Road trips pelo Brasil: melhores rotas para quem ama dirigir

Viajar de carro pode ser um grande barato principalmente quando há estradas e caminhos repletos de paisagens de tirar o fôlego e destinos espetaculares

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Brasil tem paisagens incríveis que fazem viagens de carro se tornarem momentos únicos como cruzar a Rio-Santos com o Atlântico como "papel de parede" (Fotos: Creative Commons | Wikipedia)
Por Eduardo Passos
Publicado em 10/04/2025 às 16h00

Viajar é sempre bom, principalmente quando é da maneira que a gente gosta, sem prazos ou dinheiro contado. E para quem ama dirigir, selecionamos as melhores road trips pelo Brasil. São destinos em que o caminho é a melhor parte do passeio. Confira!

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Serra do Rio do Rastro

O Brasil passa longe de ter grandes cadeias montanhosas, mas é possível viver uma viagem “alpina” na serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Quem pega a SC-390 partindo da cidade de Lauro Muller segue para o oeste, chegando a Bom Jardim da Serra: em apenas 40 km, a estrada sobe cerca de 1.200 m.

Quase no topo da serra, há um caracol à moda das temidas estradas que atravessam a cordilheira dos Andes. No Rio do Rastro, porém, a rota é tranquila e recheada de mirantes e pousadas morro acima.

Rio-Santos

As duas maiores cidades do Brasil se conectam pela Ponte Aérea ou pela Via Dutra. Uma rota alternativa, entretanto, é a Rio-Santos. Praticamente paralela à Via Dutra (BR-116), a Rio-Santos (BR-101) vai margeando o oceano e, ao contrário da SC-390, não sobe a serra do Mar, do outro lado.

Uma dos pontos altos da rota são curvas que, inesperadamente, revelam vistas exuberantes do mar. As paradas incluem nada menos que Angra do Reis, Paraty, Ubatuba e São Sebastião e a rodovia, pedagiada, está sempre bem servida.

Estrada Real

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A Estrada Real é um dos roteiros mais populares e une as cidades históricas de Paraty e Ouro Preto

Se a Rio-Santos te atraiu mas falta um pouco mais de aventura, ao chegar em Paraty (RJ) dê uma escapada direto para Ouro Preto (MG). Esse é o Caminho Velho da famosa Estrada Real, feita pelos portugueses no século XVII mas sem intenções turísticas: ela serviu para levar ouro e outras riquezas das Minas Gerais para a Europa, partindo dos portos do Sudeste.

Ao contrário das outras, essa road trip não tem um caminho exato, pois o circuito turístico condensa diferentes caminhos usados ao longo dos séculos. Cada tem suas atrações históricas e gastronômicas no caminho, oferecendo mais ou menos aventura.

Para a turma do off-road, o Caminho dos Diamantes é ideal. Ele liga Ouro Preto a Diamantina e mescla trechos de asfalto com outros que mantêm pavimentação quase original ou de terra. Não se assuste se o seu carro 4×4 cruzar com ciclistas e cavaleiros, que também aproveitem esse caminho.

Chapada dos Guimarães

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Chegar à Chapada dos Guimarães não é fácil, mas o esforço é compensado quando se está diante deste cenário

A sequência de rotas históricas despertou lembranças do Brasil colonial? Então dá para continuar a “bandeira” rumo ao Mato Grosso, onde há o município de Chapada dos Guimarães.

Tal cidade fica localizada no que tecnicamente é o centro da América do Sul. Para alguns, isso não significa nada; para outros, é um local onde é possível realizar conexões místicas e astrais mais profundas, na chamada “Geografia Sagrada”.

O problema é que, nesse meio, há quem considere mesmo o Centro Geodésico da América do Sul, que, no caso, fica em Cuiabá. São apenas 30 km de viagem, mas que valem a pena até para os céticos.

A rota, feita pela MT-251, atravessa o parque nacional famoso pelas falésias de arenitos, das quais despencam cachoeiras visíveis da estrada. Outros visitantes muito comuns são onças, veados, antas, papagaios e tudo mais da exuberante fauna do Pantanal.

Da capital de Mato Grosso, o motorista pode escolher o rumo: indo para Goiás ou Mato Grosso do Sul, por exemplo, há retas que exigem prudência na tentação de acelerar ou trilhas para jipeiros experientes.

Subindo o Brasil

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Poder ficar diante do tapete verde da Floresta Amazônica é uma aventura que nos faz refletir sobre a grandiosidade do nosso patrimônio natural

Quem se empenhou na missão brasileira, entretanto, pode incluir uma dose de penitência e rumar a São Gabriel da Cachoeira (AM). Uma das cidades mais isoladas do Brasil, São Gabriel da Cachoeira tem território maior do que o de Portugal; nele, estão localizados os dois pontos mais altos do país: o pico da Neblina e o pico 31 de Março.

Dá para conhecer ambos os montes em apenas uma viagem, pois ficam a centenas de metro entre si, mas para chegar até eles é preciso cruzar quilômetros de trilha a pé, com ajuda de nativos.

Para chegar à sede do município, entretanto, é bem mais fácil: caso esteja saindo do Centro Geodésico da América do Sul, são 1.768 km até Santarém (PA). O caminho é feito na BR-163, que foi o grande vetor de exploração (e desmatamento) da Amazônia no século XX.

Ao longo das 25h de estrada, o motorista verá a vastidão de caminhões levando produtos agrícolas para os portos. Também cruzará trechos de floresta tropical completamente intocada a margem da BR, que ainda tem segmentos de terra que viram lamaçais típicos.

Em Santarém, descanse do volante por 25h enquanto a balsa leva o carro rumo a Manaus. A vista do rio Amazonas é um dos destaques antes da capital amazonense. Lá, é só pegar uma outra balsa que, em um dia, já estará em São Gabriel da Cachoeira.

Ao todo, são aproximadamente R$ 1.000 de frete do veículo. A depender da época, é possível aproveitar o festival de Parintins (AM), onde a viagem faz parada.

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