O evento já está com as portas abertas e traz várias novidades para o mercado automotivo brasileiro, principalmente chinesas
Após sete anos, o Salão do Automóvel retornou a pedidos do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. O chefe de estado queria exibir os frutos dos investimentos feitos pelos fabricantes no país, que já estão rendendo lançamentos.
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Não foram todas as marcas que aceitaram participar, Volkswagen, General Motors, Ford, Nissan, Audi, BMW, Volvo, Land Rover e outras tradicionais tiveram a ausência confirmada. Todas as coreanas, as marcas da Stellantis, Honda, Toyota, Mitsubishi e as chinesas marcaram presença.
Se você planeja ir ao Salão do Automóvel, ou só quer saber das novidades, vamos listar aqui os destaques positivos e os negativos do evento.
Vamos começar pelo lado otimista do evento. Afinal, muitos leitores já devem ter pago pelo ingresso. E foram as marcas tradicionais que chamaram mais atenção.

A Honda tem um talento especial para fazer carros esportivos, principalmente no acerto do chassi. Ela trouxe para o Salão do Automóvel o novo Prelude, que será vendido no Brasil em 2026.
O cupê voltou ao mercado com mecânica híbrida, usando a nova geração do sistema E:HEV que já conhecemos no Civic. Aqui ele simula trocas de marchas para deixar a condução mais emocionante.
O novo Prelude possui 203 cv e 35 kgfm, será posicionado abaixo do Civic Type R — que não deixará de ser vendido. E falando no carro de tração dianteira mais rápido do mundo, parte da suspensão do cupê híbrido veio dele.

Outra marca japonesa que trouxe um esportivo para o Salão do Automóvel foi a Toyota. Ela irá trazer o GR Yaris para o Brasil em 2026, com opção de câmbio manual ou automático.
Esse hot hatch foi criado como carro de homologação para o campeonato mundial de rali. Ele possui carroceria de duas portas com teto em fibra de carbono, tração integral e motor 1.6 turbo de 304 cv.
Esse conjunto já veio para o Brasil no GR Corolla, mas aqui está em uma embalagem menor e mais leve. Ele promete ser mais arisco e divertido que o irmão maior.

O Salão do Automóvel também é o lugar para ver carros mais próximos do público geral. A Stellantis levou o novo Jeep Avenger para sua primeira aparição pública, antes do lançamento marcado para o início de 2026.
O SUV de entrada virá para o segmento onde atuam o Volkswagen Tera, Fiat Pulse e Renault Kardian. Seu diferencial será o interior mais caprichado e o visual aventureiro de um Jeep.
O Avenger será produzido na fábrica de Porto Real (RJ), onde é feita a linha da Citroën. Seu motor é o 1.0 turbo Firefly, com câmbio CVT e sistema híbrido leve de 12 volts.

Muitos esperavam ver o Fiat Grande Panda no Salão, mas a marca italiana está guardando seu grande lançamento para a festa de 50 anos no Brasil. Ela seguiu a tradição de levar carros conceitos para a mostra com o Dolce Camper.
Esse SUV quadradão é uma prévia do utilitário derivado do Grande Panda que será lançado nos próximos anos. Ele será o sucessor do Pulse e terá sete lugares, é um Aircross da Fiat.
O Dolce Camper foi mostrado como conceito em imagens apenas, a versão física foi feita no Brasil especialmente para o evento.

O grupo Caoa agora também importa a Changan, começando a sua operação no Brasil com a marca de luxo Avatr. O Salão do Automóvel foi o palco dessa estreia, com um acordo entre os brasileiros e os chineses sendo assinados durante as coletivas de imprensa.
No estande da Avatr está os modelos 11 e 12, sendo o primeiro já pronto para ser vendido no Brasil. O segundo é um sedã de alto luxo em edição limitada que veio a passeio, para mostrar do que a marca é capaz.
Aqui vamos poupar vocês dos perrengues passados pelos jornalistas. Lá no Salão do Automóvel tivemos algumas decepções que deverão incomodar o público também. Veja quais:

Já não tínhamos esperança de ver algo mais concreto da Lecar no evento, mesmo com a marca prometendo um carro funcional. No pequeno estande dela, que ficou apinhado de modelos com roupas coladas para chamar atenção, estão duas maquetes feitas em isopor e um chassi.
Os carros não possuem interior e nem mesmo podem rodar, precisam ser transportados sobre pranchas com rodinhas. O chassi está com uma roda traseira torta, com cambagem positiva, e recebeu dois bancos para parecer mais realista.
Porém os bancos foram colocados muito próximos entre si, mais um sinal de amadorismo. Esse chassi parece ter sido feito com peças de carros de corrida, pois é baixo e com suspensão duplo A nos dois eixos. Mas o motor instalado lá é o 1.0 turbo da Horse.

Versões conceito de carros presentes no mercado são comuns em salões. Mas o Citroën Basalt Vision foi anticlimático, pois passou por um mostruário de acessórios.
A cor amarela é bonita e o carro possui os faróis em LED do modelo indiano. O resto do conceito consiste em uma suspensão rebaixada, rodas maiores e adesivos.

O motivo do Salão do Automóvel ter retornado foi para mostrar os investimentos feitos na indústria. Marcas como a Volkswagen e a Chevrolet, que estão com novidades lançadas em 2025 e outras confirmadas para 2026, poderiam ter aparecido.
Já as marcas premium sempre estiveram presentes para dar uma oportunidade do público ver de perto e entrar nos carros dos sonhos. No Salão de 2025 vieram alguns supercarros em uma ala separada, para serem vistos de longe.

A Fiat não diz oficialmente, mas o Grande Panda será lançado em 2026. Esse hatch compacto marca o início de uma nova fase dela, estreando a plataforma CMP na fábrica de Betim (MG) e dando origem a novos modelos.
Havia uma grande expectativa dele aparecer no evento, para deixar o estande da Fiat mais interessante. No lugar ela preferiu dar destaque ao Pulse Abarth Stranger Things e mostrou o seu conceito.

Todas as marcas chinesas que estrearam em 2025 e as outras que já estão há mais tempo tiveram novidades no Salão do Automóvel. Até mesmo a MG Motor, que começou a vender carros uma semana antes do evento, lançou versões novas de seus modelos lá.
A GAC fez seu estande com toda a linha que já está nas concessionárias e trouxe também o esportivo Hyptec SSR, que estava no Festival Interlagos. Também veio um carro voador da marca, que parece um grande drone.
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Diversas montadoras apresentaram mock-ups, chassis mostrando o sistema elétrico, exatamente como a brasileira Lecar.
É injustificável o rigor crítico do Boris, a quem todos respeitamos há muitos anos.Temos que incentivar nossa indústria.
Uso o exemplo do sistema financeiro: se alguém do meio ventilar que o banco X está quebrado e o boato repercutir, certamente esse banco irá quebrar, por mais sólida que sua condição estivesse, pois a confiança é a base de tudo.
Assim, devemos apostar na indústria nacional, mesmo cientes de que os desafios são grandes.
A Lecar não desapontou.
Na verdade ela apareceu do jeito que já era esperado..
Pra desapontar ela teria primeiro que gerar expectativas positivas, coisa que ela já não faz há um bom tempo (se é que já fez algum dua)..