Rubinho quebra tabu de 33 anos após conquistar título em Interlagos; Entenda
Apesar de amar o Autódromo de Interlagos, piloto de 50 anos nunca conseguiu se sair muito bem nas corridas que aconteciam por lá
Apesar de amar o Autódromo de Interlagos, piloto de 50 anos nunca conseguiu se sair muito bem nas corridas que aconteciam por lá
Rubens Barrichello – popularmente conhecido como Rubinho – conquistou o bicampeonato da Stock Car no último domingo após se valer do abandono de Daniel Serra e a exclusão de Gabriel Casagrande, e somar bons pontos na última rodada dupla realizada em Interlagos na tarde de ontem.
Com o título, o piloto de 50 anos de idade quebrou um tabu, em que nunca tinha conseguir sair com um triunfo do autódromo que é considerado por ele como um dos seus grandes amores no universo do automobilismo.
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Apesar da vasta experiência no automobilismo mundial – contando com 11 vitórias e dois vice-campeonatos na Fórmula 1 – Rubinho nunca foi capaz de vencer em Interlagos. Na verdade, apesar de amar o circuito, a carreira do agora bicampeão da Stock Car foi carregada de azares quando o assunto era correr na capital Paulista, já que constantemente enfrentou falhas operacionais e confiabilidades.
A última vitória de Rubinho por lá foi antes de se mudar para a Europa para buscar o sonho da Fórmula 1. Mais especificamente em 1989, quando competia na Fórmula 3 Sul-Americana.
Quando chegou na principal categoria do automobilismo, o brasileiro voltou a competir em Interlagos em 1993. Na primeira ocasião, correndo pela Jordan, sua corrida se encerrou com 13 voltas após um problema no câmbio. E as coisas só piorariam daí para frente.
Nos anos seguintes, nos tempos de Jordan e Stewart, Barrichello teve mais cinco abandonos. O melhor resultado foi um 4º lugar, na temporada de 1994. Quando iniciou os trabalhos com a Ferrari em 2000 parecia que as coisas seriam diferentes, mas isso não aconteceu.
Nos três primeiros anos com a equipe de Maranello, Rubinho teve três abandonos: dois por problemas hidráulicos e um outro em consequência de um acidente. Em 2003, ano em que passou mais perto de vencer em Interlagos, a Ferrari o deixou na mão mais uma vez. Enquanto liderava, o brasileiro sofreu uma pane seca devido a um erro de cálculo da escuderia italiana em uma das paradas nos boxes.
Essa derrota, inclusive, foi classificada por ele como uma das mais dolorosas da carreira.
Outro ano que ele chegou com boas chances de vencer em Interlagos foi em 2009, quando pilotava pela forte Brawn GP. Durante o sábado do GP do Brasil ele até chegou cravar a pole, mas não foi nada bem na corrida no domingo e terminou apenas em oitavo.
Mas no último domingo o destino resolveu sorrir para Rubinho em Interlagos. Mesmo que a vitória ainda não tenha chegado ele conseguiu apresentar uma performance boa durante as corridas do domingo. Na primeira etapa subiu ao pódio. Na segunda, precisou fazer um trabalho de recuperação e terminou em 11º.
O resultado, junto ao abandono de Daniel Serra e a exclusão de Gabriel Casagrande – outros dois postulantes ao título – garantiu o título para o ‘velhinho’ da Stock.
Após o fim da corrida, Barrichello destacou que, por mais que a vitória em Interlagos ainda não tenha chegado, o fato de ter levado o título para casa fez com que o circuito “zere a dívida” que tinha com ele.
O dia que é pra ser, é pra ser. Eu disse ao Daniel que sentia muito por isso ter acabado dessa forma. Porque a gente nunca quer que aconteça dessa forma”.
“Mas hoje eu posso ter a gratidão de que Interlagos está devolvendo um grande pedaço meu. Pra gente zerar as contas. Eu sempre amei Interlagos e Interlagos sempre me amou. Essa é a realidade”.
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Eu estava em Interlagos no dia que Rubinho venceu a corrida de F3. Foi no dia 16/12/1990. Foi muito impressionante, pois o Rubinho ultrapassou Alexandre Negri Jr na última volta e atravessou a linha de chegada meio carro na frente. Foi coisa de cinema.
