina traciona o eixo dianteiro junto de um motor elétrico. O eixo traseiro é tracionado apenas por um motor elétrico.
Já a JAC usou uma proposta mais tradicional. A Hunter é uma picape média com motor turbodiesel, tração 4×4 com reduzida e feixe de molas no eixo traseiro. Sua capacidade de carga é de 1,4 tonelada, a maior do segmento.
O motor 2.0 diesel produz 191 cv e 46,9 kgfm. O câmbio é automático de 8 marchas da ZF, o mesmo da VW Amarok e da Ram 1500. A versão vendida no Brasil utiliza o chassi reforçado do modelo elétrico, por isso a capacidade de carga elevada.
A JAC Hunter conta com um pacote de equipamentos bem completo, com central multimídia, freio de estacionamento eletrônico, teto solar, painel digital, freios a discos nas quatro rodas e ar-condicionado automático. O preço para as primeiras 1.000 unidades é de R$ 239.990 e a garantia é de 8 anos.
A Ram 1500 ganhou uma reestilização e junto disso veio a aposentadoria do moto V8 Hemi. Em seu lugar veio um novo 3.0 seis cilindros em linha biturbo, que produz 426 cv.
Esse motor moderno fez dela a caminhonete grande mais potente e também a mais rápida do Brasil. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 5,3 segundos.
A Ford Ranger Black voltou na nova geração, seguindo com a mesma proposta original: motor de entrada, tração 4×2 e pacote de equipamentos farto. No modelo novo ainda veio um preço agressivo: R$ 219.990. É o mesmo valor cobrado pela Fiat na Titano de entrada, voltada para o trabalho.
A nova Ranger Black utiliza o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e câmbio automático de 6 marchas. Ela traz central multimídia de 10 polegadas, painel digital, faróis full LED com acendimento automático, carregador por indução, sete airbags e câmera de ré.
Esse conjunto não incomodou apenas as rivais do mesmo porte como também atraiu interessados em modelos intermediários. A Ranger Black não possui concorrentes diretos, as outras marcas deixaram de oferecer caminhonetes médias com tração 4×2
A Mitsubishi é uma marca tradicional no segmento de utilitários. Suas caminhonetes fazem sucesso em vendas diretas e com o público aventureiro, que realmente usa o 4×4 para expedições e trilhas.
A nova geração da Triton (sim, sem o L200 no nome a partir de agora) evoluiu sem perder esse foco. A média ficou maior, recebeu um chassi novo, o interior ficou mais moderno e sob o capô está um novo 2.4, que é biturbo e entrega 205 cv.
Essa geração nova conta com uma gama completa, incluindo as versões GL voltadas para o trabalho. No topo está o modelo Katana, com visual esportivo e sem cromados.
A Ram Rampage foi escolhida para estrear o novo motor 2.2 turbodiesel Multijet, que será adotado pelo resto da linha de SUVs e picapes da Stellantis futuramente. Ele entrega 200 cv e 45 kgfm, com essa força aparecendo em uma faixa mais ampla de rotações.
O maior trunfo do 2.2 quando comparado ao 2.0 da mesma família é ser mais elástico. Com isso a engenharia pode alongar a relação do diferencial, o que ajuda a reduzir o consumo. A tomada de admissão em nova posição ajuda a captar ar mais frio como também ajudou na capacidade de transpor trechos alagados.
A Rampage 2.2 ficou mais rápida, faz de zero a 100 km/h em 9,9 segundos. O consumo melhorou, com média de 10,6 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada na metodologia do Inmetro.
Esse motor será adotado pelo Jeep Commander e pela Fiat Toro em 2025. A Titano irá recebê-lo futuramente junto de outras atualizações.
Um mês após o lançamento desse motor novo foi apresentada a versão Big Horn da Rampage, que é o novo modelo de entrada. Ele segue a decoração da versão Laramie, mas pega leve nos cromados e possui o centro da grade em preto.
O pacote de equipamentos foi simplificado com a remoção dos sistemas ADAS e a troca dos bancos em couro por tecido. O opcional Pacote Elite não está disponível nesse modelo.
A única opção de motor da Rampage Big Horn é o 2.2 turbodiesel, fazendo dela a única versão sem a oferta do 2.0 turbo a gasolina. Esse modelo irá ajudar a alavancar as vendas da caminhonete.
A Ram não foi a única marca a atualizar sua caminhonete grande. A Ford F-150 ganhou um face-lift na linha 2025 que veio junto de um remanejamento da gama.
A versão Limited perdeu a opção pelo V8 5.0 nos EUA, obrigando a marca a trazer a Lariat em seu lugar. Para o Brasil foi escolhido um pacote de equipamentos com tudo que é oferecido como opcional lá fora, passando a ser mais equipada que o modelo anterior.
No lugar do modelo Sport antigo passou a ser oferecido o pacote Lariat Black. Com isso o cliente pode escolher entre duas decorações diferentes sem perder em equipamentos.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |